sábado, 29 de agosto de 2009

Pico - PR4PIC: Subida ao Pico

Não este não se trata de um post repetido e sim, voltei ao Pico na mesma semana.

A chegada ao Pico de parte dos nossos companheiros de caminhada no Porto associada a novo dia de bom tempo criou uma nova possibilidade de voltar ao cimo do Pico.

À hora combinada para a saída (05H30) eu e a Mónica tínhamos tudo menos vontade para prosseguir com o combinado, tendo chegado os dois a decidir não ir (três horas antes ainda estávamos na rua em plena comemoração da Semana dos Baleeiros). O poder de persuasão dos restantes com o argumento de que não se sentiam confortáveis a subir sem alguém com alguma experiencia do Pico foi o suficiente para voltar a mudar de ideias, embora um pouco contrariado (nesse dia tínhamos ainda de fazer sobremesas e cozinhar devido a uma tradição familiar associada à Semana dos Baleeiros e fazer as malas para partir rumo ao Porto no dia seguinte).

Apesar de tudo não era o mais experiente pois embora esta fosse a minha 5ª subida, nos restantes 3 havia quem estivesse pela 12ª vez.

A subida realizou-se a um ritmo muito mais calmo tendo tido início pelas 06H30 e terminado às 09H45. Os mais rotinados naquela montanha optaram por não subir ao piquinho aproveitando para recuperar alguns minutos de sono. Infelizmente para a Mónica que ficou em casa, o tempo estava tão bom que foi-nos possível ver, finalmente, todo o grupo central.

[07]_Faial
Mariola e Faial 09h35

Finalmente demos início à descida (11H30) chegando à Casa da Montanha às 14H00.

Aspecto negativo foi o facto de ter torcido o dedo mindinho da mão esquerda de tal modo que 3 depois ainda tinha o dobro da largura habitual.

Para reforçar a ideia anterior … NÃO AO TELEFÉRICO!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pico - Paisagem da Cultura da Vinha

Á semelhança dos Arcos do Cachorro esta trata-se de nova publicação sobre algo que já tínhamos visitado anteriormente mas não tinha sido alvo da atenção devida em sede do A CAMINHAR POR…

“A Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico é um sítio classificado pela UNESCO, como património mundial, compreendendo uma área de 987 hectares na ilha do Pico.

A zona classificada inclui um notável padrão de muros lineares paralelos e perpendiculares à linha de costa rochosa. Os muros foram construídos para protecção dos milhares de pequenos e contíguos lotes rectangulares (designados currais) da água do mar e do vento, destinados à produção de uva.

Registos desta vinicultura, cujas origens datam ao século XV, manifestam-se na extraordinária colecção existente em casas particulares, solares do início do século XIX, adegas, igrejas e portos. A belíssima paisagem construída pelo homem neste local é remanescente de uma prática antiga, muito mais vasta na região açoriana.” (adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Paisagem_da_Cultura_da_Vinha_da_Ilha_do_Pico)

Para informação mais detalhada ver: http://sra.azores.gov.pt/downloads/unesco.pdf

Embora exista um percurso pedestre de pequena rota a passar pela zona (PR5PIC – Vinhas da Criação Velha) a curta disponibilidade de tempo não nos permitiu realizar todo o caminho cingindo-nos apenas a pequenos troços a pé, visitando os maiores pontos de interesse, como o lajido com as suas escoadas lávicas naturais e as relheiras criadas pela passagem contínua dos carros de bois, o moinho de vento, os rola pipas (rampas lisas para deslocação das pipas), os currais e as adegas, a vista para a montanha e para o Faial.

[06]_Paisagem_da_Cultura_da_Vinha [18]_Paisagem_da_Cultura_da_Vinha  [20]_Rola_Pipas
Currais 16H27                  Trilho 16H42                                          Rola-Pipas 16H48               
[23]_Escoada_Lávica [30]_Moinho [33]_Faial
Lajido 16H51                           Moinho dos Frades 17H10                                                    Faial 17H11                        

Esperamos numa próxima oportunidade realizar todo o percurso a pé.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pico - PR4PIC: Subida ao Pico

Pela 4ª vez para o Nuno e 3ª para a Mónica voltou-se ao ponto mais alto de Portugal.

