domingo, 18 de novembro de 2007

Viana do Castelo - PR9 Trilho dos Canos de Água

Características do Percurso (adaptado de http://percursos.no.sapo.pt/pr9/percurso-09.html)
Local: Viana do Castelo; Dificuldade: Fácil; Extensão: 10,2 Km; Tempo: 3h 00m; Tipo: Circular

Este PR tem o seu início em frente do templo, junto do painel referente ao percurso. Inicie o percurso, seguindo ao longo do muro que ladeia a estrada no sentido N até junto de uma casa em ruínas, de onde parte um caminho florestal por onde terá de seguir até chegar junto de dois arcos pedra - Arcos do Fincão. Por cima deles passam canos de água, captada em minas da serra que continuam ainda hoje a abastecer depósitos de Viana. Após passar sob o primeiro destes arcos, vire à direita no sentido N, seguindo por cima do cano, até encontrar outro arco, no qual, pelo lado de baixo, poderá ver um pequeno moinho e a entrada de uma antiga mina de água. Retome o percurso, por cima do cano, sob denso arvoredo, até encontrar uma pequena “casinha da água”. Existe um desvio para a direita (250m) de acesso a nova mina de água. Continue o percurso no sentido NE, cruze um estradão e continue sobre o cano até atingir um novo estradão, junto de um pequeno pontão sobre um ribeiro. Volte ao estradão, siga em frente no sentido N, até atingir a estrada em alcatrão. Siga ao longo da mesma para a direita (E), até atingir o lugar de S. Mamede. Continue ao longo da estrada até junto de ruínas, que indicam o local da “Aldeia Velha”, origem do povoado de S. Mamede. Se quiser, siga o caminho para a esquerda até chegar ás ruínas de uma antiga capela. Volte atrás até atingir a estrada em alcatrão, vire à esquerda e suba até novo cruzamento. Vire à esquerda e caminhe ao longo da estrada alcatroada, até outro cruzamento de estradas, onde inverte o sentido de marcha seguindo por estradão em terra batida. Passará junto do marco geodésico da “Bouça do Frade” continuando até chegar ao “Alto do Frade”, onde esteve para ser instalado um posto de controle aéreo durante a 2ª Grande Guerra - Casa do Radar (casinha dos aviões). Daqui poderá desfrutar de uma vista panorâmica sobre a cidade de Viana e o vale do Rio Lima. Desça pelo estradão até atingir estrada de alcatrão, por onde vai seguir, virando à esquerda. Mais à frente, vire à direita e siga um caminho em terra, até à casa florestal da “Carreira de Tiro”, local onde existe miradouro com vista sobre o mar. Mais à frente, abandone a estrada seguindo um trilho assinalado para a direita até à torre do depósito de água. Desça depois à estrada principal calcetada em paralelo onde vira à esquerda, passando junto da “citânia de Santa Luzia”, conhecida por “Cidade Velha”. Continue em frente até chegar à zona do templo, final deste percurso. Caso disponha ainda de algum tempo, não deixe de subir ao escadório, até ao zimbório da basílica, para desfrutar de uma vistas mais belas de Portugal.

Ainda com a bela imagem do pôr do sol junto ao templo de Santa Luzia na memória e como já tinhamos o percurso preparado decidimos voltar a Viana para realizar o PR9 Trilho dos Canos de água. Desta vez a contagem duplicou, e lá saímos os 4 engenheiros do Porto no mesmo carro ao som de Tonicha, Zé Cabra e afins. Foi talvez a viagem mais hilariante que tivemos.
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Arcos do Fincão 11:40++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++Cano de Água 11:58
Preparados para iniciar o percurso reparámos no sapatinho clássico trazido por um dos elementos do grupo, ideal para visitar o interior do templo no fim da caminhada mas não para caminhar. Às 11:15 começámos a andar. Apesar de não se ter uma grande vista panorâmica nos primeiros quilómetros, isso foi compensado pelo fantástico emaranhado de canos de água, todos escavados em pedra, ora assentes no terreno ora elevados por intermédio de arcos de pedra. Vimos as várias casinhas da água e a nova mina, visitámos a Aldeia Velha mas não encontrámos o moinho ou o que resta do mesmo. Não ficámos satizfeitos com passar apenas ao lado do marco geodésico da Bouça do Frade por isso fomos até ao topo onde decidimos almoçar (13:58). De estômago mais composto fomos em direcção à Casa do Radar, agora guarita de animais, de onde já se podia ver, ao fundo, o templo (16:23). Seguimos passando pela carreira de tiro, torre do depósito, citânia de Santa Luzia, pousada da juventue e, finalmente, templo. Neste último troço a vista sobre Viana é fascinante.

