segunda-feira, 12 de junho de 2017

Ilha das Flores

Em Agosto de 2008 escolhemos as Flores e Corvo como destino para uma semana intensa de caminhadas. Um dos grandes resultados desta viagem foi a vontade de regressar e finalmente se proporcionou, infelizmente apenas para o Nuno e ficando desta vez o Corvo de fora.

Em apenas mais uma das muitas actividades organizadas pela MiratecArts por ocasião do Azores Fringe Festival de 2017, surgiu a oportunidade de me juntar a um grupo de fotógrafos de Pico, Faial, Terceira, Santa Maria, Madeira, Continente, Espanha e São Tomé, para fazer uma expedição fotográfica de 3 dias pela ilha das Flores e dar mais uma vez a conhecer um pouco da nossa viagem pela América do Sul. Foi tempo também para revisitar alguns dos locais favoritos, conhecer um pouco mais das vilas das Lajes e Santa Cruz e seus habitantes e aproveitar os tempos livres para caminhar e tentar encontrar algumas aves novas.

2017-06-09

Grande parte do grupo saiu do Pico, muitos conhecidos, mas também algumas caras novas, que faziam antever que mesmo que o tempo não ajudasse, iria ser uma viagem divertida. Já no Faial mais alguns se juntaram e, apesar de alguma apreensão, o nosso voo seguiu como previsto.

Chegando às Flores tivemos tempo para almoçar, conhecer Santa Cruz e uma pequena conversa sobre fotografia, enquando esperávamos que mais elementos aterrassem na ilha.

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Museu das Flores (esq.) e Igreja Matriz de Santa Cruz das Flores (dir.)
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Vidália – Azorina vidalii (esq.), Flor - Commelina benghalensis (centro) e Erosão (dir.)
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Costa Este (esq.) e Corvo (dir.)

Reunido o grupo seguimos para a Cãmara Municipal, onde nos apresentámos, visitámos o imponente edifício do Museu e Auditório Municipal (tão novo e com tanto potencial mas práticamente inutilizado), o Miradouro do Monte das Cruzes para algumas fotografias e depois jantar no Hotel Ocidental, antes de seguir para os nossos aposentos nas intalações da Rádio Naval nas Lajes.

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Museu e Auditório Municipal de Santa Cruz
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Vista do Miradouro do Monte das Cruzes: Igreja Matriz de Santa Cruz (esq.) e Porto de Santa Cruz

Alguns aproveitaram para uma sessão de fotos nocturnas perto do Farol, outros preferiram fazer o mesmo ao nascer do sol do dia seguinte.

2017-06-10

Pelas 6:30 já estava de maquina fotográfica e binóculos em riste para dar uma volta pelas Lajes.

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Nascer do Sol no Porto das Lajes (esq.) e Igreja de Nossa Senhora do Rosário (dir.)

Às 9:00 reunimo-nos todos para sair em conjuntos e conhecer a parte interior da ilha, incluindo lagoas e a Rocha dos Bordões. Para quem não conhecia as Flores e conhecia a realidade do Pico o que mais impressionava era a quantidade de água.

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Lagoa
da Lomba (esq.) e Vale (dir.)
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Lagoas Rasa e Funda (esq.) e Lagoa Funda (dir.)
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Lagoa Funda (esq.) e Lagoas Negra e Comprida (dir.)

Almoçámos no Restaurante Por-do-Sol na Fajãzinha, onde fomos brindados com alguns dos pratos típicos das Flores. Aqui nova conversa de fotografia, desta vez com o fotógrafo Italiano Stefano Folgaria, radicado na ilha.

Seguimos para visitar um moinho de água, miradouros do Portal, Lajedo e Craveiro Lopes e finalmente o Poço da Ribeira do Ferreiro, um dos locais mais bonitos onde já estivemos… a enorme parede verde, as cascatas, o espelho de água. Aqui, como se a beleza do local não nos bastasse, estavam dois patos (Negrinhas - Aythya fuligula) que além de nunca as ter visto antes, estas são uma raridade nos Açores. Ainda enquanto brincava, com extremo cuidado, com uma lente de 400mm que me emprestaram, deu para observar a passagem de uma galinha-de-água (Gallinula chloropus), também novidade para mim nos Açores.

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Vista do Miradouro Craveiro Lopes para o Poço da Ribeira do Ferreiro (esq.) Vista do Miradouro do Portal (centro e dir.)

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Cavalinha
- Equisetum telmateia (esq.), Garajau Comum – Sterna Hirundo (centro) e Tentilhão dos Açores - Fringilla coelebs moreletti

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Poço da Ribeira do Ferreiro

No regresso às Lajes paramos novamente no miradouro da Rocha dos Bordões, agora com melhor luz, seguindo para o jantar na casa da nossa enérgica anfitriã florentina, Gabriela Silva, de onde seguimos para o Valzinho para assistir ao concerto de Hang do Kabeção.

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Rocha dos Bordões

2017-06-11

Após um dia bastante longo, uns ainda tiveram vontade para acordar cedo e regressar às lagoas para o nascer do sol, outros ficaram pelos aposentos e eu segui para a Fajã de Lopo Vaz. Embora já tivesse feito este trilho na nossa primeira viagem às Flores, pensava que o inicio do mesmo ficava mais proximo das Lajes, mas os sinais não estavam errados e, como não acordei tão cedo como previsto e como perdi muito tempo em busca (infelizmente em vão) do meu caderno de campo, foi necessário fazer uma grande parte dos quase 9km a correr, pois havia que estar com todos os outros para novo passeio pelas 11h00.