Como em todas as outras vezes fomos esperando que aparecesse um dia de bom tempo para que pudéssemos ver todas as ilhas do grupo central. Desta vez demorou mais do que o costume, apanhámos chuva todos os dias e o céu estava completamente nublado. Finalmente, depois de uma semana, lá apareceu uma tarde e pôr-do-sol de Verão. Não foi preciso mais nada… à hora do jantar (por volta da 21:00) informámos o nosso caro amigo Márcio:“Às 4:00 saímos”… “Para onde?”…”Vamos subir o Pico esta noite” ao que este respondeu facialmente com aquela cara que conjuga todos os sentimentos e mais alguns, nomeadamente surpresa, medo, alegria, espanto e de “tás a gozar” Descartámos mais uma vez a hipótese de subir de tarde e voltar no dia seguinte e decidimos aproveitar pois as previsões apontavam que o tempo voltasse a piorar.

Às 4:00 horas acordámos, preparámos equipamento e farnel e, após uma viagem atribulada, com muitos coelhos e desvios bruscos (tentando não acertar nos mesmos) que retiraram todo o sono remanescente dos restantes ocupantes do veículo, chegámos ao sopé da montanha (04H35).

Acordámos o bombeiro e demos os nossos dados para iniciar a caminhada directamente a partir do centro interpretativo “Casa da Montanha” (04H50).

No meio da escuridão total e há falta de marcos não foi preciso muito para sairmos do trilho, nada que não se resolvesse continuando seguindo em linha recta para cima. O ritmo forte fez com que não levasse muito tempo a que as primeiras dificuldades físicas do menos experiente se fizessem sentir. O apoio (ou melhor, jogo psicológico de que ainda faltava muito e àquele ritmo iríamos demorar 4 horas sendo que a média ronda as 3 ou 3 e 30) fez com que não se perdesse o ritmo inicial. Até a nós nos parecia estarmos a andar devagar mas, ao fim de 2H30 (às 07H20) já lá estávamos na cratera e só nessa altura nos apercebemos que tínhamos batido o anterior record de 2H45.

WMr[20]_Lajes WMr[26]_Piquinho WMr[39]_Faial 
vista para as Lajes – 7H12                    Piquinho – 7H25                                              Sombra Pico e Faial – 7H58                     

Enquanto nos preparávamos mentalmente para a penosa subida ao piquinho (atendendo às dificuldades sentidas na única vez que o tínhamos feito), reparámos num grupo que descia do mesmo, aparentemente sem dificuldades, e esperámos que estes concluíssem a descida para podermos decorar todo o percurso por eles efectuado. Nem parecia a mesma subida, ao fim de 10 minutos já estávamos a receber o bafo quente da terra. Mais uma vez, nem Graciosa nem Terceira mas conseguia-se ver melhor todo o complexo vulcânico ao longo do eixo longitudinal da ilha.

WMr[47]_Mónica_Márcio_e_Nuno
No topo de Portugal – 8H04 

De volta à cratera almoçámos e demos início à descida (08H50). Para compensar o ritmo mais lento de descida a Mónica decidiu (inconsciente e por intermédio das suas botas) cair e rebolar uns bons metros na vertical descobrindo uma nova forma mas igualmente dolorosa de fazer a depilação às pernas com uma incidência muito mais profunda.

Já na furna decidimos tirar uma última foto de grupo mas, mais uma vez, a máquina fotográfica teve um encontro violento com o material vulcânico, devido ao forte vento que se fazia sentir e que derrubou o tripé.

WMr83]_Furna
Furna - 10H40

Finalmente percorremos o último troço chegando novamente ao centro interpretativo pelas 11H05.

Ao longo da descida encontrámos muitos “inconscientes” que iniciavam a subida sem o mínimo de equipamento (nomeadamente calçado e chapéu), por volta das horas de maior calor e sem qualquer noção da duração e dificuldade do percurso.

Uma vez que existe o centro interpretativo com pessoal permanente e que todos os aspirantes a montanheiros têm de fornecer os dados pessoais antes da subida, poderia haver algum aconselhamento, ou a possibilidade de aluguer de equipamento ou até mesmo a imposição de regras mínimas de subida (nem que fossem apenas a título informativo o que já causaria algum impacte)

Por último consideramos de salientar o esforço dos bombeiros e/ou outros responsáveis que tentam manter os marcos de pé, apesar de todas as acções de vandalismo para os derrubar/partir/roubar. Dois anos antes apenas tínhamos encontrado um na vertical e mais 2 ou 3 deitados e este ano a maior parte estava bem colocada. Sugere-se a adopção da marcação com mariolas que, ao contrário dos marcos, parecem despoletar um efeito construtivo e o lado de trolha que há em todas as pessoas, embora não ajude muito a que realiza o percurso de noite.

