quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AS – 12/13 – Paraguai II – Asunción e Aregua

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Estava nos primeiros planos de viajem, saiu e voltou várias vezes, e quase que apenas visitámos a capital paraguaia pois nos comprometemos a reencontrar-nos com o simpático casal Evelyn e Diego que conhecemos em Jesus... acabou por tornar-se uma jornada bastante boa a nível gastronómico.

19/02/2014

Chegámos ao terminal ainda de noite por isso esperámos que amanhecesse para poder fazer algo... entretanto fomos esclarecendo algumas dúvidas perguntando e revisando a internet.

Como Diego e Evelyn trabalhavam durante o dia decidimos seguir a recomendação da Laura e viajar pela manhã até Aregua, terra de oleiros e ceramistas e onde podíamos visitar uma construção de barro, deixando as mochilas grandes no terminal. Foi mais de uma hora de viagem para fazer pouco mais de 30km mas apenas por 30 cêntimos de euro.

Procurámos e encontramos a bioescola el cântaro mas não tivemos oportunidade de falar com os donos, mas vimos o avançar dos seus projetos um edifício de madeira e barro, um iglu de adobes, entre outros... daí seguimos para visitar o lago mas depois de nos terem dito que está totalmente poluído e ainda havia que pagar entrada desistimos. Passámos pelo que se chamava feira da manga mas infelizmente já quase não havia mangas e percorremos as ruas cheias de artefactos em barro e cerâmica antes de voltar a Asunción.

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Artesanato em Aregua: 11:19 (esq.) e 11:20 (dir.)

Demos uma volta por todos, ou quase todos os pontos turísticos do centro, terminando o passeio na antiga estação de comboio onde nos ficámos de encontrar com Diego e Evelyn.

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13:23 Edifício (esq.), 13:47 Palácio Governamental (centro) e 13:50 Palácio Governamental (dir.)
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14:35 Panteón de los Héroes (esq.), 14:37 Panteón de los Héroes (centro) e 14:40 Jogando damas na Plaza de los Héroes com tampas de garrafas... para rainha vira-se a tampa ao contrário (dir.)
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14:46 Panteón de los Héroes (esq.), 15:26 Cabildo (centro) e 15:42 Estação de Comboio (dir.)

Evelyn apareceu 18:15. Queria mostrar-nos a cidade mas já o tínhamos feito a pé por isso fomos à avenida costaneira nas margens do rio Paraguai e, já na companhia do Diego, fomos ao Lido Bar provar comidas típicas:

- Sopa paraguaia – um pão/bolo feito no forno com farinha de milho, cebola, ovos, leite, queijo paraguaio (ou fresco), banha, água e sal; – Bom sabor mas estranho que se chame sopa dado que é bastante seco
- Chipa guazú – pastel de milho no forno, cebola, queijo paraguaio (ou fresco), leite, banha, água e sal; – Muitíssimo bom
- Mbeju – pastel frito com maizena, farinha de milho, ovo, queijo paraguaio (ou fresco), banha, água e sal; Bastante bom
- Empanadas de mandioca – Empanadas de carne mas em vez de farinha ocupa-se farinha de mandioca; Bom

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19:29 Jantar com Diego e Evelyn

Além destas comidas há muitas outras com base em milho e mandioca, que cá é acompanhamento para tudo.

Depois do jantar fomos a casa da Evelyn onde a sua mãe nos ofereceu para a viajem duas chipas e um saco de Chipa Piru (mini chipas como roscas)... deliciosas!!!!!

Dado o avançado da hora levaram-nos de volta ao terminal onde recolhemos as malas, compramos as passagens e apanhámos o autocarro com destino a Concepción pelas 23:45.

AS – 12/13 – Paraguai I – Jesus, Trinidad e Encarnación

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Décimo segundo país desta viagem: muito pouca informação havíamos conseguido e como tal tudo o que fomos fazendo era quase surpresa.

15/02/2014

Depois de parar nas aduanas argentina e paraguaia, numa viagem de 3 autocarros distintos (mas apenas com um bilhete) chegámos ao terminal de Encarnación... tomámos um autocarro a Trinidad, não sem antes provar uma chipa, espécie de pão típico cuja massa leva leite, ovos, queijo, farinha de mandioca, sal e ocasionalmente sementes de funcho (que ao principio se estranha mas depois entranha).