Para quem já estava preocupado, como o trilho foi, em grande parte, feito por estrada ou no cimo dos canos, os sapatinhos resistiram até ao fim.
Os três caminheiros e o senhor do sapatinho clássico 16:08
Depois de descansar um bocadinho fomos visitar o templo incluíndo o zimbório o qual se aconselha vivamente não sendo, no entanto aconcelhado a pessoas com acro nem claustrofobia (a subida é ingreme, em espiral, mal cabe uma pessoa em largura e o cobertor de cada degrau nem deixa pousar meio pé).
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Traseiras do templo de Santa Luzia 16:36+++++++++++++++++++++++++++Vista do cimo do zimbório 16:55++

domingo, 11 de novembro de 2007

Paredes de Coura - PR5 Trilho dos Moinhos e PR6 Trilho do Megalítico de Vascões

Características do Percurso PR5 Trilho dos Moinhos (adaptado de panfleto Celtas do Minho)
Local: Paredes de Coura; Dificuldade: Fácil; Extensão: 8 Km; Tempo: 3h 30m; Tipo: Circular


O trilho tem o seu início na Colónia Agrícola de Chã de Lamas, da freguesia de Vascões. Aqui, no Monte de Lamas, vê-se uma necrópole megalítica na qual se podem apreciar três mamoas. Segue-se por uma estrada em terra batida e chegando à bifurcação de Porto Velho, segue-se o caminho da direita, para se embrenhar num pequeno bosque. Pouco depois começa-se a descer, até se alcançar os velhos moinhos que serviam o lugar de Várzea, da freguesia de Parada. Estes moinhos, ano após ano, encarregaram-se da moagem do afamado milho, grão destas terras de Coura, outrora conhecida por “Celeiro do Minho”. O caminho desemboca na estrada alcatroada, que se percorre até alcançarmos o bucólico lugar de Várzea. Deste lugar, continua-se por entre os campos até se alcançar uma área de lazer junto ao Rio Coura, próxima da estrada alcatroada. Depois de uma curta paragem nesta área convidativa ao descanso, retoma-se o passeio pelo mesmo caminho até ao lugar da Várzea. Daqui vira-se à direita, tomando um caminho em terra até Porto Velho. Segue-se então o caminho comum até à Colónia Agrícola de Chã de Lamas, onde se inicia este percurso.

Características do Percurso PR6 Trilho do Megalítico de Vascões (adaptado de panfleto Celtas do Minho)
Local: Paredes de Coura; Dificuldade: Fácil; Extensão: 7,5 Km; Tempo: 3h 30m; Tipo: Circular

Saindo da igreja de Vascões, vira-se à esquerda e segue-se pela estrada asfaltada, virando, pouco depois, à direita por um caminho de terra que serve os campos de cultivo daqueles lugares. Desde aqui, pode-se apreciar uma bucólica paisagem sobre as verdes pastagens da aldeia de montanha de Bico. Vai-se caminhando e embrenhando em antigos campos de cultivo, hoje abandonados. Chegando às alminhas da Chã dos Ferros vira-se à direita, seguindo pelo caminho em terra que conduzirá até ao lugar de “Porto Velho”, onde se encontra uma casa abandonada e um moinho junto da Ribeira de Reiriz. Passado o lugar de Porto Velho, vira-se à direita em direcção à Colónia Agrícola de Chã de Lamas. Nestas vastas pastagens, podem-se observar pequenos montículos que se destacam na paisagem. Estes montículos constituem lugares de enterramento fúnebre denominados por mamoas (túmulos de terra que cobrem uma câmara funerária formada por várias lajes). Continua-se pela estrada florestal, chegando à ribeira, vira-se à direita seguindo sempre junto à mesma. O caminho desemboca na estrada asfaltada, que se percorre para, passados alguns metros, virar à direita por um caminho em terra batida até chegar a Senra. Aqui, pode-se visitar a Igreja de Vascões estando de volta ao local onde tem início o percurso.