Já agora … NÃO AO TELEFÉRICO!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Pico - Arcos do Cachorro

Este é mais um post sobre algo que já tínhamos visitado anteriormente mas não tinha sido alvo da atenção devida em sede do A CAMINHAR POR…

“Este local designa-se assim uma vez que a sua formação é semelhante ao focinho de um cão. Esta zona é constituída por diversos arcos, grutas, túneis e zonas de mar resguardadas, que podem ser vislumbradas de terra. Nesta zona foi criada uma central Piloto de Energia Ondocinética, por ser uma região com demasiada ondulação., daí a necessidade de se ter que ter especial atenção às correntes e às condições do mar. (…)” (adaptado de http://skaphandrus.com/spotsDetail.asp?id=197&lang=pt)

Aqui é possível passearmos pelos arcos de lava abertos pela força das ondas. Actualmente alguns dos arcos encontram-se destruídos assim como os passadiços, pelo que é algo perigoso caminhar além dos limites dos mesmos. O mesmo acontece com o dito cachorro que, por alguma razão, perdeu uma das orelhas tendo esta (ou outro pedaço de rocha) sido colada de forma muito rudimentar com argamassa de cimento.

[14]_Arcos_do_Cachorro [20]_Arcos_do_Cachorro [21]_Arcos_do_Cachorro 
Arcos de Lava 16H27                         Zona dos Arcos 16H33                       Zona dos Arcos 16H33
[39]_Cachorro [51]_Portinho
                       O Cachorro 17H02                  Afinal Também há O Homem 17H10       

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pico - Forte de Santa Catarina e Fábrica da Baleia SIBIL


Estes são dois dos pontos de maior interesse na vila das Lajes do Pico, abandonados e em ruínas durante alguns anos.

Após a sua reconstrução/reconversão considerámos interessante apresentar algumas fotografias do estado anterior e compará-lo com o actual.

“A antiga fábrica da baleia SIBIL dedicou-se à transformação dos grandes cetáceos em óleos e farinhas. Foi desactivada no início nos anos 80 do século XX. Entre 2005 e 2007 o edifício da SIBIL foi recuperado pelo Município das Lajes do Pico.

1 16-08-2004 20.41       2 2008-08-27 18.40 3
Fachada 16-08-2004                                                                       Fachada 27-08-2008  
3 2005-08-19 19.40       4 2008-08-27 18.10 
Equipamentos no Interior 19-08-2005                                          Equipamentos no Interior 27-08-2008  

O espaço agora denominado “Centro de Artes e de Ciências do Mar” serve entre outras coisas como museu da indústria baleeira tendo sido recuperados os equipamentos afectos à actividade nele desenvolvida.

2008-08-27 18.30
Chaminé da Caldeira 27-08-2008

O Forte de Santa Catarina ou Castelo de Santo António trata-se de uma antiga fortificação seiscentista, da qual restavam apenas as ruínas de uma vigia, canhoeiras e de um barracão. Toda a construção era em alvenaria de pedra. No forte existem vestígios de um antigo forno de cal, aí instalado em finais do século XIX.

2001-05-04 14-02 Castelo De Santa Catarina (2) 2005-08-19 19.19 2005-08-19 19.31  
         Forno 04-05-2001                                               Forte 19-08-2005                                        Forte 19-08-2005           

Actualmente e desde Agosto de 2006 o Forte de Santa Catarina foi reconvertido em posto de turismo servindo também para a realização de espectáculos ao ar livre.”

2006-08-29 19.592006-08-29 20.09 2009-08-21 18.32 2009-08-21 18.49 
Vista para as Lajes 29-08-2006         Posto de Turismo 29-08-2006                Forno 21-08-2009           Forte 21-08-2009       

(adaptado de http://www.municipio-lajes-do-pico.pt/ e de http://www.inventario.iacultura.pt/pico/lajes_fichas/62_228_99.html )

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Faial – Capelinhos… e outros

De volta ao Faial, desta vez apresentamos não apenas os Capelinhos mas também outros pontos de interesse dos quais não fizemos até agora qualquer menção, pois não se chega lá através de um percurso pedestre. No entanto são alvo de visita regular e quem vai ao Faial deve visitá-los. Note-se em todo o caso que esta não é uma lista exaustiva.

IMG_5867IMG_5919IMG_5942
Farol dos Capelinhos (esquerda) Capelinhos (centro e direita)

1
Caldeira

2
Vista para a cidade da Horta a partir do Monte da Guia

IMG_6006IMG_6035
Monte da Guia (esquerda) e Praia de Porto Pim (direita)

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Monumento a N. Srª da Conceição no Miradouro da Espalamaca (esquerda) e Vista para a cidade da Horta a partir do Miradouro da Espalamaca (direita)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pico - Furna de Frei Matias e Gruta das Torres

Aproveitando a presença do amigo e colega Márcio e da irmã da Mónica, voltámos a visitar dois dos mais conhecidos túneis vulcânicos da ilha do Pico.