Já no cruzamento que leva ao povoado de Jesus as indicações dos locais não eram certas quanto à passagem dos autocarros, todos apontavam para o táxi como a melhor opção, no entanto sabíamos que tínhamos pelo menos um autocarro 4 horas depois e sendo um lugar pacato decidimos fazer dedo... resultou, 10 minutos depois já estávamos num carro que nos deixou no posto de gasolina de Jesus onde perguntamos pela nossa anfitriã Miriam dos Estados Unidos que trabalha como voluntária no corpo de paz... depois de uma chamada telefónica já um senhor nos indicava para encontrar-la perto da praça. Mochilas ás costas e seguimos as seis quadras... ao fim de 4 quadras um carro parava para nos levar ás ruinas (sem pedirmos), dissemos que só no dia seguinte pensávamos ir lá, mas o casal jovem que aspirava também viajar de mochila queria conhecer-nos terminando por nos levar até á praça onde trocamos contactos para a nossa passagem na capital Asunción. A Miriam já se encontrava á nossa espera, assim que fomos pronto para sua casa onde participamos numa reunião do seu grupo de reciclagem.

Seguimos conversando enquanto cozinhávamos crepes, conversa que seguiu até ao final do dia.

16/02/2014

Uma vez que era Domingo, não havia transporte de Jesus por isso acordámos cedo para tentar conseguir boleia às ruínas de Trinidad... o primeiro carro que passou levou-nos os 8 quilómetros.

Comprámos o bilhete que incluía também a entrada em Jesus e San Damian y Cosme e vimos um pequeno vídeo explicativo do enquadramento dos assentamentos das Missões Jesuíticas até à sua expulsão do Paraguai pelo rei de Espanha.

Já tínhamos visto algumas fotos mas não esperávamos ver construções tão grandes em pedra bastante trabalhada e com detalhes perfeitos.

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Trinidad: 10:57 Arcos de pedras das casas dos índios (esq.), 10:58 Arcos de pedras das casas dos índios (centro) e 11:07 Igreja (dir.)
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Igreja de Trinidad: 11:09 Pormenor construtivo (esq.), 11:11 Porta sacristia  (centro) e 11:12 Pormenor construtivo(dir.)
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Igreja de Trinidad: 11:13 Anjos Músicos... arte Jesuíta com Guarani (esq.), 11:14 Janela (centro) e 11:15 Pórtico(dir.)
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Trinidad: 11:25 Inscrições (esq.) e 11:44 Torre e Primeira Igreja, templo utilizado enquanto construíam a igreja maior (dir.)
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Trinidad: 11:45 Pilar da primeira igreja  (esq.), 11:46 Pilares da primeira igreja (centro) e 12:01 Única imagem intacta (dir.)

Depois de duas horas de passeio, como tínhamos tempo, decidimos visitar um parque que ficava 8 quilómetros pela ruta 6. Novamente parou o primeiro carro a quem pedimos e de onde este nos deixou caminhámos um pouco até à entrada... literalmente, pois não passámos desta. Tratava-se não de um parque natural mas sim de recreio, bastante turístico e ideal para famílias que vão passar uma tarde e fazer um assado.

Havia então só que regressar a Jesus para visitar as ruínas. Não foi tão fácil pois ainda caminhámos quase uma hora mas em duas boleias lá chegámos.

Primeiro visitámos o museu onde se explicava que não se tratavam de facto de ruínas uma vez que a mega construção que há para visitar nunca terá sido concluída, pois os Jesuítas terão sido expulsos a meio da sua construção. A obra ficou abandonada por várias dezenas de anos tendo sido conquistada pelo bosque, até que nas últimas duas décadas se deram trabalhos de escavação, limpeza e restauro.

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12:41 Pica Pau (esq.) e Jesus: 15:16 Igreja (centro) e 15:19 Porta Principal (dir.)

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Igreja Jesus: 12:41 Púlpito (esq.), 15:16 Porta Sacristia (centro) e 15:19 Porta Lateral (dir.)
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Igreja Jesus: 12:41 Claustro (esq.), 15:16 Acesso à torre (centro) e 15:19 Porta Principal (dir.)

Fomos comprar alguma fruta e verdura, mas depois de alguma conversa o senhor da loja ainda nos ofereceu alguns abacates e toranjas do seu jardim... é impressionante a quantidade de árvores de fruto por todo o povoado de Jesus, quer nos passeios, praças e jardins: goiabas, mangas, abacates, laranjas, limões, toranjas, nêsperas... infelizmente quase nada maduro.

Para o jantar fizemos focaccia que comemos acompanhada de um arroz com feijão feito pela Miriam.

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21:54 Jantar na companhia da Miriam

17/02/2014

Saímos com destino a Encarnación, pensando só pedir boleia até chegar à estrada e depois apanhar um autocarro. Talvez por já não ser fim de semana e as pessoas já estarem stressadas do trabalho, já não foi tão fácil, no entanto um senhor de uma carrinha distribuidora de pão parou e não só nos levou ao cruzamento como até Encarnación.