Estávamos novamente na companhia dos Pernas-Longas e desta vez, além de mais duas pessoas que não conhecíamos, trouxemos um companheiro e jovem engenheiro, fazendo o grupo aumentar até aos 12 elementos. Este percurso teve como base o PR5, o qual fizemos na totalidade, fazendo alguns desvios pelo PR6, nos troços lineares, de modo a não se passar duas vezes pelo mesmo caminho. Começámos a andar em Parada (11:56) em direcção à Colónia Agrícola de Lamas por caminhos entre campos, lameiros e floresta. Muita água, moinhos, árvores, pastagens, cabras... tudo muito bonito. Como prometido no convite, e por ser o dia de São Martinho, no fim do percurso (16:44), fez-se um pequeno magusto junto ao núcleo de moinhos de Parada nas margens do jovem Coura.
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Levadas no início do percurso 12:11+++++++++++++++++++++++++Indicações do PR5 e PR6 13:15+++++++++++++
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Charco 13:39+++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Magusto 16:45

domingo, 4 de novembro de 2007

Viana do Castelo - PR8 Trilho da Chão

Características do Percurso (in http://percursos.no.sapo.pt/pr8/percurso-08.html)
Local: Viana do Castelo; Dificuldade: Moderado; Extensão: 18,9 Km; Tempo: 6h 00m; Tipo: Circular

"Este PR tem o seu início junto do edifício da SIRC- Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço.
Vamos fazer a descrição caminhando em direcção ao N, transpondo o viaduto “ponte seca” sobre o caminho de ferro, continuando entre o casario do lugar de Paçô, passando junto da capela de S. Sebastião, junto das gravuras rupestres da “Lage da Churra”, atingindo a ultima moradia da freguesia. Inicia-se então a subida para o alto da serra, em direcção E/NE através da velha calçada do “Caminho da Costa de Paçô”, em cujos lajedos se encontram gravados os rodados dos carros de bois.
Quando chegar ao estradão florestal em terra batida que vem de Afife, vire à direita e por ele continue subindo até alcançar um belo miradouro onde pode observar uma panorâmica sobre o mar e Vila Praia de Âncora, com o monte de Santa Tecla na Galiza lá no fundo á nossa frente. De imediato se atinge um cruzamento com outro estradão em terra batida, que liga Viana do Castelo á Senhora da Cabeça. Aqui vire e siga para a direita ao longo do mesmo e em direcção S, para em breve chegar a novo cruzamento da “Pereirada”. Bem lá na frente sobre a imensidão do planalto da Chão, já se vislumbra o marco geodésico que nos vai servir de referência.
A partir daqui o percurso de ida e volta até ao Talefe será comum, seguindo ao longo do estradão florestal.
Estamos em plena Chão, planalto imenso da serra de Santa Luzia, com zonas húmidas, pequenas nascentes de regatos e algumas lagoas naturais ou acondicionadas pelo homem, onde vêm beber os “garranos”, cavalos selvagens, e as típicas vacas barrosãs que aqui vivem em liberdade.
Chegados á base do Talefe inicie a breve subida para o ponto mais alto da Serra de Santa Luzia (550m.), assinalado pelo marco geodésico de 1ª categoria, conhecido como “Talefe” ou “Gurita de Couço”.
Após deixar o marco geodésico, regresse novamente ao estradão, e siga o percurso no sentido inverso até ao cruzamento da “Pereirada”, mas no trajecto poderá fazer um pequeno desvio para atingir as ruínas da casa florestal da “Fonte Louçã”. Neste local bem perto existe um tanque em pedra, abastecido pela água límpida da Fonte Louçã. Junto ainda também são visíveis valas escavadas no século passado para extracção de minério.
Regressando ao cruzamento da “Pereirada”, local em que poderá iniciar a descida em direcção Oeste (pela esquerda). Ao longo da descida vai contornar pelo N uma pequena elevação onde estão as “Pedras da Cruz do Calvo” atingindo em seguida o desvio para o “Alto do Mior” mais conhecido por “Miradoiro das Bandeiras”, com uma vista deslumbrante sobre o oceano, farol de Montedor e as veigas de cultivo de Areosa, Carreço e Afife, numa sinfonia de cores verde e azul.
Retome a descida, agora em direcção N, e logo deixará o estradão para tomar pela esquerda a antiga calçada do “Caminho da Costa de Carreço”, que desce serpenteando em direcção O, calçada centenária utilizada por carros de bois, dos quais nos ficaram como testemunho os sulcos no granito, e algumas datas nas pedras “eras”, assinalando intervenções periódicas e comunitárias para manutenção dos caminhos. Esta calçada será cortada a dada altura por um estradão pelo qual terá de seguir em direcção NO, até ao sítio da “Coroa”, onde existem vestígios de um antigo castro. A partir daqui siga para SO descendo, passando pelas “Fontelinhas” e atingir as primeiras casas do lugar de Carreço, e a capela de S. Paio, segundo a tradição a primeira igreja de Carreço.
É então altura para, voltando para NO, passar pelo “Largo do Aral”, “Campo da Cal”, Igreja Paroquial, e chegar à SIRC, final deste percurso."

