sábado, 31 de outubro de 2009

Freixo de Espada-à-Cinta – PR1FEC: Calçada de Alpajares

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Local: Freixo de Espada-à-Cinta Dificuldade: Fácil; Extensão: 8 Km; Tempo: 3h 00m; Tipo: Circular

Após muita insistência dos amigos para fazermos este percurso devido à sua beleza e aproveitando a proximidade entre Barca D’Alva e Freixo de Espada-à-Cinta incluímos a Calçada de Alpajares como bónus ao fim de semana de aventura que planeámos, que tinha como cabeça de cartaz o passeio pela linha do comboio entre as estações de La Fregeneda e de Barca D’Alva

Além de ser bonito este trilho iria servir para abrir o apetite dos nossos companheiros de caminhada e avaliar a sua forma física e capacidade para realização do percurso do dia seguinte.

Contrariando todas as previsões meteorológicas que previam chuva para Sábado e dilúvio para Domingo, combinou-se o encontro em Gaia para partirmos todos pelas 8:00 horas de Sábado em direcção a Freixo de Espada-à-Cinta para chegarmos por volta da hora do almoço, petiscarmos um bocadito e fazermo-nos à calçada. Pelo meio fizemos uma pequena paragem em Figueira de Castelo Rodrigo para apreciar-mos ao longe o forte de Almeida, ficando a vontade de no regresso ir lá visitar.

Iniciámos a caminhada por volta das 13:00 horas começando logo por uma subida penosa para quem tinha estado 3:00 sentado no carro e acabado de almoçar. As oliveiras e as suas azeitonas quase maduras dominavam a paisagem. A gula de um dos nossos companheiros demonstrou a razão pela qual apenas se encontram azeitonas curtidas no mercado e não directamente colhidas da Árvore. A cara de desgosto com que ficou por vários minutos rivalizou como a mesma que apresentava após o Jogo Braga-Benfica (2-0).

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Início/Fim do Percurso 16H19                                                  Azeitona 13H01             

Uma marca mal colocada provocou logo de início o primeiro e único desvio do traçado o que fez os nossos companheiros duvidar da nossa capacidade de orientação e diminuir a confiança relativamente ao percurso do dia seguinte.

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Calçada de Alpajares 14H07                                                        Ruínas 14H51     

De volta ao trilho entrámos finalmente na calçada ziguezagueante e íngreme, entre montanhas e formações rochosas únicas e incríveis. A vista panorâmica lá do cimo é fantástica. De acordo com as plantas que tínhamos tentámos encontrar um túmulo mas ao fim de alguns minutos de procura desistimos de o procurar… Seguimos em direcção à Calçada de Santana e por fim atravessámos a ponte junto a um agrupamento de ruínas em xisto e continuámos por estrada em direcção ao carro (16:37), brincando um pouco com o efeito de eco das montanhas em redor.

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Formações Rochosas 14H52                                              Formações Rochosas 15H06

Atendendo à curta extensão do trilho este apresenta muitos pontos de interesse e de beleza significativa. Como pontos negativos salientam-se os grandes troços de estrada e estradão e a existência de muito lixo nas encostas junto às bermas da estrada, lixo este que deve estar na origem do facto de não termos visto nenhuma lontra que, de acordo com os placards indicativos, é um bom indicador da qualidade das águas do cursos de água.

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Oliveiras 16H18

Chegados ao carro dirigimo-nos a Barca D’Alva para visitar a antiga estação de caminho de ferro e dar um pequeno salto a Espanha avaliando o estado de uma das pontes e o grau de sensibilidade de todos às alturas. TESTE SUPERADO (mas com algum nervosismo)

Demos entrada na pensão Bago D’Ouro, jantámos, vimos a bola, demos novo passeio pela vila e fomos descansar para estarmos em forma no dia seguinte.

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Ponte Ferroviária Sobre o Rio Águeda 17H36 …Ponte Rodoviária Sobre o Rio Águeda 17H39…Ponte Rodoviária Sobre o Rio Douro 23H32

domingo, 18 de outubro de 2009

Arcos de Valdevez - Trilho do Glaciar e do Alto Vez

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  Local: Arcos de Valdevez
  Dificuldade: Baixa 
  Extensão: 12,6 km
  Duração:8 h 20 min
  Tipo: Circular 
  Cartas Militares: 8 e 9

 

Desta vez estamos a escrever sobre um dos percursos mais interessantes que fizemos até agora. Não devido à beleza das paisagens que vimos (que também não está em causa) mas principalmente pela quantidade de insectos que pudemos observar …e fotografar.

