sábado, 20 de dezembro de 2014

Pico: Fetais-Manhenha

Após longo período de pausa finalmente voltámos a caminhar, mais uma vez comparecendo à chamada da agenda cultural municipal e participando num percurso organizado por locais menos conhecidos do Pico.
Depois do almoço reunimo-nos e começámos a caminhar na estrada regional, no lugar dos Fetais, freguesia da Piedade, descendo em direção à costa, por uma canada com excelente vista, para não falar na orientação geográfica perfeita para um assentamento humano. De facto atualmente veem-se quase só pastagens mas também bastantes casas, infelizmente em ruínas, pertencentes ao agora desabitado povoado de Faias. Terão chegado a viver cerca de 16 famílias neste local abandonando o mesmo há mais de 3 décadas.

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Lugar de Faias (esq.) e Currais (dir.)
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Pico Ruivo e Manhenha (esq.) e Feteira (dir.)

Continuámos a descida, fazendo um desvio para apreciar a vista da Ponta de Gil Afonso, virados para o mar à nossa esquerda o Pico Ruivo de cor avermelhada e o lugar da Manhenha na freguesia da Piedade e à nossa direita o lugar da Feteira na freguesia da Calheta e também uma grande parede vertical de basalto com boas características para a prática de escalada.

Seguimos então até à Manhenha onde terminou este curto e fácil percurso de aproximadamente 4,5km.

Presumimos ser este o nosso último percurso de 2014, sem grande atividade pedestre da nossa parte principalmente no segundo semestre do ano, mas adivinha-se um 2015 mais regular.


Traçado do percurso

domingo, 16 de novembro de 2014

Pico – Furna Frei Matias e Gruta do Soldado

15-11-2014

Poderia ter sido um fim de semana qualquer, mas não foi… estávamos inscritos para uma caminhada de 5km mas, quase à meia noite de sexta-feira soubemos que o Geoparque iria organizar uma visita no dia seguinte à Furna de Frei Matias e que ainda haviam vagas. Já lá tínhamos ido (temos pelo menos referência disso em 4 ou 5 publicações anteriores), sempre sem lanterna e sem avançar muito mais além da entrada, mas conhecer uma gruta com um geólogo e espeleólogo seria outra coisa por isso mudámos de planos.

Depois de vários dias de bom tempo estava a chover o que favorecia a nossa escolha… na gruta não chove. Chegados à gruta dirigimo-nos à entrada mas quem ia à frente começou a descer por um lado diferente do que estávamos habituados… estranhamos mas pensámos que fosse dar onde conhecíamos. Para nosso espanto não, estávamos num grande túnel com formações rochosas muito curiosas, mesmo ao lado da zona que conhecíamos mas, após mais de uma dezena de visitas, nunca tínhamos dado pela sua existência… nós e provavelmente muito mais gente. Talvez por isso mesmo o túnel encontra-se muito bem conservado, sem as habituais e destrutíveis marcas de dedos nas colónias de bactérias escrevendo nomes e datas nas paredes.

Optámos por observar e absorver todas explicações fornecidas, quase não tirando fotografias… talvez de uma outra vez, com mais tempo.

Foi uma muito boa surpresa e atividades deste género são sempre bem vindas… venha a próxima.

16-11-2014

No rescaldo do dia anterior e em animada conversa de planeamento para atividades do grupo de Couchsurfing para as próximas semanas surgiu a ideia… que tal visitarmos a Gruta do Soldado no mistério da Silveira a poucos minutos da casa de um dos nossos companheiros. A adesão foi quase instantânea e depois do almoço lá fomos com encontro marcado no moinho de São João, de onde caminhámos uns 10 minutos até à entrada da gruta. Esta, bastante apertada, esconde bem a dimensão interior do túnel que segue até ao mar, com abertura e vista para as Lajes. Visitámos apenas este tramo sabendo que há mais para ver… para uma próxima oportunidade.

O nome desta cavidade vem de uma lenda que diz se terem escondido no seu interior vários potenciais soldados para escapar ao recrutamento para a guerra.

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Gruta do Soldado: Entrada da Gruta (esq.), Abertura para o mar (centro) e Saída (dir.)IMG_4797IMG_4815
Interior do túnel
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Moinho de São João

domingo, 26 de outubro de 2014

Pico: PR7PIC – Caminho das Voltas

Características do Percurso (adaptado de www.trails-azores.com)

“Ilha: Pico; Dificuldade: Fácil; Extensão: 6,3 Km; Tempo: 2h 00m; Tipo: Linear

Esta pequena rota linear inicia-se junto ao miradouro da Terra Alta, localizado entre as Freguesias da Ribeirinha e de Santo Amaro e termina no centro de Santo Amaro. Começamos a descer por um caminho de pé posto, através de uma mata onde o incenso é a espécie predominante. Ao longo do caminho vamos encontrando vestígios de currais de vinhas e pequenas pontes em pedra talhada que nos indicam a importância deste caminho que, outrora, constituía a principal via de ligação à Ponta da Ilha.