Tendo gostado dos passeios anteriores começámos a organizar alguns, ficando de reserva, no caso dos Pernas-Longas não o fazerem ou quando, nos fins-de-semana prolongados com pontes, não os pudéssemos acompanhar. Como já sabíamos que os nossos amigos iriam aproveitar este fim-de-semana prolongado, tentámos arranjar um grupito de pessoas que nos acompanhasse a Viana. Por uma razão ou por outra, todos os interessados foram desistindo e no dia da caminhada estava apenas eu e a Mónica. Seria o primeiro trilho no Norte organizado e realizado somente por nós, por isso, receando alguma inexperiência nossa, levámos mapas, descrições detalhadas e fomos antes à Decathlon, o nosso bazar favorito, encher-nos de material de caminhada (bússola, porta-mapas impermeável, um enchoval Quechua). Como se isto não fosse suficiente, nunca fiando, fomos comprar um GPS sobre o qual tenho a tecer algumas considerações:
-quando se vai utilizar um GPS convém saber trabalhar com ele;
-convém saber o destino a introduzir;
-convém saber a diferença em termos de tempo do que são 100m a 100km/h a 50km/h e a andar a pé;
-primeiro respeita-se a sinalização da estrada e só depois o que nos diz o aparelho e por último;
-ao utilizar um GPS deve decidir-se, antes de começar a conduzir, se se vai seguir integralmente as suas indicações ou seguir um mapa e os nossos instintos, utilizando o GPS apenas em caso de desespero - nunca misturar as duas situações senão o desespero é garantido não havendo garantias de sair dele.
Estes pontos explicam as dificuldades que passámos até chegar ao ponto de início de percurso.

Considerando-nos jovens com boa preparação e como seríamos só dois a caminhar, decidimos escolher um trilho logo com 19km, esperando ainda chegar ao fim do percurso com tempo e disponibilidade física para realizar o PR9 Trilho dos Canos de Água com 10 km (ok, sonhar é lindo...).

