Dia 1 _-_05/06/2009 _-_ OPO-MAD
Depois de muitas horas de planeamento, conversas no messenger, trocas de emails e transferências bancárias para desconhecidos chegou finalmente a hora de iniciar a nossa aventura. Todo o roteiro tinha sido feito nuns meros 15 minutos sob a banca da nossa cozinha pelo nosso colega e amigo, recém chegado do Peru: O que comer, o que visitar, onde dormir, com quem falar… tudo programado ao dia e até com planos alternativos. Depois disso foi só acertar datas, lugares para visitar, reservar algumas actividades em Cusco e Huaraz (com a Yeanett e o Lucho respectivamente) e gastar dinheiro.
Do trabalho seguimos directamente para o aeroporto com um pequeno desvio para ir buscar os pais da Mónica. Depois das despedidas seguimos para a porta de embarque onde conseguimos convencer umas dezenas de pessoas a formar fila meia hora mais cedo do que o necessário.
21H55(GTM - PT) – 22H40(GTM - PT) – RyanAir - Boeing 737-800
Chegados ao aeroporto de Barajas (MAD) aproveitámos para tentar dormir junto aos balcões do check in…
2009-06-05 19:25 Embarque Aeroporto OPO 2009-06-06 02:22 Aposentos Aeroporto MAD 2009-06-06 06:13 MAD-AMS
Dia 2 _-_06/06/2009 _-_ MAD-AMS
Quando chegou a altura de despachar as malas tivemos o primeiro choque… não conseguíamos perceber quase nada do que o funcionário do balcão dizia e começámos a pensar que se fosse assim no Peru, a viagem não iria correr muito bem.
5H55(GTM+1 - ES) – 8H01(GTM+1 – NL) – KLM - Boeing 737-900/800 (PH-BXW)
Chegados a solo holandês, foi necessário correr, esperar e desesperar no controlo de passaportes até conseguirmos entrar no nosso avião… nesta altura já o Nuno estava farto de andar a tirar as botas para passar no raio X (isto de levar botas de biqueira de aço …)
10H00(GTM+1 – NL) – 15H48(GTM-6 – PE) – KLM -Boeing 777-200 (PH-BQA)
Estes aviões são fantásticos, entre séries de TV, filmes antigos e recentes, músicas dos mais variados temas, jogos em rede, nem demos pelas 13 horas passarem… Além do veículo o serviço não ficava atrás, estavam de hora em hora a trazer comida e bebida, tanto que para o fim já recusávamos quase tudo o que vinha.
Chegados ao aeroporto Jorge Chaves, trocámos os 40€ que tínhamos por 152 soles peruanos e quando nos dirigíamos para a saída, e como combinado, já ouvíamos soar por entre a multidão o nome “Mónica Mota”, quando conseguimos localizar o emissor, que deduzimos tratar-se do Henry (irmão da Yanett), Embora só gritasse pela Mónica trazia uma folha onde só se podia ler “Nuno Miguel Ávila” (e o Gonçalves???).
De acordo com os nossos planos sabíamos estar em cima da hora de saída das camionetas para Cusco, cujos terminais ainda se encontram relativamente longe do aeroporto, pelo que o Henry rapidamente nos levou ao terminal da Cruz Del Sur (empresa de camionagem mais aconselhada para turistas). Chegámos a tempo mas infelizmente os lugares estavam esgotados. Alternativas: dormir em Lima; ou seguir o plano B com destino a Arequipa, cujo o autocarro ainda tinha vagas mas estava quase a sair. Escolhemos a segunda opção e felizmente tínhamos o Henry que nos ajudou a comprar os bilhetes, que custaram uma quantia exorbitante (tivemos de pagar em dólares e soles) e a despachar as malas. Depois de pagarmos ao Henry o transporte até à central de camionagem e de nos despedirmos entrámos no autocarro e percebemos então o porquê de tão cara a viagem… sofás-cama almofadados, fornecimento de auriculares, escova e pasta dentífricas, jantar e pequeno almoço, manta quentinha e uma cartão para jogar bingo (tal como o Daniel nos tinha dito), o qual se tivéssemos ganho significaria uma viagem de graça.