Saindo desta floresta, entramos agora numa zona de pequenos campos agrícolas, cada vez mais dominados pela típica viticultura de pequena escala da ilha do Pico. Nesta zona, à esquerda, irá encontrar uma casa abandonada que, em tempos, foi uma pequena fábrica de manteiga local que ainda conserva no seu interior os equipamentos de fabrico.

Ao aproximarmo-nos da zona costeira, fazemos um pequeno desvio à Baía do Canto, uma pequena zona de lazer junto ao mar, envolta em adegas locais. Voltando ao caminho principal, seguimos sempre perto da costa através de uma estrada de alcatrão, em direcção ao centro de Santo Amaro. Passamos ainda pelo Parque da Furada, uma zona de piqueniques e, já em Santo Amaro, o antigo centro de construção naval do arquipélago, poderá visitar o Museu Marítimo de Construção Naval e a Escola de Artesanato. Consulte o mapa do percurso pedestre e faça download do trilho GPS.Direitos de Autor: Gerbrand Michielsen” retirado de http://trilhos.visitazores.com/pt-pt/trilhos-dos-acores/pico/caminho-das-voltas, onde também consta para download o mapa do mesmo em carta militar e o ficheiro para gps.

Mais uma vez o Couchsurfing foi o mote para uma caminhada, outro dos trilhos do Pico que ainda não conhecíamos. A organização ficou a cargo do nosso amigo José Castro que propôs o evento perto de uma das suas localidades da ilha favoritas, Santo Amaro. Juntaram-se 7 pessoas com estatuto de moradores no Pico e representantes do Grupo de Couchsurfing da Ilha do Pico mas apenas um Picaroto, o Nuno.

A caminhada é bastante curta e fácil, sempre a descer desde  o miradouro da Terralta no nosso caso ainda mais curta pois apenas percorremos o tramo não asfaltado. Em todo o caso passa-se por zonas bastante bonitas de floresta e com vista para São Jorge.

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Os 7 participantes, foto de Joana Fraga (esq.) e Ribeira (dir.)
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Costa Norte da Ilha (esq.) e São Jorge (dir.)


Pelo caminho apanhámos algumas castanhas que se assaram em fogueira improvisada em cima de uma telha e se comeram enquanto esperávamos que a cozinha da pizzaria da Prainha abrisse. Comidas as castanhas seguimos para o jantar onde combinamos o evento seguinte… prevê-se nova caminhada para Dezembro, com início quase no mesmo local mas seguindo para Este pelo trilho das Nove Canadas da Ribeirinha PR18PIC.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A caminhar por… São Miguel

É a maior ilha dos Açores, a que tem mais trilhos para fazer e uma das menos conhecidas por nós… até agora. Aproveitámos a nossa viagem para participar no programa televisivo Atlântida, para fazer o que mais gostamos… conhecer os lugares a pé. Havia muito que fazer, passámos 5 dias a correr, fizemos muito, mas ficou por fazer muito mais.

Por sorte tínhamos amigos e fizemos novos que nos foram guiando ao longo dos dias pelas belezas da ilha verde.

03-10-2014 PR27SMI Praia da Viola + PRC35SMI Moinhos da Ribeira Funda

Tínhamos reunião marcada para a tarde mas aproveitámos a manhã e o bom serviço de transportes públicos de São Miguel para dar um passeio até à Maia, seguindo a sugestão da nossa amiga Ana e juntando dois percursos: Praia da Viola e Moinhos da Ribeira Funda.

Saímos de casa pelas 6:15 para apanhar o autocarro das 6:45 com um motorista bastante simpático.

Ás 7:45 já estávamos a pé, em busca do início do percurso. Tínhamos a indicação da nossa amiga mas seguimos o trilho que tínhamos no GPS que nos levou a uma subida desnecessária por estrada até ao que parece ser o antigo local de início… decidimos então que ao regresso seguiríamos pelo outro traçado, rente à costa.

Fomos caminhando calmamente por um trilho fácil, por entre muitas groselheiras repletas de fruto até chegar às Azenhas do Nateiro. Descemos à praia da Viola, que tivemos de cruzar rapidamente para que uma onda não nos levasse e subimos pelo caminho das Azenhas da Ribeira Funda, terminando o PR27SMI.

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Maia (esq.) e Groselhas (dir.)
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Azenhas do Nateiro
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Praia da Viola (esq. e centro esq.) e Azenhas da Viola (centro dir. e dir.)

Em vez de fazer todo o percurso até à Lomba da Maia, seguimos pela estrada até que, talvez pela construção de umas novas instalações sanitárias públicas e um parque de merendas e estacionamento, não nos foi muito fácil comparar a realidade existente com a carta militar e encontrar o caminho que nos faria a ligação ao PRC35SMI, com o objectivo de visitar mais alguns moinhos. Lá o encontramos e seguimos diretos á ribeira funda, cruzada a ribeira fizemos a pequena volta no sentido dos ponteiros do relógio, com uma considerável subida inicial e, já perto do fim, uma zona muito agradável com muitos moinhos (moinhos do Crim e outros), onde parámos para lanchar/almoçar incluindo na ementa alguns araçás vermelhos que se podia encontrar.