Placar indicativo no início do percurso 10:28
As esperanças em fazer um segundo trilho desvaneceram-se quando começámos a caminhar e o relógio já marcava 10:28, hora e meia de atraso em relação à hora prevista. Atendendo a que no início se viam marcas de 20 em 20 metros pensámos nem ser necessário utilizar os mapas. Já na mata de eucaliptos que não nos deixavam apreciar a vista para o mar, o número de marcações foi reduzindo até que chegámos a um cruzamento com 5 saídas possíveis e nenhuma indicação: vínhamos de uma, com o mapa e descrições excluímos mais duas, restavam duas as quais explorámos uns bons metros sem ver qualquer marca. Arriscámos pela cuja configuração se assemelhava mais à marcação no mapa e, finalmente, ao fim de uns 15 minutos vimos uma marca. Saindo da mata deu para apreciar a vista sobre Vila Praia de Ancora, seguindo então para o cruzamento da Pereirada. Daqui até Talefe cruzámo-nos com uma grande quantidade de garranos e barrosãs que se passeavam livremente. Na base do Talefe a marca de saída do estradão encontrava-se coberta por vegetação, assim como todo o trilho até ao topo, pelo que não a vimos e acabámos por caminhar mais uns quilómetros até ao marco geodésico. Lá no cimo estava um militar que nos deu uma autêntica palestra de 1 hora sobre cartografia. Ele costuma ser destacado para fazer medições por todo o país durante algumas semanas, pelo que nos falou de alguns dos sítios por onde passou.
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Indicações no cruzamento de Pereirada 12:40++++++++++++++++++++++Garranos num charco a caminho de Talefe 13:08
Nesta altura, além de sabermos que não íamos fazer o PR9, púnhamos algumas dúvidas se conseguiríamos acabar este antes do por do sol. Decidimos não fazer o desvio até à casa florestal. Fizemo-nos à estrada em passo apressado, tentando recuperar algum do tempo perdido mas, como a fome apertava, parámos para almoçar, eram já 15:40.
Com as baterias recarregadas regressámos ao cruzamento da Pereirada de onde seguimos para o último terço do percurso. Este tem um grande troço de estrada alcatroada ou calçada mas as formações rochosas e a vista para o mar são fantásticas, nomeadamente no Alto do Mior.
Depois de muito andar demos por terminada a caminhada às 18:09.
Resumindo:
-O primeiro terço do percurso embora seja por trilho, está mal marcado e não tem grandes vistas;
-No segundo terço podem ver-se animais e têm-se uma boa vista de Talefe, infelizmente é feito por estradão e temos de repetir o percurso;
-O troço final é muito bonito, pena é que tenhamos de andar pela estrada.
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Último terço do percurso em direcção ao Alto do Mior 16:25+++++++++++++++Templo de Santa Luzia 18:55++++++++++++
Como nos restavam alguns minutos de luz, fomos até ao Alto de Santa Luzia, ver onde tinha início o PR9 e ver o por do sol lá do cimo, junto ao templo.

domingo, 21 de outubro de 2007

Arcos de Valdevez - Trilho das Brandas e Socalcos de Sistelo

Características do Percurso (in panfleto Valimar)
Local: Arcos de Valdevez; Dificuldade: Moderado; Extensão: 6,88 Km; Tempo: 5h 00m; Tipo: Circular

Este percurso localiza-se nas faldas da Serra da Peneda, mais precisamente na aldeia de montanha de Sistelo. Partindo do parque de estacionamento do Largo do Visconde do Rio Vez, no centro da aldeia de Sistelo, cruzamos a EN 202-2 e iniciamos o percurso que nos levará a visitar o rústico casario e os típicos espigueiros que vão surgindo e decorando a aldeia. O caminho empedrado leva-nos a sair da aldeia para, junto a um reservatório de água, tomarmos um carreteiro que nos conduzirá, até à Chã da Armada onde podemos constatar a beleza da paisagem que nos rodeia. Nesta deslumbrante vista panorâmica destaca-se o lugar de Padrão, o qual parece encontrar-se como que suspenso na íngreme encosta da montanha. Seguimos em direcção a Este, por um caminho pouco nítido, que mais se assemelha a um trilho de pastores e que, pouco a pouco, dará lugar a um carreteiro. Este magnífico carreteiro, que nos leva a percorrer a linha de cumeeira sobre uma das vertentes do Rio do Outeiro, vai desembocar na branda de gado de Rio Covo. As brandas são formas de ocupação humana dos espaços de montanha, constituindo um apoio importante às populações pastoris da Serra da Peneda, cuja utilização se dá sobretudo na época estival. Abandonando a branda, seguimos caminho por entre um belo bosque que dará lugar a um planalto constituído por matos rasteiros. Trata-se de uma zona de pastagem que circunda os campos adjacentes à branda do Alhal - uma branda de cultivo e de gado. Daqui, seguimos por um carreteiro, cujas lajes testemunham a sua antiguidade e intensa utilização, que, serpenteando para vencer os fortes desníveis, nos permitirá a descer até ao lugar de Padrão. Este pitoresco lugar ainda mantém a traça tradicional das aldeias da montanha do Minho, encontrando-se rodeado por socalcos onde se cultiva o milho e se produz feno e pasto para o gado bovino de raça cachena e barrosã. Ao sair de Padrão tomamos o caminho lajeado que nos levará a cruzar os campos e lameiros e que, mais abaixo, desembocará na EN 202-2. Atravessamos esta estrada nacional para seguirmos o caminho descendente, paralelo ao rio Vez, que nos conduzirá ao local onde teve início este passeio.