Dia 3 _-_07/06/2009 _-_ Arequipa
Por volta das 8H25, chegámos a Arequipa e dirigimo-nos para a Plaza de Armas, centro de muitas cidades marcadas historicamente pelo domínio espanhol. Nesta praça, depois de muitas ofertas de tours e regatear de preços, ingressámos no Campiña Tour, em torno da cidade.
Finalizado o tour voltamos à central de camionagem, designada no Peru por Terrapuerto, onde apanhámos um autocarro da Cruz del Sur para Cusco, não sem antes pagarmos uma tarifa de 2 soles cada pela passagem pelo terrapuerto, para nós um pouco estranho…
Dia 4 _-_08/06/2009 _-_ Cusco
De manhãzinha chegámos a Cusco onde a Yeanett nos esperava. Entrámos num carro com um aspecto manhoso que nos levou até ao hotel onde iríamos pernoitar nas noites seguintes. Aqui tomámos o nosso primeiro mate de coca que nos ajudaria a suportar facilmente a altitude.
Depois do nosso primeiro banho desde que iniciada a viagem, fomos comprar o boleto turístico a preço de estudante… bilhete de acesso a 16 pontos de interesse de Cusco e que a maioria das pessoas nem chega a fazer uso de metade, mas que nós quase completámos só ficando a faltar apenas dois: Pikillacta e Tipón.
Para conhecer alguns dos pontos do boleto tínhamos reservado um citytour, mas como este só começaria de tarde ainda houve tempo para passear pela cidade, visitar o Museo de Historia Natural da Universidad Nacional de San Antonio Abad del Cusco e provar uns pratos típicos no restaurante AMALUR: Rocoto Relleno (Pimentos Recheados) e Alpaca Amalur (Bife de Alpaca)… deliciosos.
11:12 Plaza de Armas – Varandas Cusqueñas (esquerda), 13:31 Plaza de Armas – Iglesia de La Compañia (centro) e 12:43 Rocoto Relleno e Pão de Alho (direita)
Depois deste emocionante tour o autocarro deixou-nos no centro de Qosco onde se podia assistir a um espectáculo de dança tradicional do País, voltámos ao hotel para dormirmos a nossa primeira noite numa cama… dormir se os efeitos secundários dos comprimidos para a Malária deixassem a Mónica fazê-lo.
19:03 Centro Qosqo de Arte Nativo Danzas Folkloricas (esquerda) e 20:40 Plaza de Armas – La Catedral (direita)
Dia 5 _-_09/06/2009 _-_ Cusco – Águas Calientes
ÁS 5H30 já os despertadores tocavam para nos prepararmos para o Tour do Vale Sagrado que, por um mal entendido, julgávamos começar às 6H30 mas pelo qual ainda tivemos de esperar duas horas. Este tour, também frequentado pelo Dani, era a forma mais barata de chegarmos a Ollantaytambo e ainda nos permitia visitar outros locais pelo caminho.
Depois de caminharmos por Ollantaytambo seguimos em direcção à estação de comboios, perto da qual tinha um café onde tomámos um delicioso sumo natural de papaia e laranja. Cerca das 18H58, partimos numa viagem de 2 horas em direcção a Aguas Calientes, onde alguém entoava bem alto e de modo persistente “MÓNICÁ MOTÁÁÁÁÁÁÁ”. Depois de passarmos por muitas pessoas e 200 mais à frente lá encontrámos o emissor desse som que nos apresentou ao nosso guia de Machu Picchu, Jorge também irmão da Yeanett, e nos levou até ao Hostel JOE (ou hotel ou hospedagem dependendo de onde se lia) onde iríamos pernoitar.
