domingo, 10 de outubro de 2010

Ponte de Lima: Percurso Mesa dos 4 Abades

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Ponte de Lima; Dificuldade: Moderada; Extensão: 10 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Circular

“O Trilho da Mesa dos Quatro Abades é um percurso pedestre denominado de Pequena Rota (PR) - as respectivas marcação e sinalização obedecem às normas internacionais.
Este percurso decorre entre o lugar da Vacariça, da freguesia limiana de Refóios do Lima, e a aldeia de montanha de Vilar do Monte, também pertencente ao concelho de Ponte de Lima.
Este percurso tem início no pitoresco lugar da Vacariça, a cerca de 10 km da rotunda do IC 28.
O ponto de partida localiza-se, precisamente, quando a estrada de alcatrão dá lugar a um caminho empedrado. Seguimos por este caminho, contornando o lugar à medida que subimos e deixando para trás os campos de cultivo - que vão sendo substituídos por áreas de matos e de florestas.
Seguindo, agora, a estrada florestal, vamo-nos apercebendo da majestosa paisagem que nos rodeia – o contraste entre as vastas chãs, férteis e sempre cultivadas, e o abrupto maciço granítico da imponente Serra d’Arga.
Após algum tempo de caminhada surge à nossa direita um cercado de madeira. Trata-se de um parque de maneio para os cavalos de raça Garrana, os Garranos. Estes cercados facilitam o controle destes animais habituados a viver em estado semi-selvagem, permitindo proceder à sua marcação, tratamentos veterinários e capturas. Passo-a-passo vamos ganhando altitude. Abandonando a floresta mista de coníferas e folhosas, embrenhamo-nos numa outra mancha florestal onde predominam as faias e cuja densa folhagem esconde a Lagoa dos Salgueiros Gordos. Trata- -se de um espaço de singular beleza, tanto pela vegetação que envolve a lagoa como pelo efeito decorativo e enriquecedor que o elemento água confere à paisagem.
Deixando para trás a lagoa, retomamos o caminho para começarmos a descer gradualmente até à aldeia de montanha de Vilar do Monte. Nesta, predominam os campos cercados por muros de pedra solta. A estrada florestal vai desembocar num caminho empedrado que, por sua vez, nos levará até à estrada alcatroada que atravessa o centro da aldeia.
Continuamos pela estrada para, passados poucos metros, seguirmos pelo caminho que nos conduzirá à afamada Mesa dos Quatro Abades – uma mesa de granito ladeada por quatro bancos também em pedra, cada um assente no território de cada freguesia confinante: Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. Outrora os representantes de cada paróquia sentavam-se para debater e resolver os mais diversos assuntos, consultando os fiéis que se encontravam ao seu redor. Esta tradição, hoje fruto da iniciativa das Juntas de Freguesia, foi recuperada em 1988, sendo celebrada no terceiro domingo de Junho de cada ano.
Voltamos novamente à estrada para descermos uns metros. Seguidamente, subimos por um caminho algo íngreme que nos conduzirá até à estrada florestal que, por sua vez, nos levará ao Miradouro da Vacariça. O Miradouro da Vacariça - de onde é possível admirar uma deslumbrante paisagem sobre o rio Lima e sobre a mais antiga vila de Portugal - ostenta o marco geodésico do Penedo Branco, com 725 m de altitude. Regressando novamente à estrada florestal, começamos a descer até ao lugar da Vacariça, onde teve início este nosso percurso por terras limianas.”

[03]_Charco[24]_Cavalo[32]_Ourico
11:06 Charco (esquerda), 11:39 Garrano (centro) e 12:08 Ouriço (direita)
[33]_Crocodilo[34]_Grilo
12:16 Crocodilo (esquerda) e 12:20 Grilo (direita)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Guimarães: Paço dos Duques de Bragança

Já quase no rescaldo do nosso fim de semana prolongado como guias e companhia a um grupo de Tunisinos, no regresso ao Porto, decidiu-se fazer um pequeno desvio por Guimarães.