Fazia aproximadamente 2 anos que tínhamos começado a caminhar regularmente com os Pernas-Longas e estávamos de volta a Porta Cova - perto do percurso que tínhamos feito em Sistelo.

No início de percurso, o rendilhado de socalcos de Sistelo dominava a paisagem no fazendo lembrar em parte as andenerias peruanas.

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Vista Sobre Porta Cova (10H17)                                                   Vale do Glaciar (16:13)

Fizemos um pequeno desvio para alcançar o rio Vez e almoçámos nas suas margens. Quando regressávamos ao trilho começámos a vez algumas fêmeas de grilo a tentarem depositar os seus ovos no meio do estradão.

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Trilho do Glaciar e do Alto Vez (11H32)

Depois de uma subida não muito inclinada chegámos ao Vale do Glaciar onde se podiam ver enormes rochas roladas, depositadas ao longo de todo o vale pelo glaciar… parecia um cemitério de pedras.

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Vale do Glaciar (15H19)

No cimo da serra e enquanto todos procuravam a marca perdida o Nuno encontrou uma aranha com umas cores fantásticas (patas listadas de branco e preto e abdómen vermelho com pintas pretas) mas agressiva pois quando nos aproximávamos levantava o par de patas dianteiras mostrando as quelíceras.

O Nuno não tirava os olhos do chão e perto das brandas encontrou um Louva-a-Deus castanho o qual parecia ser conhecido de todos pois pareciam paparazzis à caça da foto comprometedora. …(Ao início falava de como 2 anos antes tinham encontrado um grande louva-a-deus verde a subir pelas calças de um dos nossos companheiros perto do local onde nos encontrávamos e que no percurso anterior tínhamos visto outro mas castanho e em Vouzela).

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        Grilo (14H39)                                           Aranha (17H06)                                        Louva-a-Deus(17H56)    

Já havíamos feito muitas paragens (talvez demais), apressámos o ritmo, mas nada que impedisse o Nuno de continuar a olhar para o chão e encontrar novo Louva-a-Deus agora verde e grande.

Já estava a anoitecer quando chegámos à branda de Crastibó. O sorriso de felicidade de alguns contrastava com a cara de preocupação de outros por termos de caminhar de noite.

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Trilho do Glaciar e do Alto Vez (18:17)

No fim uns continuavam com o sorriso de felicidade enquanto os restantes de alívio.

Conseguimos estender um percurso de pouco mais de 12,6km num passeio de dia inteiro a uma impressionante velocidade média de 1,5km/h.

domingo, 11 de outubro de 2009

Ponte de Lima: Percurso da Água

Descrição do percurso retirada da página oficial do mesmo:

Local: Ponte de Lima; Dificuldade: Moderada; Extensão: 12,5 Km; Tempo: 6h 00m; Tipo: Circular

