sábado, 19 de agosto de 2006

Faial - PRC4FAI: Caldeira

Características do Percurso (in www.trails-azores.com)










"Ilha: Faial; Dificuldade: Médio; Extensão: 8 Km; Tempo: 2h 30m; Tipo: Circular

Este trilho começa e termina junto do miradouro da Caldeira e tem a duração total de cerca de duas horas e meia (2h30m). É um trilho que pode ser percorrido com facilidade e que por isso não tem sinalização. Deve apenas seguir pelo trilho de terra batida à volta da Caldeira, até voltar ao local de partida. Chama-se a atenção para o facto de não se poder descer até ao fundo da Caldeira, em virtude da caldeira ser Reserva Natural, Sítio de Interesse Comunitário (SIC) e Zona de Protecção Especial (ZPE). É por isso responsabilidade de todos(as) nós contribuirmos para a sua preservação, bem como assegurar a sua biodiversidade através da conservação deste habitat natural."

Placar indicativo do Percurso 14:23

Ainda não totalmente recuperados fisicamente da subida ao Pico, dois dias antes, decidimos relalizar nova caminhada, mas de menor dificuldade. Desta vez o grupo de caminhada contava com mais um reforço feminino em relação à subida da montanha.
Ao se contornar a Caldeira vai-se tendo diversas perspectivas da mesma e pode-se ver toda a ilha do Faial. Pode ser necessário efectuar algumas saidas do que seria o trilho principal, para o exterior da Caldeira, devido a eventuais desabamentos de terra. Aspecto curioso de percurso foi a presensa de decorações florais em quase todas as bostas de vaca que passámos. A caminhada teve o seu início às 11:52, terminando as 14:23.

Caldeira com o Pico ao fundo 13:08

Mónica na Caldeira 14:12

Para mais informações sobre a Caldeira e a realização deste percurso podem-se consultar as seguintes páginas:
- http://www.trails-azores.com/
- Faial - Descida da Caldeira

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Pico - PR4PIC: Subida ao Pico

A subida ao Pico é um dos percursos mais exigentes em termos físicos, se não o mais exigente, dos que se pode fazer nos Açores. O desnível de 1151 metros a vencer (a subida começa à cota 1200m) em apenas 4700 metros de percurso, exige alguma preparação física, não só para a sua realização mas principalmente para evitar um andar estranho nos dias seguintes. Como forma de evitar o sol abrasador e o calor aconselha-se que a subida seja feita: de madrugada, de modo a ver-se o nascer do sol e descendo-se de manhã ou; ao fim da tarde, de modo a ver-se o pôr do sol, passando a noite no cimo e acordando para ver o nascer do sol e começar a descida.
O percurso deve ser efectuado com um guia ou alguém que conheça o percurso, devendo igualmente deixar o nome e contacto no Centro Interpretativo da Casa de Apoio à Montanha do Pico. Em condições atmosféricas ideais consegue-se ver do cimo toda a extensão da ilha do Pico assim como as restantes ilhas do grupo central.

Após termos esperado, sem sucesso, por um dia favorável à subida no ano anterior, decidimos aproveitar o bom tempo que fazia para dar início a mais uma aventura. Quando chegámos ao ponto de partida, ainda indecisos se subiamos ou não, esperámos até que a neblina reduzisse de intensidade. Eram 6:50 quando começámos a subir (sem guia e sem ter deixado o nome), já não sendo necessário o uso de lanterna. O primeiro ponto de descanso foi junto à furna que aproveitámos para visitar. Estes primeiros 900 metros de percurso foram talvez os mais difíceis pela falta de oxigénio sentida derivada da altitude a que nos encontrávamos. Feita a descompressão continuámos e após vários descansos pontuais chegámos à cratera às 9:55. Não tinhamos a certeza se se podia subir ao piquinho mas, ao vermos outros fazê-lo, também o fizemos. A sua subida é bastante ingreme e o terreno é piroclástico pelo que, por cada 3 metros que se sobe escorrega-se 1. A contrastar com a temperatura que se faz sentir lá no cimo, existe uma fumarola que expele ar bastante quente. Às 11:45 encetámos a descida que terminou por volta das 14:35. Aconselhamos a que esta se faça, não pelo trilho de gravilha solta e escorregadia mas pelas escoadas de lava firme.
No cimo da montanha conseguia-se ver parte da ilha do Pico entre as nuvens assim como São Jorge e Faial. Ficámos um pouco decepcionados ao descobrir que o ponto mais alto de Portugal era a ponta de um ferro enferrujado. Outro ponto negativo é a falta de civismo de quem passa por ali arrancando e partido os marcos com reflectores, essenciais a quem sobe de madrugada.

É um percurso a realizar por quem o possa fazer, nem que seja para dizer que já tivemos no ponto mais alto de Portugal.
No ponto mais alto de Portugal 11:18
O Piquinho 12:10

Por cima das nuvens 12:56

Furna 14:11

Vista para o Faial no fim do percurso 14:37