Curiosidade: Os comboios que fazem este trajecto vieram de PORTUGAL
Instalados num quarto com um odor demasiado “estranho” e intenso, a Mónica foi saber mais informações sobre o caminho a seguir em direcção à montanha e encontrou o Dominic, um rapaz Australiano que também pretendia ir nessa noite a pé até Machu Picchu, pelo que o convidou para se juntar a nós nessa jornada.
Dia 6 _-_10/06/2009 _-_ Águas Calientes - Machu Pichu - Águas Calientes
Às 4H00, juntamente com o Dominic seguimos as indicações do Joe rumo a Machu Picchu.
No fim do dia, fascinados e cansados, regressámos a Aguas Calientes de camioneta e depois de algumas voltas lá conseguimos encontrar o hostel. Para o jantar comemos uma pizza familiar, refeição mais barata da zona, de salientar que o queijo é bem mais salgado do que o que estamos habituados.
Dia 7 _-_11/06/2009 _-_ Aguas Calientes – Ollantaytambo – Cusco
4H00 levantar, 4H45 desayuno, 5H00 saída do hostel, 5H35 partida do comboio e chegada às 7H30 a Ollantaytambo, onde nos esperava um guia para nos levar num tour personalizado pelas Salinas de Maras, Moray e Chinchero.
A viagem terminou em Cusco por volta 12H30 onde almoçámos o resto da pizza e assistimos, na plaza de armas, à celebração do “Corpus Cristi”. Uma vez que era feriado local todos os espaços de interesse encontravam-se fechados por isso, no meio de tanto planeamento e cadencia de actividades, acabámos por ter uma tarde livre. Pela hora do jantar decidimos experimentar o prato típico, apenas feito neste dia (e ainda bem!), designado por “Chiriuchu” e muito apreciado pelos locais. Este representa um registo histórico da diversidade étnica da cidade de Cusco e consiste na mistura de 10 iguarias, tendo a maior parte ficado no prato:
- El cuy es asado - cuy (porquinho da índia assado e com ervas a mais)
- El cordero es salado – cancha - carneiro salgado desidratado (forma de conservar a carne)
- La gallina es hervida – galinha cozida (o melhor..)
- La tortilla se hace a base de harina de maíz batida con huevos, cebolla picada y perejil - tortilha de legumes (boa)
- El tostado de maíz - milho tostado (salgado)
- El cocahullo que son algas marinas es remojado - algas do mar (temperadas com água do mar)
- El queso utilizado viene de Puno - queijo salgado
- El rachi rachi o huevera de pescado es hervido - ovas de peixe (com um recheio semelhante a água do mar)
- La salchicha - chouriço (bom)
- El rocoto se come crudo - não tivemos direito a pimentos crus, mas também era mais um para ficar no prato
Dia 8 _-_12/06/2009 _-_ Cusco
De manhãzinha fomos ao mercado comprar fruta, depois voltámos ao hotel para recebermos as roupas que tivemos de mandar lavar, uma vez que quando o tentámos fazer em Aguas Calientes estas tinham ficado impregnadas com os maus odores locais.
Com as malas prontas para a viagem seguinte, fomos ver os restantes pontos de interesse de Cusco que constavam do boleto turístico:
- Museu Municipal de Arte contemporânea, com uma boa exposição fotográfica,
- Museu histórico regional com uma exposição fotográfica sobre as ruínas e monumentos de Cusco antes de depois da sua restauração e exposição de artigos dos 3 principais períodos do Peru: Pré-inca, Inca e Virreynal (colonial)
- Museu de Arte Popular com artesanato local
- Counter Central que muito procuramos e afinal era o posto de turismo
- Museo de sitio del Qoricancha, com uma pequena exposição de artefactos encontrados aquando das escavações do Templo
- Monumento Pachacuteq onde encontrámos uma pequena apresentação dos 14 governantes Incas. Este Monumento, situado longe dos outros museus, foi construído recentemente tentando imitar a arte Inca, mas fica muito aquém.