“O percurso mais longo da rede de percursos tem como principais objectivos a compreensão do movimento do principal elemento desta área protegida, a água, na bacia hidrográfica do rio Estorãos, bem como, a interpretação da área das Tapadas do Mimoso e o contacto com a forma de distribuição da ocupação humana na área envolvente à paisagem protegida, bem como, com o património dela resultante.
Partindo do Centro de Interpretação Ambiental rumo à Quinta de Pentieiros e posteriormente à Azenha do rio Estorãos, adaptada para Turismo Rural, pode observar-se as serras de Arga e Cabração (ao fundo), que contribuem para a valorização paisagística do percurso, e em que a última marca o limite Norte da bacia cujas águas são drenadas para o rio Estorãos e assim chegam à área protegida.
Todo este troço evidencia valores patrimoniais históricos, como a casa da Quinta de Pentieiros, agora recuperada para Centro de Acolhimento, a necrópole megalítica à saída da Quinta, aconselhando-se a visita após a criação do aro arqueológico, a ponte, construída no séc. XVI ou XVII, o seu cruzeiro e alminhas, que serviam para proteger os visitantes.
Continuando o percurso, após paragem para desfrutar, por instantes, da bela paisagem ribeirinha valorizada pela zona de lazer fluvial da Azenha de Estorãos, depara-se com uma zona tipicamente agrícola, e posteriormente com a Estátua das Quatro Mãos, descritas em percurso adequado.
Ao chegar à ponte da Freixa, sobre o rio Estorãos, o percurso segue para montante num trilho de pé posto, que acompanha a margem do rio rumo ao passadiço que contorna a lagoa das Tapadas do Mimoso, sistema semelhante ao descrito no percurso I. Estes dois sistemas, constituem as duas maiores massas de águas superficiais de toda a bacia.
O posto de observação desta lagoa, permite desfrutar da paisagem e serenidade características deste espaço e disponibiliza informação, que explica a grande diferença entre as duas lagoas, nomeadamente no que respeita à particular e imponente mancha de vegetação arbórea autóctone, onde se destacam as florestas de amieiros, habitat importantíssimo ao nível da conservação da natureza e as florestas de carvalhos. Todo este espaço é atravessado pelo percurso, que proporciona, em qualquer época do ano, um despertar de inúmeras agradáveis sensações podendo, igualmente ser detectada a presença de inúmeras espécies vegetais e animais.
Fora desta zona, o percurso coincide com o troço final do percurso II e ruma em direcção a EN 202 com passagem pelo Solar de Bertiandos, um dos ex-libris do Norte do país, contendo entre outros valores, um marco miliário, uma torre erigida em 1566.
Uma vez na estrada nacional, segue-se junto à recta de Bertiandos, com as serras de Arga e Cabração a Norte e rio Lima a Sul a proporcionarem uma interessante perspectiva do enquadramento da paisagem protegida na bacia hidrográfica do rio Estorãos, que permite compreender o movimento da água desde que entra nesta bacia até que sai, para o rio Lima, através do rio Estorãos e vala do Estado.
Até ao final do percurso, muito próximo do Centro de Interpretação Ambiental, merece especial destaque a Quinta da Lage, onde funciona uma unidade de turismo em espaço rural, fundada no séc. XV, com elementos arquitectónicos do séc. XVIII e vestígios de uso do espaço que remontam ao período romano/medieval.”

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14:08 Igreja de Estorãos (esquerda), 14:22 Flor (centro) e 14:26 Ponte e Azenha (direita)
[46]_Vinha[48]_As_Mãos[76]_Solar_de_Bertiandos
15:03 Videira (esquerda), 15:06 As Mãos (centro) e 17:53 Solar de Bertiandos (direita)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Caminhar por Mogadouro

Desta vez aceitámos o desafio e a proposta de honorários para nos juntarmos ao Clube de Actividades Ar Livre (CAAL) de visita ao Norte, num fim-de-semana prolongado por Mogadouro, com 3 dias e três caminhadas. A actividade denominava-se “COM SABOR A DOURO – DO ABUTRE DO EGIPTO À CEGONHA PRETA” e estavam à espera da nossa passagem os seguintes percursos:

Sábado 3 de Outubro – Os Miradouros

Domingo 4 de Outubro – O Sabor

Segunda 5 de Outubro – A Ribeira da Bemposta

Dada a extensão e dificuldade de alguns dos percursos previstos a Mónica e a Xana no Domingo  e Segunda foram explorar outros locais enquanto o Nuno seguiu com o CAAL.

Desta exploração resultaram mais dois percursos:

Domingo 4 de Outubro – Penas Róias

Segunda 5 de Outubro – Bruçó – Trilho da Castanha

(para aceder aos posts relativos a cada percurso basta carregar sobre o descritivo respectivo)

Partimos os 3 (Nuno, Mónica e Xana) do Porto para uma penosa e morosa viagem até Mogadouro. Após algumas paragens e desvios chegámos no limite da hora do início do passeio nem tendo tido, como planeado, tempo para montar a tenda no parque de campismo de Mogadouro, onde já se erguiam as tendas dos nossos habituais companheiros de caminhada, com quem seguiríamos para o ponto de encontro. À hora marcada, estávamos só nós o que até foi favorável pois já passava das 15H00 e ainda não tínhamos almoçado.

Entretanto chegou o autocarro e juntámo-nos aos restantes seguindo até ao ponto de partida do percurso denominado “OS MIRADOUROS”. Os desfiladeiros observados prometiam bons percursos para os dias seguintes, principalmente por este ser o mais curto e apelidado pelos organizadores de “o menos interessante”.

No fim do percurso dirigimo-nos ao parque de campismo para montar as tendas. Depois jantámos e, enquanto as meninas foram dormir para a tenda, o Nuno ficou no carro a ouvir rádio adormecendo e tendo acabado por passar lá o resto da noite.

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“Os abrigos”                                                                                                    Pôr-do-sol

No Domingo acordámos e separámo-nos rumando a percursos diferentes. No final, enquanto a Mónica falava de coisas fantásticas que tinha visto o Nuno queixava-se de ter andado 21km quase sem pontos de interesse a registar.

