quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ciência Viva– Geodiversidade da Costa Sul do Pico

Já nos questionávamos há algum tempo que atividades constariam do programa Ciência Viva no Pico mas, por alguma inércia nossa nunca chegámos a procurar… sorte ou não uma amiga publicou essa mesma lista  para os Açores no mês de Julho e justamente iria haver algo interessante por cá (procurem que há muitas atividades pelas ilhas todas até Setembro). É sempre bom um pouco mais de ciência e quando é sobre o local onde vivemos e como se formou ainda melhor.

Pelas 9:00 reuniram-se todos os inscritos para uma viagem histórica de barco pela costa Sul da Ilha do Pico (mais ou menos entre a Calheta e São Caetano), com duração de aproximadamente 3 horas e explicação contínua do Geólogo especialista na matéria Paulino Costa, num barco da Aquaçores. Muita informação foi passada e provavelmente haveria tema de conversa para pelo menos outra viagem de igual duração: tipos de vulcões, falhas, tipos de lava, últimas erupções e grutas foram alguns dos temas abordados.

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Vigia da Queimada (esq.), Pico e Castelete (centro) e Filão de Lava (dir.)
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Perfil do terreno (esq.) e Grutas (dir.)

Não fosse este um passeio suficientemente interessante, e não estivéssemos nós na ilha por excelência para observação de cetáceos,  houve ainda tempo para dois curtos desvios no encontro de duas espécies distintas de golfinhos: os grampos, golfinhos de riso ou moleiros (Grampus griseus) e os golfinhos pintados do atlântico (Stenella Frontalis), justamente em época de reprodução, sendo possível ver algumas crias muito pequenas e ainda duas tartarugas boba (Caretta caretta).

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Golfinhos pintados do atlântico - Stenella Frontalis (esq.), Moleiros - Grampus griseus (centro) e Tartaruga boba - Caretta caretta (dir.)

Resumindo, foi um passeio muito bom e com elevado potencial como oferta turística caso se entenda tornar algo aberto ao público… venham mais iniciativas destas.

domingo, 20 de julho de 2014

Pico: PR15PIC - Mistérios do Sul do Pico

Características do Percurso (adaptado de www.trails-azores.com)

Ilha: Pico; Dificuldade: Baixa; Extensão: 8,5 Km; Tempo: 3h 00m; Tipo: Linear

“O trilho “Mistérios do Sul do Pico” inicia-se no Parque Florestal de São João, passando por dois Mistérios (São João e Silveira). A denominação “Mistérios” refere-se aos campos de lava decorrentes das erupções históricas que ocorreram nas ilhas, para as quais os habitantes não tinham justificação, sendo por isso mistérios da Natureza.
Siga pelo caminho de terra batida à direita da zona dos churrascos. Entre logo a seguir no caminho de terra à esquerda. Este caminho leva-o ao poço de maré da Baía do Arruda (à esquerda). Siga por este caminho e encontrará a zona de lazer e balnear da Ponta do Admouro. Desça a escadaria de pedra até à zona de lazer, e volte à estrada pelo acesso principal, seguindo pela direita. Mais à frente encontra o poço de maré do Verdoso.
Desça a escadaria e, para além do poço de maré, pode usufruir de um acesso ao mar. Volte depois de novo ao caminho, e siga até à zona balnear das Arinhas.
Mais à frente encontra a Casa do Pico e o Museu do Queijo do Pico, propriedades do Alvião.
Siga pela estrada da direita, e encontrará a Igreja de São João e a capela do Império do Espírito Santo. Continue sempre no caminho junto ao mar, seguindo pelo Caminho Velho (de pé-posto), que o leva ao Moinho da Ponta Rasa. Siga pela direita, na direção das Lajes. Mais à frente, entre no caminho de terra à direita. Esta zona denomina-se Mistério da Silveira, consequência da erupção vulcânica de 1720.
Siga pela estrada de terra batida, entrando numa vereda de costa. Volte à estrada e mais à frente encontrará a zona balnear da Fonte. Este local é amplamente reconhecido pelas características únicas da água que dali brota. Continue o percurso pelo caminho junto ao mar, e encontrará o poço de maré do Rego, bem como uma pequena zona de lazer. Depois de passar um aldeamento turístico, faça um desvio para percorrer a Canada Pau Rodrigues. Ao chegar à Estrada Regional, vire à direita e termine o trilho junto à Capela do Espírito Santo, erguida em 1723, no seguimento de uma promessa feita para que a erupção vulcânica de 1720 não atingisse o lugar da Silveira. Consulte o mapa do percurso pedestre e faça download do trilho GPS.
Direitos de Autor: Gerbrand Michielsen” retirado de http://trilhos.visitazores.com/pt-pt/trilhos-dos-acores/pico/misterios-do-sul-do-pico, onde também consta para download o mapa do mesmo em carta militar e o ficheiro para gps.