Uma semana passada, mais um convite recebido e novamente aceite. Começava a tornar-se um costume acordar cedo ao Domingo. Desta vez compareceram 9 pessoas e, em relação a quem conhecíamos, existia uma cara nova. Começámos a caminhar às 10:34 e enquanto subíamos, fomos ouvindo a missa que ecoava por toda a montanha, graças aos altifalantes da torre da igreja (parece ser boa ideia para quem trabalha todo o dia no campo). Dado o elevado conhecimento da zona por parte do nosso guia, durante todo o percurso acabámos por fazer alguns desvios para visitar mais brandas do que as 2 apresentadas na descrição. O número ultrapassou a dezena, apresentando algumas 2 pisos com uma laje enorme de pedra única.
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Vaca Barrosã 11:58++++++++++++++++++++++++++Louva a deus 12:51
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Árvore 13:01++++++++++++++++++++++++++++++Árvores 13:07
Vimos barrosãs e, mais uma vez, um Louva-a-deus, desta vez verde e com uns 8 centímetros, que se passeava pelas pernas de um dos nossos companheiros. Fizemos ainda algumas paragens para trocar impressões com alguns dos locais, inclusivamente um senhor de 92 anos que subia vigorosamente a calçada íngreme depois de um dia de trabalho no campo. Chegados a Sistelo aproveitámos para visitar a aldeia: Casa do castelo, fontes, espigueiros, igreja e cemitério (17:08).

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domingo, 14 de outubro de 2007

Vouzela - PR4 Trilho da Penoita

Características do Percurso (adaptado de pedestrianismo.blogspot.com)
Local: Vouzela; Dificuldade: Moderado; Extensão: 14 Km; Tempo: 5h 00m; Tipo: Circular

O percurso inicia-se na aldeia de Covas, construída com a matéria-prima mais à mão, assim foram-se erguendo as casas, os currais, os muros, os canastros, as fontes, que no seu conjunto formam esta maravilhosa serra. Prossegue-se para norte em direcção a Adsamo, que lhe dista a cerca de 1 km. Aldsamo é uma aldeia onde as construções de pedra e madeira continuam a predominar.
Adiante ingressa-se na frondosa Mata da Penoita, que abrange a maior mancha de Carvalhos plantados da região, com uma área de cerca de 2,5 km². Nesta mata, podemos apreciar um belo exemplo da conjugação entre a vegetação e o relevo, resultando num dos locais mais deslumbrantes e aprazíveis do concelho de Vouzela. Em breve chega-se ao parque de Merendas da Penoita, onde se almoça.
Retomada a marcha, segue-se o caminho florestal para sul que atravessa toda a mata da Penoita. Não muito longe encontra-se um fenómeno da Natureza muito interessante: uma pedra em forma de barca, forma essa que lhe dá o nome de “Pia de Barca”. Prossegue-se até encontrar o Dólmen da Malhada de Cambarinho (anta), também conhecido pelos pastores como a “casa da orca". É um monumento megalítico com câmara e corredor, que se situa não muito longe do rio Alfusqueiro, a 875 metros de altitude.
Continua-se em direcção à aldeia de Covas, com o percurso a apresentar uma subida gradual, por um trilho que nos leva a atravessar algumas linhas de água. Perto de Covas situa-se o Bicão dos Conqueiros, classificado pelo renomeado geógrafo Amorim Girão como Menir.


Como prometido anteriormente e quase 2 meses após a descida à caldeira de Santo Cristo em São Jorge, chegou o convite:
"(...) conforme combinado de vez em quando vamos enviar-vos um convite para se juntarem a nós e ao nosso pequeno grupo de caminheiros dos 7 aos 77 ( com 7 não há mas com 77 sim).
Não se sintam obrigados a responder a não ser que queiram mais informação ou qualquer outra coisa.
Se algum dia estiverem interessados apitam e combinamos. (...)"- Jorge Mota
Claro que não nos sentimos obrigados e respondemos prontamente. Seria a nossa estreia nos Pernas-Longas, a primeira de muitas caminhadas e o início de várias amizades.

