domingo, 26 de abril de 2015

Pico: PR18PIC 9 Canadas da Ribeirinha

Características do Percurso (adaptado de http://trilhos.visitazores.com)

“Ilha: Pico; Dificuldade: Fácil; Extensão: 10,0 Km; Tempo: 4h00m; Tipo: Linear

O “Trilho Nove Canadas da Ribeirinha” inicia-se no Caminho da Atalhada, onde é possível ver marcas das rilheiras dos carros de bois utilizados até há poucos anos.
Vire à esquerda ao pé da estrada de asfalto, fazendo um desvio na Canada da Rocha, para visitar o miradouro do Alto dos Cedros.
Vire à esquerda na estrada, e entre no Caminho da Quebrada, seguindo depois para a Canada dos Vais. De regresso ao centro da freguesia, siga pela estrada principal e entre adiante na Canada da Ladeira. No final da mesma, vire à esquerda, e entre na Canada do Mar à direita. Esta Canada leva-o até ao Porto da Baixa, uma zona balnear e de lazer. A zona da Baixa é caracterizada pelas adegas típicas e currais de produção de vinha.
Siga pelo caminho junto ao mar e, no final, entre na canada à direita. Ao chegar ao caminho, vire à esquerda e entre na canada seguinte à esquerda.
Ao chegar à costa (Ponta das Trombetas) vire à direita e siga em cima do campo de lava até ao porto do Calhau, já na freguesia da Piedade.
No final do trilho encontra uma importante bolsa de Azorina vidalli. Aqui tem a opção de seguir pelo PR3 PIC, até à Manhenha.
Direitos de Autor: Gerbrand Michielsen”
retirado de http://trilhos.visitazores.com/pt-pt/trilhos-dos-acores/pico/nove-canadas-da-ribeirinha
, onde também consta para download o mapa do mesmo em carta militar e o ficheiro para gps.

Dada a proximidade com a nossa casa chegámos a programar este trilho por várias vezes, inclusivamente a referir há alguns meses atrás que seria o nosso próximo passeio, no entanto, fomos sempre adiando, mas desta vez chegou a oportunidade.

Começámos no Miradouro da Terralta, portanto um pouco antes do início oficial do trilho marcado aproveitando para começar o dia com geocaching. Daqui seguimos até entrar no Caminho da Atalhada, que descemos ora entre árvores ora entre pastagens até atingir novamente o asfalto, onde desviámos para o miradouro do Alto dos Cedros, com uma vista fantástica.

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Miradouro Terralta (esq.) e Início do Trilho (dir.)
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Caminho da Atalhada
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Flor (esq.), Canada da Rocha (centro) e Miradouro Alto dos Cedros (dir.)

Continuamos a descer até atingir o Centro da Freguesia, aproveitando para fazer uma visita aos nossos amigos Oleiros Holandeses do Barro&Barro e finalmente seguimos na direção da Baixa onde terminámos o percurso, não sem antes fazer novo desvio para procurar nova cache.

Não realizámos todo o trilho pois terminámos em casa, além de que o par de quilómetros restantes já tinham sido percorridos aquando da realização do Trilho da Ponta da Ilha.

Talvez por não termos lido a informação antes, não tínhamos grandes espectativas relativamente a este trilho, no entanto surpreendeu-nos muito pela positiva… a vista dos miradouros, a quantidade de plantas comestíveis no caminho, as flores, os bosques. Lamentamos apenas o estado do Caminho da Atalhada onde não parece haver grande manutenção, correndo o risco de ser tomado pela natureza em pouco tempo.

Como já há muito tempo não fazíamos um trilho por nós, aproveitámos para passear com mais calma, apreciando tudo e tirando fotografias, levando quase 5 horas para percorrer os 8km realizados.

No fim, a Mónica teve de voltar ao início, subindo de bicicleta até à Terralta para trazer o carro de volta.

sábado, 18 de abril de 2015

Pico: Trilho Guindaste-Porto do Calhau e Trilho Pico da Urze-São João

Foi um dia em cheio, duas caminhadas diferentes em locais com paisagem e cultura totalmente diferentes e organizados por entidades diferentes.

