domingo, 19 de dezembro de 2010

Serra do Alvão – Fisgas do Ermelo

Pela segunda semana consecutiva regressávamos à Serra do Alvão e ao Rio Olo, agora para conhecer talvez a sua principal atração, as fisgas do Ermelo com queda acumulada de mais de 200 metros de altura. A organização ficou desta vez a nosso cargo.


(embora este trilho não corresponda exatamente ao que realizamos, pois fizemos mais alguns desvios, não adicionámos o nosso ao Wikiloc pois já existem vários muito similares)

Partimos da aldeia de Varzigueto, seguindo o percurso no sentido anti-horário, de modo a que o principal atrativo do dia ficasse para o fim. Pelo caminho muito gelo nas árvores, cursos de água e no chão, demonstrando o quão rigoroso é o Inverno por estes lados. Por sorte não havia assim tanta água uma vez que foi necessário cruzar o rio duas vezes saltando pedrinhas. Do topo da serra avistava-se ao longe a famosa Senhora da Graça.

Chegados ao primeiro miradouro das fisgas parámos para almoçar enquanto apreciávamos o enorme fosso escavado pelo passar da água ao longo dos anos. Seguimos, sempre com vista para o Rio Olo com novos ângulos de visão para as diversas quedas de água, até regressarmos a Varzigueto, depois de 7horas de passeio e um total de 12,5km percorridos.

[05]_Neve (427x640)[15]_Gelo (640x427)[26]_Gelo (427x640)[52]_Fisga_de_Ermelo (427x640)
Gelo (esq., centro esq. e centro dir.) e Fisgas do Ermelo (dir.)
[33]_Gelo (640x427)[48]_Senhora_da_Graca (640x427)
Gelo (esq.) e Vista da Serra do Alvão para a Senhora da Graça (dir.)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Serra do Alvão – Percurso Barragens–Barreiro-Lamas de Olo

Extensão (aprox.): 13,5 km, Duração: 4h30, Dificuldade: Média, Tipo de Percurso: Circular

“Para quem gosta de longas caminhadas em contacto com a Natureza, este percurso oferece paisagens de rara beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural. Observe as barragens do Alvão, as áreas de matos, as aldeias rurais (Barreiro e Lamas de Olo), os campos de cultivo, os lameiros, bem como os carvalhais e pinhais.

Iniciando-se junto às barragens, este percurso atravessa uma vasta zona planáltica onde se encontram, predominantemente, áreas baldias cobertas de urzais (Erica spp.) e carqueijais (Pterospartum tridentatum) onde rebanhos de cabras bravias encontram o seu alimento. Nas zonas mais favoráveis aparecem pequenos bosquetes de bétulas (Bétula spp.), bem como matas de pinheiro-silvestre ou de casquinha (Pinus sylvestris).

Na zona mais baixa do percurso é possível avistar o monte Farinha com o santuário da Sra. da Graça e os cabeços da ribeira da Teixeira. Pequenos regatos cortam os caminhos precipitando as águas em campos agrícolas junto às aldeias.

Rumando em direção ao Barreiro é possível observar grandes massas graníticas, modeladas por ventos e intempéries, que se estendem até à aldeia. Da aldeia do Barreiro pode-se regressar a este ponto pelo caminho Barreiro-Lamas de Olo (aldeia característica da arquitetura granítica envolta em lameiros) ou derivar para poente rumo a Varzigueto e queda de água das Fisgas de Ermelo.” Fonte: http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnalv/barrag-lam-olo


(não gravámos o percurso que fizemos mas este corresponde a uma boa aproximação do mesmo, no entanto poderá descarregar a versão original em: http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnalv/barrag-lam-olo)

Esta foi a nossa primeira visita ao Parque Natural da Serra do Alvão. Tratou-se de um passeio mais cultural que de paisagens, com passagem por muito gado bovino e caprino e respectivos pastores, com oportunidade de conversas com os mesmos. As construções em pedra de Lamas de Olo e de Barreiro, inclusivamente com cobertura rochosa, revestida a colmo eram muito interessantes.