À hora do jantar reuniu-se todo o grupo no restaurante para confraternizar e apreciar os afamados cogumelos e a posta, que supostamente daria para duas pessoas (por isso acabámos por pedir posta para dois), mas que se resumia a um naco carne de dimensão média/baixa, como foi comprovado pelo miúdo de 10 anos que ficou ao nosso lado que não teve dificuldades em comer sozinho uma dose. No fim de contas acabámos por pagar um valor bastante acima do esperado comparativamente ao que comemos. Apesar de tudo há que salientar os excelentes acompanhamentos do restaurante e o que salvou a noite foi mais uma vitória do F.C.Porto desta vez por 3-0 frente ao Olhanense.

No último dia seguimos novamente por caminhos separados e mais uma vez o resultado foi o mesmo. Apesar do percurso “A RIBEIRA DA BEMPOSTA” prometer inicialmente, o trilho traçado levavanos na direcção oposta a todos os pontos de interesse que pareciam existir no local, nomeadamente toda a zona em volta da cascata FAIA DA ÁGUA ALTA. Há falta de pontos de interesse acabei por terminar o percurso mais cedo (ou como se apelida no CAAL: “neutralizar”).

Como a Mónica não tinha máquina fotográfica para eternizar os locais por onde passou, antes de regressarmos ao Porto, passámos pelo Castelo de Mogadouro a fim de fechar com um ponto positivo o nosso fim-de-semana e tirar umas fotos.

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O Castelo de Mogadouro e a paisagem envolvente 

“Erguido no século XII, o castelo de Mogadouro foi concedido em 1297 pelo rei D. Dinis à Ordem dos Templários e, alguns anos mais tarde, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se apenas dois panos de muralha, ligando um deles a torre a um cubelo. A torre, quadrangular e de aparelho "incertum", é acompanhada, não de muito longe, por uma outra de feição mais recente, conhecida como Torre do Relógio. Esta é feita de cantaria nos cantos e aparelho "incertum" a meio. Está dividida em três registos, o último dos quais preparado para receber sinos. Tem um remate piramidal e ostenta nos quatro cantos pináculos de granito. Apresenta-se hoje com graves fendas. Um pouco mais abaixo vêm-se restos de uma outra cintura de muralhas, em mau estado.

Monumento Nacional, Dec. nº 35 443, DG 1 de 02 Janeiro 1946, ZEP, DG 29 de 04 Fevereiro 1966.” (in http://www.bragancanet.pt/patrimonio/castmog.htm)

No fim de contas, acabámos por não ver nem cegonhas pretas nem abutres do Egipto, principais fontes de interesse para o Nuno se ter inscrito na actividade. Quanto aos percursos do Nuno, o primeiro foi curto mas interessante, o segundo dispensava e o terceiro teve uns 15 a 20 minutos de beleza. Para os lados da Mónica e da Xaninha, o segundo percurso foi marcado pela bela imagem do Castelo de Penas Roias e o terceiro interessante mas um pouco repetitivo. Dada a distância ao Porto, o preço do jantar e o exagerado preço da inscrição (39€ por pessoa), a actividade acabou por não ficar muito barata.

Mogadouro - A Ribeira da Bemposta

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  Local: Bragança / Mogadouro / Lamoso & Peredo Bemposta
  Dificuldade: Baixa
  Extensão: 14 km
  Duração: 4 h 15 min
  Tipo: Linear
  Carta Militar: 108/121


Novo dia, novo percurso e… novo fiasco :(

Mais uma vez sem a Mónica, segui no autocarro rumo ao início do percurso traçado pelos organizadores do CAAL.

O início parecia antever algo de muito interessante… a chegada à cascata (na altura seca) FAIA DA ÁGUA ALTA e as formações rochosas no local são fantásticas. Do miradouro avistava-se um trilho até à cascata e que continuava depois de se passar por baixo da queda de água. Quando começámos a descer parecia que os guias nos encaminhavam para lá, até que saímos do trilho e seguimos em direcção oposta para frustração de muitos. Ainda assim podia ser que nos levassem para algum sitio ainda melhor… mas não, fomos ter a outro miradouro ou se calhar um “miralatão” de onde se fariam 7 km por estradão só para evitar um troço mais difícil de 500 m.