- A famosa pedra dos 12 ângulos sobre a qual nos foi oferecida uma explicação extensa sobre a mística por detrás desta... oferecida porque não pedimos pela mesma e no final nos recusámos a pagar tendo sido acusados de desrespeitarmos as pessoas que trabalham honestamente (acabámos por sair rapidamente do local antes que fossem chamados amigos ou familiares com dotes para espancar turistas).
Boleto Turístico com furos correspondentes aos locais visitados
Antes de irmos ver o Monumento Pachacuteq decidimos ir a um restaurante de luxo comer algo semelhante à “nossa” comida, portanto fomos ao McDonald’s na praça de Cusco comer um Big Mac, o sabor é semelhante mas disponibilizam mais 4 molhos do que em Portugal, os quais eram para nós intragáveis.
13:50 Pedra dos 12 Ângulos (esquerda), 15:52 Monumento Pachacuteq (centro) e 16:33 Vista sobre Cusco do topo do Monumento Pachacuteq (direita)
Cerca das 20H30 fomos ao hotel buscar as malas e os vouchers de Puno que a Yeanett nos arranjou e apanhámos um táxi para o terrapuerto, que para além dos 4 soles nos cobrou a entrada no parque de estacionamento, de 1 sole.
Ás 22H00 saímos em direcção a Puno, agora pela empresa San Luis, no que seria uma viagem de 6 horas mas acabou em 11H30 devido ao PARO, diversas manifestações que decorriam no Peru por esta altura, sobretudo devido à discordância com algumas leis que estavam para sair. Assim, a chegar a San Pablo uma fila interminável, essencialmente de camiões, obrigou-nos a parar durante algum tempo, ao fim do qual fomos mandados para fora do autocarro e seguir a pé pela estrada.
A confusão era bastante, muitos não percebiam o que se passava e pelas palavras que iam passando percebemos que era suposto outra camioneta da mesma companhia nos aguardar no outro ponto da fila. Cerca das 2H00, com as mochilas às costas seguíamos o carreiro de luzes proporcionadas pelos camiões em espera e depois de 10 minutos a estrada plana era substituída por uma estrada coberta de pedregulhos atirados da encosta, agora com menos luz (só as lanternas) caminhávamos pelo solo irregular seguindo as luzes do que presumíamos serem os camiões que tentavam viajar no sentido inverso. No outro sentido seguiam turistas e peruanos com as mais diversas coisas às costas, alguns carregavam armários maiores do que eles. A meio da zona obstruída erguiam-se fogueiras e vozes de descontentamento, no que seria o centro da manifestação. Uns bons metros à frente entre a confusão lá conseguimos encontrar a outra camioneta com a qual seriam trocados os passageiros… passados uns minutos e quando tentávamos colocar as malas na camioneta percebemos que existiam dois pequenos problemas, primeiro este autocarro tinha menor capacidade do que o anterior e segundo, muitas das pessoas que viajavam neste tinham tanta bagagem (alguns tinham mobília completa) que não poderiam atravessar a manifestação e consequentemente ceder o seu lugar. Assim, uns entraram e outros, como nós, foram mandados para uma camioneta de outra companhia (Moquegua) que se encontrava, uns metros mais à frente.
Mais uma vez mochilas às costas, pés na estrada seguimos até localizar o outro autocarro, atiramos as mochilas para a bagageira e entramos para o autocarro. Escusado será dizer que lotação estava esgotadíssima, mas a Mónica lá encontrou um lugar entre senhoras e crianças peruanas no meio de muitos cobertores. O Nuno infelizmente não teve a mesma sorte e fez parte da viagem de pé e outra sentado no chão. Depois de muitas tentativas lá conseguiram fazer inversão de marcha, seguindo para Puno. Por todo o lado viam-se cobertores, alguns mexiam e de lá eram retiradas crianças e seios que os amamentavam.