Depois de 3 subidas seguidas ao Pico, finalmente surgiu a oportunidade de fazer outro trilho no Pico e melhor que isso, um percurso novo para nós e bem perto de casa.

Desta vez a organização esteve a cargo do município das Lajes do Pico e como guia o amigo e fotografo Pedro Silva.IMG_3574-001

A afluência não foi grande (inclusivamente da nossa parte pois só foi o Nuno) mas como já referimos muitas vezes antes, preferimos caminhar em grupos pequenos. Começámos por volta das 18:00 para escapar ao calor mas mesmo assim este fez-se sentir. Infelizmente e à semelhante de muitos outros percursos nos Açores, grande parte do traçado está sobre estrada asfaltada ou caminho de terra batida, sendo frequente a passagem de veículos, no entanto, durante o percurso passamos por vários campos de cultivo, vinhas, poços de maré, construções de pedra e bastantes zonas balneares que se pode utilizar para refrescar quando o calor é intenso e se dispõe de bastante tempo para o passeio. De salientar um curto tramo perto do final feito sobre rocha, um lugar muito bonito e com vista para as Lajes. Não fizemos todos os desvios a todas a todas as zonas balneares nem às casas museu do Alvião, até porque já estavam fechadas mas havemos de lá voltar com mais tempo.

Foi a primeira vez que tivemos oportunidade de participar mas a vontade é de seguir esperando que estas iniciativas sejam recorrentes.

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São João: Companhia de Baixo
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Os participantes

domingo, 6 de julho de 2014

Pico: PR4PIC – Subida ao Pico

Passaram duas semanas e voltámos a subir o Pico, agora com um casal de surfistas espanhóis, sendo também a segunda subida para a Xana com apenas 13 anos… está a tornar-se um hábito.

Tendo em conta que da última vez esperámos quase duas horas ao frio na cratera pelo nascer do sol, decidimos sair de casa uma hora mais tarde. O problema é que apanhámos nevoeiro cerrado em quase todo o caminho até à casa da montanha atrasando-nos meia hora… da casa da montanha para cima tudo limpo.

Fomos subindo a passo bastante calmo, com uma curta pressão final a fim de garantir o que nos propusemos, ver o sol aparecer na linha do horizonte e foi mesmo no limite, apenas 5 minutos antes. Não se conseguiu ver qualquer das outras ilhas do grupo central, apenas nuvens e pequenas partes da ilha do Pico mas foi algo diferente do que tínhamos visto até então.

Comemos, fez-se a voltinha do costume na cratera e regresso a casa, com uma pequena paragem na Furna de Frei Matias.

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Nascer do Sol (esq.) e Nuvens (centro esq., centro dir. e dir.)
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Nuvens
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O ponto mais alto de Portugal… um ferro enferrujado (esq.) e e Nuvens (centro esq., centro dir. e dir.)
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Nuvens
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Flores (esq.) e “Descendo à casa da Montanha” (centro e dir.)
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Furna de Frei Matias