Não nos vamos alongar em descrições pois estas constam do post anterior com o mesmo tema, referindo apenas que o troço da Gruta das Torres aberto ao público continua a ser o mesmo, e que a Furna de Frei Matias continua no estado em que se encontrava anteriormente. Novidades apenas a touca fornecida por razões higiénicas para colocar antes dos capacetes.

[16]_Estalactites_Lava [27]_Estalactites_Lava
Estalactites de Lava 17H49                                                      Estalactites de Lava 18H01
[33]_Túnel_de_Lava [39]_Formação_Geológica_Ovo_Estrelado [40]_Entrada_Gruta
                          Túnel de Lava 18H12                                         Curiosa Formação 18H21         Saída da Gruta 18H23 
[43]_Entrada_Gruta
Saída da Gruta 18H24

Horário da Gruta das Torres: Junho a Setembro, das 14:30 às 17:30. Maio e Outubro, aberto aos fins-de-semana, das 14:30 às 17:30.

Preço: 4€ / Grátis para sócios d’Os Montanheiros e para crianças

Para mais informações contactem Os Montanheiros:

Contactos
“Os Montanheiros” - Núcleo da Ilha do Pico
Apartado 33 - Ec Lajes do Pico
9931-909 Lajes do Pico
Telemóvel: 913459081
E-mail: grutadastorres@sapo.pt
http://www.montanheiros.com/gruta_torres.php

Quanto à Furna de Frei Matias, dado o estado em que se encontra e pelo facto de se localizar dentro de propriedade privada convém ir com alguém que conheça.

[03]_Furna [10]_Ponte_de_Lava
Túnel de Lava e Balcões Laterais 19H03                                            Ponte de Lava 19H11           
[17]_Estalactites_de_Lava 
Estalactites de Lava 19H17

terça-feira, 18 de agosto de 2009

São Jorge - PR2SJO: Serra do Topo - Fajã dos Vimes

Características do Percurso (adaptado de www.trails-azores.com)

[SJorge.jpg]                                                                      Trilhos_Geral-Model

Ilha: São Jorge; Dificuldade: Médio; Extensão: 5 Km; Tempo: 2h 30m; Tipo: Linear

“Este percurso inicia-se na Serra do Topo, termina na Fajã dos Vimes e tem a duração aproximada de 2h30. Começa por um atalho de terra batida ladeado por hortênsias que segue ao longo do cume da serra do topo. Após caminhar cerca de 800m encontrará uma cancela e logo depois volte à direita para o atalho de pé posto que aí se encontra. Nesta parte do trilho o caminho segue por entre uma mata muito rica em vegetação endémica encontrando-se imponentes Cedros-do-mato (Juniperus brevifolia), Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), Urzes (Erica azorica) e Folhado (Viburnum tinnus), entre outros. O piso pode encontrar-se um pouco enlameado e/ou escorregadio, sendo por isso de salientar a utilização de calçado apropriado. Um pouco à frente encontrará uma escadaria de pedra antiga que desce a falésia. Este troço encontra-se sombreado devido à presença de uma mata de incensos (Pittosporum undulatum). Ao fim de cerca de 3 km chegará a uma estrada alcatroada onde deverá voltar à sua direita e, poucos metros depois, encontrará uma seta que indica uma nascente com água potável, localmente conhecida como “fonte de água azeda” muito aprazível nesta fase do percurso. Continuando o trilho, depois de cerca de 300 metros deverá voltar para a esquerda para um caminho de terra batida que desce até à Fajã dos Vimes. Já na Fajã poderá visitar uma oficina onde ainda fazem colchas artesanais e, na mesma casa, poderá provar um café semeado e confeccionado na própria Fajã. O trilho termina pouco depois no portinho de recreio da Fajã, onde poderá ainda desfrutar de um banho nas águas do Atlântico.” (in www.trails-azores.com)

Mais uma vez em São Jorge e de novo com o intuito de mostrar a Ilha a novo colega. O planeamento previa dois dias com 2 quiçá 3 percursos mais uma volta à ilha de carro passando nos pontos de interesse normalmente visitados por quem vai com guia.

Ligando no dia anterior a fim de averiguar a disponibilidade de veículos para alugar e tendo tido uma resposta favorável, fomos convencidos que não haveria problema de maior nesse aspecto. Chegados a São Jorge fomos à agência, esperámos bastante tempo, até que nos disseram que não havia nada naquele momento e que teríamos de esperar perto de uma hora. Ao fim de uma hora chegou uma lista confusa dos carros disponíveis, escrita à mão a qual confirmava as piores expectativas, quer para esse dia quer para o seguinte. Como teríamos de passar a fazer tudo por táxi descartámos a hipótese de ficar mais um dia pois São Jorge começaria a tornar-se demasiado dispendioso.