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Casa típica (10H05)                                                                             Faia da Água Alta (10H50)

Após os penosos 7 km e já farto de não ver nada acabei por terminar o percurso mais cedo numa acção que os membros do CAAL apelidam de “neutralização” (o que se faz para dizer que não se desiste lol). Eu e mais alguns apanhámos boleia na pá de um tractor até a aldeia mais próxima onde ficaríamos à espera dos restantes membros, fazendo uma pausa intermédia na adega do condutor do mesmo.

Um facto curioso do dia deveu-se ao facto de termos sido seguidos durante quase todo o percurso por uma cadela cega que parecia perdida, mas que se veio a descobrir que pertencia ao dono do tractor, que só estava por ali pois andava à procura da mesma.

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Peredo da Bemposta (14H18)

No fim restou-me esperar pela Mónica e ouvir as boas novas do percurso que fez (Trilho da Castanha em Bruçó)

Bruçó

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  Local: Bragança / Mogadouro / Bruçó
  Dificuldade: Baixa
  Extensão: 9,7 km
  Duração: 4 h 00 min
  Tipo: Circular
  Carta Militar: 120

Domingo ainda ponderámos ir com o CAAL uma vez que no percurso programado para esse dia havia a hipótese de “neutralização”… mas acabámos por fazer um pequeno percurso marcado nas cartas militares do companheiro Jorge. Seguimos então para Sul de Mogadouro e ao fim de pouco tempo já nos encontrávamos perto da igreja de Bruçó onde iria começar o percurso. Inicialmente demorámos a encontrar a rua pela qual deveríamos seguir, pelo que fomos pela estrada principal até que poucos metros à frente encontrámos um ponto comum ao percurso e por aí seguimos até à abandonada e destruída estação de comboio, outrora muito importante na região, passando por muitos castanheiros. Seguimos pela linha de comboio, mesmo quando deveríamos ter virado rumo às ruínas de uma igreja isolada que acabámos por não ver. Depois percorremos os caminhos utilizados pelos locais para tratarem dos seus terrenos, um planalto com imensas plantações de milho marcava a envolvente, com a aldeia de Bruçó quase sempre visível… guiadas pelos caminhos (que eram muitos) e  linhas de alta tensão regressámos ao ponto inicial.

Registo fotográfico não houve, uma vez que a máquina fotográfica da Mónica estava avariada e o telemóvel sem bateria…

No fim recolhemos a informação de mais quatro percursos em Bruçó para registo e caminhadas futuras.

domingo, 4 de outubro de 2009

Mogadouro - O Sabor

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  Local:
Bragança / Mogadouro / Valverde & Brunhoso
  Dificuldade: Moderada
  Extensão: 21 km
  Duração: 9 h 00 min
  Tipo: Linear
  Cartas Militares: 106/107

Depois de ter passado a noite no carro e já separado da Mónica entrei no autocarro para seguir em direcção ao início do percurso mais longo da actividade. Mais uma vez não correspondia a nenhum trilho marcado mas sim traçado pelos organizadores do CAAL em expedição anterior de reconhecimento.

Os maiores pontos de interesse, prendiam-se com o facto de passarmos por locais que, caso a nova barragem do Sabor venha a ser construída, serão submersos, nomeadamente a aldeia de Santo André. O percurso seguia em grande parte paralelo ao rio com algumas aproximações onde existiam pequenas poças de cor duvidosa, em que alguns se aproveitaram para banhar.

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Aldeia de Santo André – Casas, Capela e Sobreiro

Tirando as construções em xisto actualmente em ruínas e algumas paisagens sobre o rio, poucos foram os pontos de interesse do percurso comparando com a sua extensão.

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Rio Sabor (16H33)

No fim fomo-nos todos hidratar pois já ninguém tinha água e seguimos até ao parque de campismo para o desejado banho antes do jantar convívio.

Já no jantar a Mónica contou-me mundos e fundos das suas Aventuras no percurso … e eu das minhas desventuras lamentei-me acerca dos 21km desinteressantes.

Penas Róias

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  Local: Bragança /
Mogadouro / Penas Róias 
  Dificuldade: baixa
  Extensão:
8,4 km
  Duração: 4 h 00 min
  Tipo: Circular
  Carta Militar: 93

Sábado depois de nos despedirmos dos nossos companheiros passeamos um pouco pelo Parque de Mogadouro, enquanto aguardávamos que abrisse o posto de turismo onde esperávamos encontrar informações sobre trilhos pedestres na zona. Não existindo a informação pretendida decidimos ir visitar o Castelo de Mogadouro, que pode ser visto no blog principal deste fim-de-semana, e fazer um dos percursos que se encontrava se encontrava na informação que o companheiro Jorge nos emprestou… e assim atraídas pela foto de um castelo seguimos em direcção a penas Róias.