Passadas umas horas o autocarro parava e nós estávamos contentes por podermos finalmente ingressar no tour pelo Lago, mas não se tratava de Puno mas sim de Juliaca, ficámos algum tempo parados sem saber o que se passava até que nos mandaram sair, uma vez que este era o último destino deste autocarro, apesar de supostamente terem um acordo com a outra empresa para nos levarem até Puno. Como tínhamos a viagem paga recusámo-nos a sair e assim ficámos bastantes minutos numa enorme indecisão… Entretanto, no meio da confusão apareceu um representante da San Luis que entregou um maço de notas à representante da Moquegua e lá seguimos para Puno com umas horitas de atraso e adrenalina nas veias…
2009-06-13 Bus Cusco – Puno 2:17 (esquerda) e 5:17 (direita)
Dia 9 _-_13/06/2009 _-_ Puno
Cerca das 9H30 chegámos finalmente ao terrapuerto pretendido onde o Sr Alvaro nos esperava com um papel onde se lia “MONIKA MOTTA”, corremos para o porto onde um barco aguardava por nós… ao todo 8 turistas. E assim, demos início ao Tour UROS-AMANTANI-TAQUILE.
Dia 10 _-_14/06/2009 _-_ Puno
Por volta das 16H00 finalizámos a nossa viagem pelo Lago Titicaca, dirigimo-nos ao terrapuerto de Puno onde iríamos partir para o nosso próximo destino: Arequipa. Pelo facto de nesse momento estar a sair um autocarro da Frael Tours, em direcção a Arequipa e a viagem ser muito barata, nem pensámos muito… demos uma corrida e lá o conseguimos apanhar quase no exterior do terrapuerto. Na paragem em Juliaca os “bilheteiros” estavam sempre a gritar “Arequipa! Arequipa!” de tal forma que estavam sempre a entrar passageiros, mas não só… para além destes o autocarro era inundado pelos mais variados vendedores ambulantes: queijo, milho (choclo), gasiosa, gelatina, pão de Cusco, bolachas… o que implicou um atraso de 2 horas na viajem. Para além do tempo de espera a sessão de cinema obrigatória retratava a vida de um lutador de artes marciais que após ter ficado em cuecas durante um combate, perdendo-o envergonhado, decidiu tornar-se num monge Xaulin… história acompanhada de efeitos especiais muito maus e dobragem em espanhol. A par uma senhora teimava em não se sentar e a filha sempre a berrar… acabado o filme começou uma comédia com aparentemente os “Gato Fedorento” peruanos que pôs ao rubro a assistência.
Já tarde (23:30), finalmente chegámos ao nosso destino, fomos de táxi até à plaza de armas e lá perguntámos a dois polícias se conheciam um hostel barato, estes amigavelmente conduziram-nos a um, mas pareceu-nos caro por isso levaram-nos a outro, o INKA ROOTs, um pouco mais barato. Como já era tarde decidimos ficar e que acabou por ser melhor escolha do que esperávamos, uma vez que lá vendiam o tour para o Cañon del Colca, àquela hora.
Dia 11 _-_15/06/2009 _-_ Arequipa
6H00 levantar, 7H00 hora de abertura do mercado mais próximo, onde comprámos bolachas e fruta, 7H30 hora de encontro com o nosso Guia Wilson, depois de irmos buscar as restantes pessoas e parar numa loja, o Sr Augusto conduziu-nos pelo Tour Canon Del Colca.
