Nasca é conhecida pelas seus geoglifos traçados no deserto entre os séculos 5 antes e depois de Cristo. As linhas Nasca estão ainda hoje envoltas em muito mistério… não se sabendo muito bem a sua utilidade e de como terão sido feitas, uma vez que não existe nas proximidades nenhuma elevação natural suficientemente elevada para que seja possível a visualização das figuras. Estas foram passando despercebidas no tempo não tendo sido dada a relevância merecida, de tal modo que a estrada panamericana atravessa algumas.
Embora não pareçam, as finas linhas que se vêem nas fotos, apresentam uma profundidade de 50cm e 1m de largura.
Do pouco que se sabe descobriu-se que o emaranhado de linhas actual corresponde a várias fases distintas de expressão artística, havendo linhas, figuras geométricas e figuras de animais e plantas. Muitas das representações de animais e plantas encontram-se parcialmente “apagadas” por figuras geométricas que correspondem a um movimento mais recente, pensando-se que muitas mais terão sido totalmente sobrepostas.
Vindos de Arequipa chegámos a Nasca pelas 5:50 da manhã onde esperámos pelo Sr. Luís que nos levaria ao aeródromo. Como era muito cedo o Sr. Luis levou-nos a uma hospedagem para descansarmos um pouco até às 8:00. À hora marcada chegou a carrinha para nos vir buscar e lá fomos parando em diversos hotéis e residenciais, juntando mulheres que enjoam a andar de carro até encher a carrinha.
Chegados ao aeródromo com o nome da historiadora mais conhecida das linhas Nasca, Maria Reiche, lá nos chegou a boa notícia de que, além do muito que já tínhamos pago pela viagem de avioneta (85 USD pelos 2), ainda existia mais uma taxa que nos faria levar as mãos ao bolso (S/. 20.00).
A gare estava cheia, tinha o reboliço de um aeroporto normal apesar de ser bastante pequena. Chegava gente, agrupavam o pessoal de acordo com os lugares de cada avioneta e depois corria-se para a mesma antes que passasse o tempo mínimo para a descolagem autorizado pelo controlador aéreo, senão teríamos de esperar pela hora seguinte.
O nosso CESSNA Skywagon transportava apenas 6 pessoas incluindo o piloto. Iam 1 peruano e 1 espanhol à frente, 2 franceses a meio e 2 portugueses atrás (sempre na cauda do mundo). Quer na gare quer no avião o piloto, fez por mostrar que as gorjetas seriam bem-vindas.
Cessna_Skywagon-185_OB-1808 Sobrevoo de Nasca
Lá descolámos para uma viagem de uma hora que não pareceu ter durado mais de 15 minutos. São impressionantes as figuras criadas no terreno, o detalhe de algumas, a dimensão e principalmente o facto de muitas terem sido feitas de uma única linha contínua. Entre as muitas figuras existentes apenas visitámos 11 das mais conhecidas (La Ballena, El Astronauta, El Mono, El Perro, El Condor, La Araña, El colibri, El Alcatraz, El Loro, Las Manos e La Arbol)
Embora sejam as mais conhecidas, as linhas Nasca não são as únicas da zona. Existem as linhas Palpa com muitas formas antropomorfas, também visitáveis via aérea, que só descobrimos a sua existência na gare, nos anúncios das várias empresas turísticas.
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