À hora marcada estávamos no local estipulado. Compareceram 9 pessoas ao convite. Feitas as apresentações, não foi preciso muito tempo para nos apercebermos que o grupo é primeiro de amigos e só depois de caminheiros. Durante toda a viagem e primeiros quilómetros do percurso não dissemos muito, limitando-nos a satizfazer a curiosidade dos restantes, respondendo às suas questões sobre nós. Mas, apesar da diferença de idades, não foi preciso esperar muito para nos sentirmos à vontade e intrusados no grupo.
Seguimos em direcção a Campia-Vouzela para juntar mais dois elementos ao grupo, uma pessoa e um canídeo deveras irrequieto, de seu nome snoopy.
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Placar indicativo no início do percurso 11:07+++++++++++++++++++++++++Indiçações 11:58++++++++++
Começámos a caminhada no ponto mais a Norte do percurso, junto ao parque de merendas, às 11:10, seguindo em direcção ao Dólmen da Malhada do Cambarinho. Continuámos no sentido do Bico dos Conqueiros e, depois de algumas paragens para merenda chegámos ao fim por volta das 19:00.
O percurso valeu mais pela companhia que pela beleza em si, tinha troços longos de estradão e estrada e em muitas das zonas de trilho, os muros e vedações eram tão altos que não nos deixavam ver a paisagem. Pontos a salientar são o Dólmen da Malhada do Cambarinho, o Bico dos Conqueiros (Menir) e zona envolvente e a Pia de Barca.
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Dólmen da Malhada do Cambarinho (Anta) 12:04+++++++++++++++++++++Natureza=Ruína 14:13+++++++

Bico dos Conqueiros (Menir) 15:36
Como tenho um fascínio por animais, especialmente artrópodes, répteis e anfíbios (gosto de ver e fotografar mas não sei identificar os indivíduos), não posso deixar de referir que vimos um pequeno Louva-a-deus castanho e muitos gafanhotos castanhos, que quando voavam fungindo de nós, mostravam o belo azul garrido das suas asas.
Por último, o percurso situa-se numa zona de caça pelo que não foram poucos os tiros que ouvimos nas redondesas, o que causou algum receio ao longo da caminhada.
Antes de voltarmos ao Porto fomos jantar ao Restaurante "O Sacristão" em Campia onde trocámos impressões sobre o percurso e garantimos continuar a participar nos eventos seguintes, para espanto dos restantes, por acharem que, como jovens, teriamos de certeza algo mais interessante para fazer ao fim de semana que andar a pé na sua companhia.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pico - PR4PIC: Subida ao Pico

Como já apresentámos um post sobre a subida ao Pico não repetimos a descrição geral do mesmo aconselhando, quem a queira ver, a visitar o seguinte link:
Pico - PR4PIC: Subida ao Pico - 17 Agosto 2006
Tendo já subido o Pico estivemos durante as férias todas à espera de um dia em que uma subida nos proporcionasse uma melhor vista do que a que tinhamos tido. Com as férias a chegar ao fim ficámos conformados com a ideia de que isso não iria acontecer e decidimos arriscar uma subida no nosso último dia. O tempo parecia ainda pior que nos dias anteriores mas mantivemos a nossa decisão. Esperámos pela boleia do terceiro elemento e 5 minutos depois de arrancarmos começou a chover torrencialmente... um pouco descrentes decidimos continuar até ao início do percurso. Quando chegámos às 5:00 o céu estava tão limpo que, associado à lua cheia, quase não precisámos de lanterna. Desta vez deixámos os nossos dados na casa de apoio à montanha e começámos a subida às 5:10 chegando ao cimo as 7:55 (record 2h:45m). Apesar de só termos visto novamente São Jorge e Faial, conseguia-se ver muito mais da ilha do Pico inclusivamente a Lagoa do Capitão. Como desta vez começámos a subir mais cedo tivemos oportunidade de ver o narcer do sol lá no cimo e apreciar a fantástica sombra da montanha sobre as nuvens. Almoçámos e descemos entre as 8:41 e as 10:26 (record 1h:45m).
Nascer do Sol no fim da subida 7:28
Vista para as Lajes no fim da subida 7:29
Vista sobre a ilha do Pico ( à esquerda pode ver-se a Lagoa do Capitão) 7:44
Cratera do Pico 7:49
Com esta subida aprendemos, o que passa a ser um conselho, que para se ver se as condições atmosféricas estão favoráveis à subida, deve-se ir mesmo até ao ponto de início.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