Dia 12 _-_16/06/2009 _-_ Arequipa
Finalizado o Tour na plaza de armas de Arequipa, fomos ao Museo Santuarios Andinos de La Universidade Católica de Santa Maria, onde se encontra a múmia de Juanita que queríamos ver antes de deixar a cidade. Diversos factores como o facto de ao preço de entrada acrescer o preço do guia, a necessidade de esperarmos por um próximo turno, o pouco tempo que tínhamos e não sabermos os horários para Nazca, levaram-nos a mudar de rumo em direcção ao terrapuerto mas não sem antes traduzirmos o “peruguês” do painel informativo (só fizemos isto para ver se nos davam um desconto na entrada mas não surtiu efeito). Antes de embarcarmos com a TEPSA, ainda houve tempo para comer uma hamburguesa, ligar à Yeanett através do serviço de uma “Callgirl” peruana e jogar cartas com o Dorien e a Namorada, franceses do Tour de Colca. Às 19H00 os nossos companheiros seguiram com destino a Cusco pela empresa San Cristobal, a única na altura que atendendo às manifestações do Paro aceitavam fazer a viagem, saindo nós às 20H30 rumo a Nasca, pela companhia TEPSA.
Dia 13 _-_17/06/2009 _-_ Nasca
5H50 chegámos ao terrapuerto, tão cedo que o Sr Luís nos levou a um hotel onde se iria hospedar uma turista que ia connosco para o aeródromo, ao qual chegámos cerca das 8H15. Aqui fomos divididos em grupos de 5 para a viagem de avioneta, na qual não entrámos sem antes pagarmos um imposto, como é típico em todas as gares de transporte por lá.
Depois da visita às linhas, não nos faltava muito a não ser passear um pouco por Nasca, comprar os bilhetes e viajar para Lima, desta vez pela TEPSA. Pelo meio ainda conversámos com um artesão muito simpático que dominava a arte do corte labiríntico e muito pormenorizado em placas finas de materiais como o osso e o dente de baleia, morsa, e outros mamíferos terrestres, marfim vegetal, casca de coco e metal.
Fomos ainda ao Museu Antonini (S/. 15.00) que apresentava explicações sobre as linhas e uma bela colecção de artefactos, como utensílios para todos os efeitos, múmias, cabeças-troféu. No exterior existia uma maquete das linhas Nasca e podia-se percorrer um percurso com representações da evolução da construção dos túmulos na região. Como em muitos museus não se podem tirar fotos e este não fugia à regra não pudemos registar nada.
Demos mais uma voltita até jantar e seguimos até ao terminal de autocarros de onde partimos com 30 minutos de atraso para Lima, novamente na TEPSA.
Dia 14 _-_18/06/2009 _-_ Lima
Chegámos a Lima às 5:30, como era muito cedo tivemos de esperar algum tempo para abertura das lojas e fomos comprar os bilhetes para Huaraz na Cruz del Sur, como só havia bilhetes para fazer a viagem de dia e eram mais caros apanhámos um táxi e fomos até ao terminal da empresa Movil Tours onde comprámos os bilhetes e deixámos a bagagem. Apanhámos o mesmo táxi para o parque Kennedy no centro de Miraflores. Perto da praça encontrámos um supermercado onde aproveitamos para abastecer as mochilas de comida e outros bens necessários. Depois de lancharmos no jardim fomos visitar os templos Huaca Pucllana e Huallamarca… a seguir ainda tentámos ir ao Museo Larco Herrera mas depois de duas horas de caminhada, parte acompanhados por um policia com a sua bicicleta pela mão, ainda continuávamos longe pelo que apanhámos um táxi para o terminal de onde saímos de autocarro em direcção a Huaraz, onde iríamos escalar o Nevado Pisco.
Dias 15 a 17 _-_19a21/06/2009 _-_ Huaraz
Dia 18 _-_ 22/06/2009 _-_ Huaraz
Cerca das 21H30 rumámos a Norte, novamente pela Movil Tours, em direcção a Trujillo.