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Ribeira Funda
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Costa Norte (esq.) e Moinhos do Crim (dir.)

Havia então que fazer todo o percurso de regresso à Maia, de modo a apanhar o autocarro das 12:45. Apoiando-nos no mapa conseguimos reduzir um pouco no trajeto, não descendo à praia da viola pelas azenhas o que nos deu tempo para fazer a descida final pelo novo caminho marcado até ao Porto da Maia. Acabámos por chegar tão cedo que tivemos de esperar mais de meia hora pelo transporte de regresso a Ponta Delgada.

04-10-2014

Foi um dia entre amigos com um pequeno intervalo pelo meio para ir à televisão, participar em direto no Programa Atlântida da RTP Açores:
http://www.rtp.pt/play/p1250/e167891/atlantida-acores

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05-10-2014 Furnas

Estivemos a cargo da nossa amiga Ana, uma das grandes responsáveis pelo nosso gosto pelas caminhadas e viagens… não podíamos estar em melhores “mãos”, pessoa da terra, com muitos anos e quilómetros de passeios por São Miguel.

Primeiro visitámos a interessante e singular a nível europeu, fábrica de chá da Gorreana, depois fomos até às Furnas, comemos o tradicional e caseiro bolo lêvedo e começámos a caminhar fazendo um trajeto circular que englobou o  PR22SMI Pico do Ferro–Caldeiras da Lagoa das Furnas e parte do PRC6SMI Furnas. Começámos junto ao campo de futebol, subindo em direção à Lagoa e respectivas caldeiras. Aqui almoçámos e seguimos subindo, com maior pendente, por um bonito  bosque até ao miradouro do Pico do Ferro, com uma bela vista para a Lagoa das Furnas.

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Miradouro de Santa Iria (esq.), Fábrica de Chá Gorreana (centro) e Plantação de Chá (dir.)
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Bosque (esq.) Acesso à Lagoa das Furnas (centro esq.) e Caldeiras (centro dir. e dir.)
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Bosque
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Lagoa das Furnas
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Furnas (esq.) e Descida Final (dir.)

Descemos de volta ao carro e dirigimo-nos à Poça da Dona Beija para uns banhos de água termal. Para terminar o dia uma deliciosa pizza no café 3 bicas mas antes uma curta passagem por mais algumas caldeiras e prova da água azeda.

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Caldeiras

06-10-2014 Lagoa do Congro + PR32SMI Monte Escuro–Vila Franca do Campo

Foi dia dedicado a alargar a nossa rede de contactos de permacultura mas não só… Saímos de casa antes das 7:00 para apanhar o autocarro para Vila Franca a fim de nos encontrarmos com a nossa nova amiga Ana. Conhecemos o seu terreno e seus projetos, almoçámos juntos e a tarde foi dedicada ao passeio… primeiro descemos até à praia e depois saímos em direção ao Monte Escuro para nova caminhada. Primeiro um desvio para a bonita lagoa do Congro, depois um par de quilómetros pelo terreno florestal do pai da Ana e por fim, já perto das 16H30 começámos o trilho PR32SMI Monte Escuro–Vila Franca do Campo. Já era bastante tarde, fazia frio e bastante nevoeiro pelo que, sem prejuízo de perdermos grandes vistas, não fizemos o desvio ao Pico da Vela e terminámos o percurso junto da Ermida da Nossa Senhora da Paz, encurtando bastante os 13km do percurso.

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Lagoa do Congro

Na zona alta não vimos muito mais que nevoeiro lamentando principalmente não termos visto a Lagoa do Fogo. Baixando a cota da neblina conseguimos ver Vila Franca e o seu curioso ilhéu  e pelo caminho fomos provando amoras, groselhas, uvas da serra e algumas plantas comestíveis que a Ana conhecia.

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Feto Arbóreo - Cyathea medullaris (esq. e centro) e Finalmente abaixo do nevoeiro (dir.)
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Caminho (esq.), Vila Franca do Campo (centro) e Ermida de Nossa Senhora da Paz (dir.)

Note-se que este trilho encontra-se fechado, no entanto não tivemos qualquer dificuldade em fazê-lo ou de seguir as marcas existentes.

Já era tarde mas ainda houve tempo de passar pela fábrica das famosas e deliciosas queijadas da Vila.

07-10-2014 Lagoa do Fogo

Tínhamos voo de regresso ao Pico marcado para o inicio da tarde pelo que ainda havia tempo para fazer algo pela manhã. O tempo parecia não ter melhorado mas entre as 7 cidades que já conhecíamos e a Lagoa do Fogo arriscámos, e bem, pela segunda. Havia bastante nevoeiro mas, mal chegámos ao miradouro limpou tudo e só de lá saímos quando este regressou.

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Lagoa do Fogo

Daqui fomos quase diretos para o aeroporto.

Foram poucos dias mas muito intensos, conseguimos visitar muitos lugares e caminhar bastante mas ficou muitíssimo por fazer…