São Jorge - PR1SJO: Caldeira do Santo Cristo–Fajã dos Cubres








Ilha: São Jorge; Dificuldade: Médio; Extensão: 10 Km; Tempo: 2h 30m; Tipo: Linear

Como já apresentámos um post sobre este trilho não repetimos a descrição geral do mesmo aconselhando, quem a queira ver, a visitar os seguintes links:


Vista para Graciosa na descida para a Fajã de Santo Cristo 12:17

Aproximação à Fajã de Santo Cristo 13:29

Dois anos após termos feito este percurso fomos convidados por uma amiga, com quem já tinhamos dado a volta à Caldeira, a repeti-lo com mais uns amigos seus (no total eramos 7). Mal sabiamos nós que nos iam ser apresentados dois representantes dos Pernas-Longas, um grupo Nortenho de amigos que se junta aos fins de semana para realizar caminhadas. Salientamos ainda a estreia em caminhadas da pequena Alexandra (irmã da Mónica) de apenas 6 anos, que fez todo o percurso sem qualquer sinal de cansaço.
No início do trilho havia algum nevoeiro que foi desaparecendo à medida que fomos descendo. A caminhada começou as 11:19 e terminou às 18:04 após um lanche, um almoço, muita conversa e alguns mergulhos.

Burro na Fajã de Santo Cristo

O grupo à saída da Fajã de Santo Cristo 16:26

Em relação ao percurso efectuado em 2005, além de não termos apanhado boleia de moto4, fomos visitar o moinho no centro da lagoa na Fajã dos Cubres.
No fim trocámos contactos ficando a promessa de nos contactarem para as actividades dos Pernas-Longas. Será que fomos contactados?? Não perca os próximos capítulos em: A CAMINHAR POR.....

Miradouro com vista para as duas fajãs 18:35

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Carrazeda de Ansiães - Linha do Tua e Castelo de Ansiães

Aproveitando o fim-de-semana prolongado fomos fazer uma visita à família e passear por Carrazeda de Ansiães, entre muitos lugares fomos ao Castelo de Ansiães e à Linha do Tua.


No concelho de Carrazeda de Ansiães, freguesia de Lavandeira situa-se o castelo de Ansiães o qual defendia a antiquíssima vila de Ansiães, cujas origens remontam ao século XII. Ansiães abrangia duas freguesias: a de S. João Baptista, extramuros, e a de S. Salvador, intramuros. Em 1734, a transferência da sede para o lugar de Carrazeda deu origem à actual vila de Carrazeda de Ansiães. Hoje o castelo e as habitações que continha estão praticamente em ruínas.

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Da Igreja de S. João Baptista (esq.), estilo românico, pouco mais resta de que um espaço arruinado, com o chão em terra e já sem cobertura. Tem a particularidade de não possuir porta principal, efectuando-se a entrada por uma porta lateral, de arco quebrado. A nave e a capela-mor são rectangulares, com um arco triunfal ogivado, conservando-se no exterior três sepulturas escavadas na rocha.
No interior das muralhas encontra-se a igreja de S. Salvador (dir.) também de arquitectura românica, tratando-se de um templo de planta longitudinal composta por uma nave única e capela-mor, onde se encontram fragmentos do pelourinho de Ansiães. A fachada principal, orientada a oeste, apresenta no portal um dos mais importantes exemplos da gramática escultórica do românico português constituído por quatro arquivoltas plenas. No exterior permanece a capela funerária de N. Sra. da Graça, que alberga quatro túmulos medievais, de granito, com tampas de duas faces.


Inaugurada em Outubro de 1887 a linha do Tua permite a sua ligação a Mirandela, a vigem de comboio por esta linha é considerada uma das mais bonitas da zona, no entanto à data da nossa visita não foi possível fazê-lo devido a um recente acidente. A visita foi então feita num jipe (conduzido alguns minutos pela Mónica… que perigo :S) acompanhada de uma apanha de deliciosas laranjas.

Informação Adicional:
http://www.bragancanet.pt/patrimonio/casteloansiaes.htm
http://www.cm-carrazedadeansiaes.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Carrazeda_de_Ansiães
http://www.linhadotua.net