Dia 19 _-_ 23/06/2009 _-_ Trujillo - Huanchaco
Ao chegar ficámos um pouco na sala de espera para decidirmos o que fazer. Enquanto a Mónica foi saber informações um senhor interpelou o Nuno, trabalhador da empresa de camionagem que à data se encontrava a fazer serviço de táxi turístico (no Peru segundo nos disseram é natural os homens terem mais do que um trabalho para sustentarem as suas famílias – sim famílias porque também é normal haver mais que uma). Depois de alguns ajustes e por s./ 80 levou-nos às Huacas de la Luna e del Sol e circuito Arqueológico de ChanChan. No fim o Sr. Rolando deixou-nos em Huanchaco no hotel Plaza, maioritariamente para surfistas, onde acabaríamos por pernoitar. Depois de uma volta, jantámos e comprámos fruta num mercador ambulante, entre elas “mamei” um fruto para nós desconhecido mas muito bom.
Dia 20 _-_ 24/06/2009 _-_ Huanchaco - Chiclayo
Bem cedo, saímos para um último passeio e logo depois do checkout, almoçámos e apanhámos o bus até à Rotunda Tupac Amaru, a um quarteirão de distância da EMTRAFESAC, central de camionagem com autocarros de 15 em 15 minutos para Chiclayo. Como a viagem era curta não valia a pena fazê-la de noite. Assim por volta das 18H00 chegámos ao nosso destino. Procurámos um hostel para passar a noite e depois saímos para reservar um tour pelas ruínas de Sipan.
Dia 21 _-_ 25/06/2009 _-_ Chiclayo
Antes de ingressarmos no tour fomos conhecer um dos maiores mercados do Perú, efectivamente encontra-se de tudo um pouco e aproveitámos para comprar alguma fruta. Ás 10H00 estávamos na agência Sipan Tours prontos para dar inicio à viagem da qual nos queriam demover por existirem cortes nas estradas por eventuais protestos, como queríamos mesmo ver as ruínas de Sipan mantivemos o planeado e assim com mais de uma hora de atraso seguimos finalmente para o Tour Huaca Rajada + Museo Tumbas Reales de Sipan + Tucume.
No final do dia e tendo em conta os iniciais atrasos fomos a correr para hostel buscar as malas e acertar as contas e seguimos directamente para o terminal da empresa Exclusiva. Histórias dramáticas com fundamento religioso acompanharam-nos durante o que seriam os 15 minutos finais da viagem, que infelizmente se prolongaram por 2 horas, devido ao trânsito. Salvou-se a refeição que estava bastante boa.
Dia 22 _-_ 26/06/2009 _-_ Lima
Em Lima e já com a aventura a terminar decidimos apanhar um táxi directamente para para o Museo Larco Herrera, minutos depois estávamos num hospital psiquiátrico também Larco Herrera de nome, desfeito o engano e a contragosto o taxista lá nos levou com as nossas dicas ao nosso real ponto de interesse.
Visitado o Museu fomos a pé até ao Jardim zoológico supostamente ao lado mas que nos ficou a mais de 30 minutos de distância. Sem tempo para o ver-mos acabámos por ir almoçar a um restaurante para locais onde comemos “bom e barato”. Em seguida fomos a um supermercado onde aproveitámos para comprar umas últimas coisitas e pedir indicações e preços para o Aeroporto. Um segurança muito atencioso, chamou-nos um táxi por apenas 8 soles, muito abaixo do que esperávamos por esta viagem.
No aeroporto uma enorme fila aguardava-nos, bem como a taxa que não podia faltar. Para esta o nosso amigo Daniel já nos havia avisado, mas mesmo assim tínhamos ficado com a ideia de um valor substancialmente menor. Sacando moedas de todos os bolsos lá conseguimos pagar… incluindo as moedas que esperávamos juntar à nossa colecção. Na sala de embarque andámos a tentar trocar as últimas notas de dólar que nos restavam, tendo conseguido a custo apenas uma colecção de moedas.
Boeing 777-206ER _-_ Lima - Amesterdão
Dia 23 _-_ 27/06/2009 _-_ Amesterdão, Madrid
Tendo em conta as 5 horas de escala em Amesterdão decidimos apanhar o metro e conhecer um pouco do centro da cidade. Depois de bastantes minutos de espera para conseguir comprar os bilhetes, incluindo máquinas automáticas que teimavam em não funcionar e uma escolha infeliz da fila da bilheteira lá chegámos a Amesterdão onde podemos dar uma voltinha de pouco mais de uma hora, inclusivamente duas das famosas montras mas de aspecto muito duvidoso.