Só com um dia reorganizámos ideias e tivemos a escolher que percursos fazer. Nas escolhas estavam o “PR4SJO: Pico da Esperança – Fajã do Ouvidor” ou os “PR2SJO: Serra do Topo – Fajã dos Vimes” e “PR3SJO: Fajã do Vimes – Lourais – Fajã de São João” (o segundo no seguimento do primeiro). Apesar de ser muito bonito e de talvez ser o mais interessante de mostrar excluímos das hipóteses a descida à Caldeira de Santo Cristo e Fajã dos Cubres (PR1SJO) pois já a tínhamos repetido várias vezes. Optámos pela segunda hipótese, não só pela menor extensão conjunta (5km+10km<17km) mas também por maior parte do mesmo ser feito por estradão ou estrada e ainda pelo facto de o Nuno já o ter percorrido.

Aproveita-se para informar que a marcação deste percurso foi alterada passando agora pelo traçado realizado alternativamente aquando do passeio com Os Montanheiros de São Jorge (ver PR4SJO: Pico da Esperança – Fajã do Ouvidor).

Lá fomos negociar o táxi como se ainda estivéssemos no Peru e seguimos para a Serra do Topo que se apresentava com muito nevoeiro onde tem início o trilho (11H09).

No início do percurso é necessário transpor algumas vedações electrificadas e de arame farpado. Escusado será dizer que a cobaia Nuno Gonçalves testou a primeira a vedação a fim de averiguar se esta estaria ligada. Ao fim de dois toques parecia não haver problema em tocar na mesma… ao terceiro … devem adivinhar a dor sentida e dormência que se prolongou por largos minutos (concluímos que a descarga é dada por impulsos aleatórios).

[22]_Início_PR2_Serra_do_Topo [44]_Descida_à_Fajã_dos_Vimes
             Início do percurso 11H09                                           Descida à Fajã dos Vimes 11H47      

Não foi preciso esperar muito até que viesse a chuva, primeiro leves gotas esporádicas depois chuva torrencial. A descida íngreme tornou-se muito escorregadia criando-se dificuldades acrescidas para nós mas principalmente para a Xana.

Foram talvez os 5 km mais complicados que fizemos até hoje mesmo sendo a descer (note-se que a subida ao Pico são 4,7 km em cada um dos sentidos).

No fim (14H09), encharcados, almoçámos num pequeno parque junto ao mar, provavelmente privado, onde uma legião de lagartos atacava freneticamente uma figueira de um terreno adjacente.

[56]_Fajã_dos_Vimes [67]_Lagartos_nas_Figueiras
Chegada à Fajã dos Vimes 14H01                       Lagarto na figueira 14H31                          

Depois do almoço e atendendo às condições físicas e psicológicas de todos e ao avançado da hora, decidimos por encerrar a nossa visita a São Jorge deixando o PR3 para outra altura.

Chamámos o táxi e seguimos para as Velas. Enquanto o Nuno tentava comprar os bilhetes de volta os restantes foram dar uma volta pela vila com o intuito de visitar a zona balnear e o arco de lava. Não foram muito longe… o funcionário da bilheteira negava a venda do bilhete da Xana por não ter a declaração dos pais a dizer que autorizavam a Mónica a viajar com a irmã. O mesmo não nos forneceu nenhum contacto de nenhum superior, nem se mostrou muito preocupado em resolver a situação, informando que poderíamos ter de ficar em São Jorge. Por sorte existe um fax na casa do Nuno e tínhamos tempo para enviar uma cópia dessa declaração para a GNR local (sim porque na bilheteira não há fax nem internet nem estão autorizados a ligar a ninguém – apenas fornecem o numero da sede da transportadora que aquela hora já tinha fechado) antes que chegasse o barco. Parece que o facto de os pais da Mónica e Xana serem os mesmos como comprovavam os dois bilhetes de identidade não era suficiente. Aconselhamos a quem passe pelo mesmo problema e não tenha os mesmos meios que peça a outra pessoa para comprar os bilhetes referindo que são todos adultos (mais uns trocos mas menos chatices)

Por fim agradecemos a todos aqueles que nos proporcionaram dificuldades como o tempo e especialmente aos funcionários da Rent a Car e ao da bilheteira, estes últimos demonstram o atraso que normalmente se associa à insularidade. Garantimos que podem contar com publicidade negativa da nossa parte.