Pela manhã juntámo-nos ao evento organizado pelo geoparque e montanheiros, reunindo-nos todos no Guindaste afim de caminhar em direção ao Porto do Calhau, quase sempre pela linha de costa e sobre lava. De um lado o mar, do outro um imponente muro de pedra que indicava o limite da zona de vinha, alguma ainda em produção, outra tomada pelas árvores. A irregularidade e pouca aderência do piso exigem alguma atenção.

Pelo caminho algumas surpresas: as muitas cagarras que se começaram a ouvir nos últimos dias já iniciaram o processo de escolha de ninho pelo que tivemos oportunidade de ver algumas e, outras que não vimos, fizeram-se notar vocalizando a quando da nossa passagem, indicando que aquele ninho já estaria ocupado; vimos também ruínas de algumas povoações agora abandonadas como Furada, Fogos, Ana Clara e Mingato e alguns poços de maré; enquanto utilizávamos o alto muro para nos abrigarmos de um esporádico aguaceiro outros participantes encontravam uma gruta que exploraram logo;

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Poço de Maré da Furada (esq.), Entrada Gruta (centro) e Poço de Maré de Ana Clara (dir.)

Passámos ainda na Ponta do Hospital ou da Cadeia, local onde existe um marco geodésico mas cujo nome advém de ser um dos primeiros locais para quem vem no sentido Este-Oeste pela costa Sul da ilha de onde se vê o Faial, e como tal tratava-se de um ponto estratégico para em caso de urgência se comunicar com a ilha vizinha, ou para a presença de algum prisioneiro ou de alguém com dificuldades em termos de saúde.

O grupo era bastante maior do que estamos habituados e também do que normalmente gostamos mas quer o percurso, toda a envolvente e toda a informação transmitida foram muito interessantes. Há no entanto que repeti-lo com mais calma para tirar mais fotos e aproveitar para encontrar jogar um pouco à caça do tesouro pelas várias caixas de geocaching que existem ao longo de todo o percurso.

Depois de aproximadamente 3 horas e meia de caminhada chegámos ao Porto do Calhau onde nos despedimos do resto do grupo e seguimos para São João afim de ter algum tempo para almoçar e reunir para novo percurso, desta vez organizado pelo Município das Lajes do Pico.

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Costa (esq.) e Faial desde Porto do Calhau (dir.)

Fomos transportados até ao topo do Pico da Urze, logo de início uma vista fantástica para o planalto central, vendo-se para Norte São Jorge e para Sul as Lajes. Aqui também uma pequena cratera totalmente revestida de uma densa floresta nativa com muitas espécies endémicas. Mais uma vez estávamos inseridos num grande grupo mas mais uma vez os locais por onde passámos compensavam.

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Lajes ao fundo (esq.) e Abrigo (dir.)

Fomos descendo sempre em direção a São João, passando por terrenos de pastagens, muitos deles não utilizados há tanto tempo que a natureza os reclamou como seus, correspondendo atualmente a grandes matas de urze, cedros, azevinhos, etc. Nunca tínhamos caminhado tanto por floresta nativa na ilha do Pico.

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Charco (esq.), Canada (centro) e Árvore (dir.)

Depois de alguns quilómetros sempre a descer por canadas cheias de lama, chegámos a São João onde a Junta de Freguesia nos tinha preparado um lanche surpresa para repor as energias perdidas.



Antes de sair de São João, ainda tempo para procurar mais uma cache.

Para terminar, ambos os trilhos realizados não estão marcados, o primeiro passa por zona de nidificação de cagarros pelo que, à semelhança do trilho da Ponta da Ilha, NÃO deve ser transitado nessa época do ano, o segundo passa em zona de mata densa podendo nem ser muito fácil guiar-nos por GPS, como tal aconselha-se sempre a realização dos mesmos com alguém que conheça o caminho. No total foram aproximadamente 12,8km divididos por dois curtos percursos de 6,4km cada.