Seguimos então até casa da nossa anfitriã seguinte, Laura, amiga da Miriam. No pouco tempo que tinha antes de voltar ao trabalho fez-nos um roteiro e explicação da cidade para podermos visitar pela tarde... assim foi. Fomos ao mercado, algo que adoramos mas que já não fazíamos desde a Bolívia... fácil, barata e inteligente venda de produtos a granel. Comprámos manga, ananás, banana, coco...

Embora agora tenha uma bonita e agradável praia  e avenida costaneira, que visitámos ao fim da tarde, toda a parte antiga e colonial da cidade foi destruída recentemente pela construção de uma barragem. 

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19:26 Por do Sol na praia (esq.) e 19:27 Antigo moinho, desativado pela subida das águas da albufeira (dir.)

Com as compras feitas para o jantar íamos começar a cozinhar quando entra a Laura com um grupo de amigos, trazendo também um convite para comer em casa de outros amigos. Chegando lá fizemos uma massa com verduras e brigadeiros que a juntar à lasanha preparada pelo francês Fred deu para encher bem os estômagos de 11 pessoas de 6 nacionalidades distintas.

18/02/2014

Aproveitámos o dia para descansar e organizar coisas pois se adivinhavam alguns dias de viajem dormindo pouco e em autocarros e caminhando sob sol intenso com quase 30kg cada um às costas (pesos confirmados na balança da Laura).

Almoçámos frango e verduras com arroz feito pela Laura e pela tarde demos uma volta, regressando ao mercado, à praia e comprando bilhetes de autocarro pela noite até a Asunción.

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17:28 Antigo Moinho, parcialmente submerso (esq.), 17:31 Edifício Submerso (centro) e 17:34 Praia (dir.)

Começamos a fazer o jantar e novamente entra Laura com alguns dos amigos do dia anterior. Tínhamos focaccia e leite creme com coco, mas como prevíamos apenas 3 pessoas houve que pedir uma pizza.

Depois do jantar a Laura levou-nos ao terminal e saímos pelas 23:45 com direção à capital.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

AS – 9/13 – Argentina XIII – Posadas

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Nem sabíamos que existia e por isso não constava dos nossos planos, mas terminámos passando dois dias em Posadas capital da província de Misiones.

12/02/2014

Vindos de Tacuarembó e depois Salto (Uruguai) chegámos ao terminal de Concórdia onde procurámos as opções de saída já que não tínhamos grandes planos para essa cidade. Também necessitávamos avançar um pouco mais rápido na viagem dada a proximidade da data de saída do continente Americano. Encontrámos justamente o que necessitávamos: um autocarro em direção a Posadas mesmo na fronteira com Paraguai, aproveitando para passar a noite sem ter que pagar dormida ou sequer desfazer mochilas para acampar.

13/02/2014

Já ao final da manhã chegámos a Posadas, onde no mesmo terminal tentámos o difícil acesso à internet e buscamos um camping para passar a noite... havia um a 2km de acordo com a informação recebida. Mochila ás costas e seguimos... e seguimos... e seguimos debaixo de muito calor, ao fim de 2 horas estávamos chegando ao camping, um bonito lugar bem calmo nos arredores da cidade, mas a bem mais de 2km.

Montámos a tenda e saímos para conhecer o centro da cidade, ir de compras e almoçar/jantar...

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Igreja Posadas: 18:07 (esq.), 18:10 (centro) e 18:11 (dir.)

14/02/2014

Dada a calma da cidade e do camping decidimos ficar mais um dia aproveitando para ir conhecer a margem do rio e ajustar a nossa chegada a Encarnación no Paraguai, de acordo a possibilidade de nos receber da nossa futura anfitriã Laura.

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12:36 Costanera (esq.), 12:38 Canário (centro) e 13:07 Praia no Rio Paraná (dir.)

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Costanera com Rio Paraná e Paraguai ao fundo: 12:43 (esq.), 12:43 (centro) e 12:43 (dir.)

Pela tarde fomos para o camping descansar...

15/02/2014

Saímos bem cedo em direção ao terminal para apanhar o autocarro internacional que faz a ligação entre as cidades de Posadas e Encarnación, aproveitando ainda a internet do terminal para conseguir as direções dos destinos seguintes... conseguimos contactar com Laura que ainda não nos poderia receber mas tinha uma amiga no povo de Jesus que sim... trajeto definido, mais um adeus à Argentina (mas ainda não o definitivo) e “Hola Paraguay”, 12o e penúltimo país da viagem!