Por coincidência era feriado, 5 de Outubro, e fazia 100 anos da implantação da República. A cidade estava repleta de visitantes, havendo nas ruas duas comemorações distintas e aparentemente rivais: De um lado os republicanos comemorando o centenário e de outro os monárquicos comemorando a mesma data como a da independência e Portugal.

Por pouco não estragávamos a festa quando o Sr. Dom Duarte, Duque de Bragança, se atravessou à frente de um dos nossos carros, e por sorte não foi atropelado… não saíamos de lá vivos.

Como já não era muito cedo só tivemos hipótese de visitar o Paço dos Duques de Bragança.

[05]_Paco_Duques_Braganca  [22]_Paco_Duques_Braganca
Paço dos Duques de Bragança: 17:48 Claustro Interior (esquerda) e18:15 Fachada Exterior (direita)
[24]_Estatua_D._Afonso_Henriques  [25]_Persistencia
18:09 Estátua de Dom Afonso Henriques (esquerda) e18:23 A persistência dos Pombos (direita)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Montalegre: PR1 Trilho do Leiranco

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Montalegre; Dificuldade: Moderada; Extensão: 11,7 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Linear

“Este percurso engloba 4 aldeias, com exemplos bem conservados de construção tradicional como as igrejas, os fornos comunitários, as fontes e lavadouros e as casas de lavradores abastados. O Santuário da Senhora dos Galegos incluí um conjunto de interesse arquitectónico e arqueológico com uma capela datada de 1867, um belo cruzeiro e sepulturas antropomórficas (medievais) junto à fonte. Inclui também uma ponte romana sobre o Rio Beça, o moinho de água e outras estruturas ligadas à secular actividade actividade agro-pastoril, como os espigueiros e portais de lameiros.

Ao longo deste percurso, sobranceiro à encosta ocidental da Serra do Leiranco, é possível entrar em contacto com vários tipos de paisagem, cada uma com fauna e flora características. Destacam-se, pela sua diversidade, os lameiros e os campos de centeio ladeados de castanheiros e carvalhos de grande porte, onde subsistem várias espécies de mamíferos carnívoros, como a fuinha e o texugo além de espécies de aves, como o papa-figos e a pega. Nesta região ocorrem também alguns eucaliptais caracterizados por possuírem uma reduzida diversidade de espécies selvagens. As zonas mais altas encontram-se cobertas por matos, utilizados para o pastoreio do gado caprino e ovino e onde ocorrem aves de rapina, como o tartaranhão-caçador e peneireiro. O Rio Beça situado numa zona de montanha com densos bosques ribeirinhos de amieiro e vidoeiro, é também o habitat de uma diversificada fauna, como a lontra, o melro-de-água e o lagarto-de-água.”

O Percurso tem início em Zebral e passa pelas aldeias de Cortiço, Arcos até chegar a Cervos. Em todas estas aldeias fomos recebidos pelos locais, muito simpáticos, que nos foram contando o seu quotidiano e nos ofereceram “visitas guiadas” aos seus, celeiros, garagens, estábulos e armazéns.

[013]_Aboboras[076]_Arcos[120]_Cervos
09:36 Zebral: Abóboras (esquerda),16:16 Arcos: Fonte (centro) e 16:55 Cervos: Fechadura (direita)

[086]_Arcos_-_Cordeiro[097]_Carneiro[098]_Bode
15:15 Arcos: Cordeiro (esquerda) e 15:43 Carneiro (centro) e Bode (direita) entre Arcos e Cervos

Destacamos o facto de quase não se encontrarem “aberrações arquitectónicas” a destoar as construções típicas do local. O centro de Arcos, junto à fonte, é singular assim como todos os fornos comunitários com os seus arcos estruturais de suporte em pedra.

[025]_Percevejo  [035]_Aranha-Lobo_(hogna_radiata)
10:37 Percevejo (esquerda) e 11:31 Aranha-Lobo-Radiada – hogna radiata, com a sua prole às costas (direita)