Infelizmente a Mónica encontra-se sem máquina fotográfica, pelo que para o registo desta caminhada foi necessário recorrer ao telemóvel…

O percurso teve início junto ao parque de Penas Róias subindo em direcção ao Castelo, construção histórica muito interessante e envolvida numa bela paisagem.

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Xana                                                Castelo  de Penas Róias                                         Albufeira

Depois de passarmos a aldeia, seguimos por entre olivais… até à albufeira onde algumas pessoas se  encontravam a pescar, essencialmente bogas, e aproveitamos o espaço para almoçar. Deste ponto e de acordo com o percurso marcado no mapa era suposto seguirmos em direcção a Azinhoso, mas um caminho novo pela margem da albufeira levou-nos directamente à barragem, a qual atravessamos em direcção ao parque. Finalizado o percurso decidimos voltar ao Castelo para apreciar mais uma vez a sua beleza e procurar a bem escondida fraga das letras. Depois de uns minutos de procura sem sucesso perguntamos a uma senhora que habitava o lugar fazia bastante tempo e que generosamente pediu à sua filha que nos indicasse o caminho, subimos da igreja em direcção ao Castelo, seguimos pelo caminho à esquerda deste e direita de umas rochas, as quais contornamos, descemos ainda uns bons metros e por baixo destas “fragas” encontravam-se então as pinturas rupestres, poucas e meio apagadas, mas sem dúvida pinturas (http://www.edouro.com/lista.asp?CAT_ID=14)… difíceis de encontrar sem a ajuda dos locais.

Durante a caminhada a Xana foi aprendendo a ler o percurso na carta militar e o jogo de soletrar palavras ocupou o restante tempo. Cumprido o objectivo, voltámos ao Parque de campismo de Mogadouro, passando ainda por Azinhoso.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mogadouro - Os Miradouros

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  Local: Bragança / Mogadouro / Lagoaça
  Dificuldade: Baixa
  Extensão: 7 km
  Duração: 3 h 00 min
  Tipo: Linear
  Carta Militar: 120/132

 

Depois de uma viagem penosa desde o Porto chegámos a Mogadouro a fim de dar início a um fim-de-semana prolongado com 3 caminhadas em 3 dias. Juntámo-nos aos nossos habituais companheiros de caminhada, e seguimos para o ponto de encontro onde almoçámos e esperámos pelo autocarro com os membros do Clube de Caminhadas Ar Livre (CAAL) e, após a sua chegada, dirigimo-nos até ao ponto de partida do percurso denominado “OS MIRADOUROS”.

Este percurso não se encontra marcado, tendo sido traçado pelos organizadores do CAAL em expedição anterior de reconhecimento. A ideia seria passear entre dois miradouros sob o desfiladeiro do Rio Sabor para, se possível, ver abutres do Egipto.

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Douro – Miradouro Carrascalinho (15H30)                                                                               Douro – Miradouro Cruzinha (17H45)

Entre os dois miradouros predominavam os campos com oliveiras de azeitona ainda verde e vinhas com os últimos cachos para apanhar e, esporadicamente amendoeiras, figueiras. Neste dia, a impressão com que fiquei dos membros do CAAL foi a seguinte: ou não há mercearias em Lisboa (pelo menos com amoras, amêndoas, figos e uvas) ou estes já não comiam há dias pois tudo o que viam punham à boca, mesmo vendo, no caso das amoras que estas tinham estado maduras pelo menos uma semana antes, ou dos figos que ainda precisavam de mais uma semana de amadurecimento em cima. A presença dos proprietários não parecia afectar o festim.

Os desfiladeiros fizeram lembrar em parte o Cañon del Colca no Peru e os Grifos avistados (grifos e não abutres do Egipto), embora menos imponentes e muito ao longe, El Condor. Estes pontos anteviam um fim-de-semana com muitas surpresas e lugares muito interessantes a visitar, principalmente por este ser o percurso mais curto e apelidado pelos organizadores como “o menos interessante”.

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Panorâmica (17H10)

No fim deste agradável e fácil percurso que serviu de aquecimento aos dias seguintes dirigimo-nos
ao parque de campismo, montámos a tenda, jantámos e fomos descansar para no dia seguinte seguirmos rumos diferentes:
Nuno – O Sabor
Mónica – Penas Róias

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Mogadouro 15H48                                                                                                                              Ramo “chamuscado”17H21