terça-feira, 23 de junho de 2009

Peru – Trujillo – City Tour

Ontem a quase 6000m de altura, hoje ao nível do mar.

Quanto mais andávamos para norte mais nos aproximávamos das manifestações e maior risco corríamos em termos de ficarmos bloqueados sem poder sair do lugar. Mais uma vez enquanto esperávamos pelo amanhecer sacámos dos guias e procurámos o que podíamos ver e quanto poderíamos ter de gastar. Á porta do terminal da Movil Tours salivavam os lobos (taxistas) à espera da nossa saída, gritando pelos seus magníficos serviços (estes ficam à porta pois apenas alguns estão autorizados a entrar nos terminais de cada empresa). Acabaram por esperar tanto que deixaram de gritar. Decidimos que queríamos fazer o equivalente a 2 tours que nos custariam à volta de 60 dólares (S/. 180) por pessoa acrescidos dos bilhetes de entrada nos lugares e respectiva visita guiada. Entretanto veio falar connosco um senhor de cabelo grisalho, aparentemente funcionário da Movil Tours, que nos perguntou o que queríamos ver. Depois de falarmos foi-nos proposto 80 soles (+ entradas e visitas guiadas) visitar a Huaca de La Luna, a Huaca Esmeralda, a Huaca Dragon, a antiga cidade de Chan Chan e, no fim, o senhor Rolando nos levaria a Huanchaco onde passaríamos a noite. Para fechar e negócio o Nuno repetiu: “80 soles por persona?” ao que o Sr. Rolando respondeu: “Non, 80 los dos” IMPECÁVEL.

O único senão é que estávamos outra vez num carro que não um táxi da central. O carro antes de arrancar abria e fechava as portas umas 3 vezes. Saímos do terminal em direcção a … casa do senhor Rolando… (medo)… enquanto esperávamos no carro num lugar escuro entre edifícios muito alto ele foi a casa aparente levar o pão à mulher… lá voltou e sem nenhuma arma na mão… (alívio)…após novo ciclo de abertura e fecho de portas partimos finalmente para… uma bomba de gasolina…(muito medo)… andámos bastante por quelhos muito apertados até que chegámos ao que parecia um bairro de lata, onde existia um posto de abastecimento de GPL… depósito cheio e início da visita…Desta vez só nos sentimos aliviados quando chegámos ao primeiro ponto de interesse).

A Huaca de La Luna situa-se num complexo arqueológico onde se destacam duas grandes pirâmides de adobe a Huaca de la Luna e a Huaca del Sol. A primeira aberta ao público e em processo de escavação e conservação desde 1991, a segunda à espera de fundos para se verificar a mesma situação. A Huaca de la Luna data de 100 A.C. – 600 A.C. pertencendo à cultura Moche, cumpria funções cerimoniais e religiosas ao contrário da Huaca del Sol que correspondia a um complexo administrativo. 

Tivemos de pagar 6 soles pela entrada tendo sido avisados para pagar uma gratificação no final da visita.

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9:30 Huaca del Sol vista da Huaca de La Luna (esquerda) e 10:18 Huaca de La Luna (direita)

Começava ser habitual associar cães peruanos a Huacas, não se viam destes animais em mais lado nenhum mas em todas tinha pelo menos 1.

Para visitar as restantes ruínas bastava comprar um bilhete que garantia o acesso ao Circuito Arqueológico de Chan Chan (S. 11.00).

Antes de visitarmos as esperadas ruínas de Chan Chan fomos à Huaca Arco Iris ou Huaca El Dragon e à Huaca Esmeralda, pequenos templos mas em bom estado de conservação/recuperação.

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11:51 Huaca Arco Iris ou Huaca El Dragon (esquerda) e 12:14 Huaca Esmeralda (direita)

Mais uma vez os cães não faltavam tendo inclusivamente na segunda visita um engraçado com os sapatos da Mónica.

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Perros Peruaños: ao centro o amigo da Mónica, TOBI

Seguimos para Chan Chan onde, enquanto esperávamos que se formasse um grupo visitámos o museu de sítio.

Chan Chan, ou Sol-Sol em Chimú, corresponde a uma zona arqueológica imensa (20km2) da qual apenas se pode visitar 1 dos 9 palácios conhecidos até à data, palácio número 8 denominado Tschudi. Apesar disto a visita Guiada (Guia Arold Matta) dura quase duas horas. Prevê-se em todo o caso a abertura ao público do palácio número 9. Existem tantos palácios pois estes eram a residência oficial de cada um dos governadores, sendo desactivados com a morte destes e sua sepultura no seu interior. O governador seguinte deveria ter o seu próprio palácio que, dada a sua dimensão e a esperança média de vida da altura, já deveria ser começado a construir pelo seu pai.

No seu interior existem 3 praças: a primeira é grande e seria acessível a todos os frequentadores do palácio; a segunda mais pequena restringia o acesso ao governante, família, sacerdotes e militares; e a terceira diminuta apenas frequentada pela família real. Também existem alas específicas para os responsáveis pelas diversas áreas (comércio, contabilidade, militares, sacerdotes, artesãos, etc…), vários poços, zonas de sacrifícios, sepulturas… todas estas bem demarcadas pelos motivos gravados/esculpidos e pintados nas paredes envolventes.

Daqui seguimos com o Sr. Rolando para Huanchaco.

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14:09, 14:17 e 14:25 Pormenores construtivos
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14:30 Praça Pública (esquerda) e 15:01 Praça Privada (direita)

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