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Farol e Tanque das Lajes (esq.) e Fajã de Lopo Vaz (dir.)

Visitámos a Aldeia da Cuada, parando novamente para mais algumas fotos à Rocha dos Bordões, seguindo para a Fãja Grande (nosso local de pernoita na anterior viagem), onde conhecemos o fotografo  que acompanhou os presidentes da república Mário Soares e Jorge Sampaio e almoçamos em modo de pic-nic, preparado por um grupo de estrangeiros residentes na ilha. Depois de comida e música, houve ainda tempo para visitar a Poça do Bacalhau e a casa do Stefano para ver algumas das suas fotos, antes de regressar às Lajes para a apresentação no auditório do museu.

O jantar de despedida, oferta do município das Lajes, foi no Restaurante Transmontano na Fazenda das Lajes. 

2017-06-12

Foi dia de regressar ao Pico, terminando um fim de semana prolongado, cheio de aventuras e diversão, na companhia de um grupo fantástico. Além das paisagens fantásticas das Flores, ficam algumas amizasdes novas.

Mais uma vez há que agradecer ao Terry Costa e MiratecArts pela organização e por esta oportunidade e a todos os Florentinos que disponibilizaram algum do seu tempo para nos ajudar, acompanhar, partilhar experiencias.

sábado, 3 de junho de 2017

Faial: PR6FAI – Trilho dos 10 Vulcões

Ilha: Faial; Dificuldade: Alta; Extensão: 22 Km; Tempo: 7h 00m; Tipo: Linear

Este percurso tem o seu início junto ao miradouro da Caldeira, na zona Centro da ilha. Faz uma ligação de segmentos de outros trilhos existentes na ilha.
Comece por contornar o perímetro da Caldeira, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, por 4 km.
Vire à direita para o caminho de bagacina, ladeado por criptomérias (Cryptomeria japonica), cedros do mato (Juniperus brevifolia), uvas da serra (Vaccinium cylindraceum), urzes (Erica azorica) e fetos (Woodwardia radicans) e desça por 2,3 km até encontrar o desvio à esquerda para o segmento do percurso da Levada.
Siga por entre a mata de criptomérias, junto ao canal da levada, até encontrar um tanque de armazenamento de água. Depois, entre no atalho à direita e siga na mata de criptomérias até atingir a estrada.
Vire à direita no sentido do Cabeço do Fogo. Desça este Cabeço e siga na canada de terra batida, que o irá guiar até ao Parque Florestal do Capelo. A partir daqui, siga as marcações e atravesse a estrada regional, subindo no caminho de terra batida no sentido do Cabeço Verde.
Um pouco mais à frente encontrará a sinalética de desvio para a Furna Ruim. Siga à esquerda e prossiga no atalho, contornando o Caldeirão, até atingir o caminho de bagacina. Atravesse-o e suba a escadaria até ao Cabeço do Canto, de onde poderá ter uma vista privilegiada sobre o Vulcão dos Capelinhos.
Desça em direção à estrada e atravesse-a para a zona do Costado da Nau.
A última parte do percurso desenvolve-se num terreno onde dominam as cinzas vulcânicas da erupção de 1957. Depois de passar o Centro Interpretivo dos Capelinhos, desça em direção ao Porto do Comprido, ponto final do percurso. Características e descrição do Percurso (in www.trails-azores.com)

 

Entre subidas ao Pico lá conseguimos (pelo menos um de nós) ter disponibilidade para fazer este trilho, que desejávamos há muito tempo. Não só deu para participar numa actividade marcada com antecedência, e sem imprevistos de última hora, como o tempo também colaborou, dando-nos um céu totalmente limpo.

As grandes espectactivas foram não só correspondidas como ultrapassadas, pela grande diversidade de espaços:  a Caldeira, matas de criptoméria, matas de insenso, pastagens, subidas e descidas mais ou menos penosas de vários cabeços, a vista para o Pico, São Jorge e Graciosa, as levadas, o Norte e Sul do Faial e por fim os Capelinhos.

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Caldeira (esq.), Uva da Serra - Vaccinium cylindraceum (centro) e Levadas (dir.)
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Morro de Castelo Branco (esq.), Orquídea - Platanthera pollostantha – Endémica dos Açores (centro) e Cabeço Verde (dir.)

Apos 22km, demos por terminado o trilho no Centro Interpretativo, no entando, enquanto esperávamos a vinda do nosso transporte, ainda deu para fazer mais 4km até à Ponta dos Capelinhos e observar algumas aves, nomeadamente garajaus comuns e rosados.

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Capelinhos desde o costado da nau (esq.) e Capelinhos (dir.)
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Farol dos Capelinhos (esq.) e Capelinhos (dir.)

Como já existem muitos traçados do percurso efectuado na página do wikiloc, decidimos não colocar mais nenhum, partilhando apenas dois dos que já lá constam: Primeiro o trilho dos 10 Vulcões com aproximadamente 22km, que termina no Centro Interpretativo e depois, para quem quiser continuar um pouco e seguir até à Ponta dos Capelinhos, mais 4km com ida e volta.

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