Boeing 777-206ER denominado “Machu Picchu” (esquerda), Amesterdão (centro) e Estação de Comboios – Amesterdão (direita)
Boeing 737-200 _-_ Amesterdão - Madrid
Já tarde fomos deixar as malas nos cacifos e conhecer algumas paragens de metro seleccionadas à sorte entre as que se localizavam a uma distância razoável. Jantámos no Mc Donalds onde também aqui encontrámos algumas diferenças. Depois de um passeio e quase nos perdermos voltámos ao aeroporto para de madrugada embarcar em direcção ao nosso Portugal.
Ryanair _-_ Madrid - Porto
Agradecimentos
Principalmente àquele que proporcionou e programou toda a viagem sem receber nada em troca (quer dizer apenas um jantar de bacalhau com natas). OBRIGADO DANIEL
Aos irmãos Yeanett, Jorge e Henry de Lima e Cusco, aos irmãos Lucho e Marco de Huaraz, ao Wilson de Arequipa ao Sr.º Rolando de Trujillo e a todos os outros guias, motoristas, guardas, policias e seguranças e recepcionistas dos Hostels pela simpatia, ajuda e hospitalidade.
Resumos:
- Posts Específicos
Peru – Arequipa - Campiña Tour
Peru – Cusco – City Tour
Peru – Cusco - Tour do Vale Sagrado
Peru – Cusco - Machu Picchu
Peru – Cusco - Salinas de Maras, Moray e Chinchero
Peru – Puno - Tour Lago Titicaca
Peru – Arequipa - Tour Cañon Del Colca
Peru – Nasca - Lineas Nasca
Peru – Lima - Huaca Pucllana e Huallamarca
Peru – Huaraz – Nevado Pisco
Peru – Trujillo – City Tour
Peru – Trujillo – Huanchaco
Peru – Chiclayo - Tour Huaca Rajada + Museo Tumbas Reales + Tucume
Peru – Lima - Museo Larco Herrera - Empresas de Autocarros Utilizadas
Cruz del Sur – Lima-Arequipa-Cusco
San Luis – Cusco-Puno
Moquegua – Cusco-Puno
Frael Tours – Puno Arequipa
Tepsa – Arequipa-Nasca
Tepsa – Nasca-Lima
Movil Tours – Lima-Huaraz
Movil Tours – Huaraz-Trujillo
EMTRAFESAC – Trujillo-Chiclayo
EXCLUCIVA – Chiclayo-Lima - Despesas
Local
Global
p/ pessoa
Lima
105,98 €
52,99 €
Arequipa
106,35 €
53,18 €
Cusco
451,73 €
225,86 €
Puno
104,63 €
52,31 €
Nasca
153,88 €
76,94 €
Huaraz
442,35 €
221,18 €
Trujillo
51,70 €
25,85 €
Chiclayo
49,58 €
24,79 €
Madrid
42,90 €
21,45 €
Amsterdão
19,35 €
9,68 €
Peru
3.113,13 €
1.556,56 €
-
203,48 €
101,74 €
Tipo
Global
p/ pessoa
Avião
1.357,39 €
678,70 €
Bus
247,80 €
123,90 €
Comboio
68,90 €
34,45 €
Taxi
31,88 €
15,94 €
Tour
1.030,68 €
515,34 €
Alimentação
174,70 €
87,35 €
Alojamento
113,50 €
56,75 €
Farmácia
123,80 €
61,90 €
Requerdo
35,63 €
17,81 €
Cambios
71,21 €
35,61 €
Comunicações
2,10 €
1,05 €
WC
0,33 €
0,16 €
Donativo
0,38 €
0,19 €
Diversos
120,58 €
60,29 €