[01]_Lamas_de_Olo_-_Vaca_Maronesa (427x640)[13]_Cabras[60]_Lamas_de_Olo_-_Pastor (427x640)
Vacas (esq.), Cabras (centro) e Pastor (dir.)
[34]_Serra_do_Alvao (640x427)[53]_Ponte_sobre_Rio_Olo (640x427)_8767_1234_temp
Bétulas (esq.) e Ponte sobre o Rio Olo (dir.)
[36]_Barreiro[41]_Barreiro_-_Espigueiro
Aldeia do Barreiro

domingo, 28 de novembro de 2010

Paredes de Coura: Corno de Bico

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Ponte da Barca; Dificuldade: Baixa; Extensão: 7,5 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Circular

“Partimos do pequeno lugar de Túmio, precisamente onde a estrada de alcatrão é substituída pelo caminho empedrado de acesso ao centro do lugar que ainda conserva alguns aspectos interessantes da arquitectura tradicional do Alto Minho. Daqui, seguimos o caminho até desembocar numa bifurcação de caminhos em terra. Seguimos o caminho da esquerda, que nos levará ao interior da floresta do Corno de Bico, composta por uma vasta e densa mancha de carvalhos (Quercus robur). Durante o percurso constatamos a elevada diversidade de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, que, no seu conjunto, constituem o habitat essencial para inúmeras espécies do reino animal.
O Corno de Bico é um espaço emblemático para o concelho de Paredes de Coura e de grande importância para a região, considerado um pequeno santuário natural, espaço de rara beleza que o homem moldou de uma forma harmoniosa. Desde tempos remotos que jogou um papel fundamental, servindo de local de culto, de espaço de defesa, de linha de fronteira, de pastagens e de abrigo. Na década de 40 do Século XX, durante o período do Estado Novo, os serviços florestais desencadearam um processo de arborização e de valorização florestal de um espaço que, até então, era ermo pela excessiva actividade pastoril.
Hoje, tem um papel importante ao nível da conservação da natureza, o que permitiu a sua inclusão como Sítio Classificado da Rede Europeia NATURA 2000 e na Rede de Áreas Protegidas de Portugal. A par desta classificação, é igualmente importante o património humano das comunidades rurais, que permitiram moldar este território.
O caminho desemboca na estrada florestal, que percorreremos por poucos metros, para depois seguirmos um caminho em terra que nos conduzirá pelo Alto do Espinheiro até ao culminar deste percurso no Corno de Bico, que ostenta um marco geodésico à cota de 883 metros. Deste miradouro natural, rodeado de blocos graníticos, podemos apreciar uma majestosa paisagem que se abre, quer para o Vale do Rio Coura, quer para os Vales dos Rios Vez e Lima.
Depois de uma merecida paragem, continuamos por entre a floresta, até desembocarmos novamente na estrada florestal. Viramos à direita para, percorridos cerca de 2 km, virarmos à esquerda, pela Chã do Mouro. Pouco depois, estaremos no local onde teve início este percurso pela floresta da Paisagem Protegida do Corno de Bico.”

[10]_Cogumelos  [20]_Cogumelos
Cogumelos: 13:28 (esquerda) e 14:10 (direita)
[16]_Paredes_de_Coura  [19]_Paredes_de_Coura
Mata: 14:04 (esquerda) e 14:06 (direita)

domingo, 7 de novembro de 2010

Terras de Bouro: Trilhos Pedestres “Na Senda de Miguel Torga”–PR12 Trilho dos Moinhos de Santa Isabel do Monte

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Terras de Bouro; Dificuldade: Baixa; Extensão: 20,5 Km; Tempo: 6h 00m; Tipo: Circular

“Este trilho corresponde a um circuito pedonal fechado, com início na aldeia de Campos Abades, nas proximidades do moinho “Ponte do Moinho”, mas torna-se obrigatória a passagem prévia pela Escola do Monte (Centro Interpretativo de Sta Isabel) para obter material promocional do percurso e, se pretender, a companhia do guia que, ao abrir cada um dos moinhos, oferece-lhe um painel ilustrado com narrativas do povo e da aldeia.
Além do PR12 – Trilho dos Moinhos de Sta Isabel do Monte, esta aldeia tem implantado o PR2 – Trilho do Castelo, que se encontra marcado e sinalizado pelos lugares de Campos Abades e Seara.
Por esta razão recomenda-se atenção à marcação e sinalização do trilho que pretende percorrer. Dos locais de interesse turístico do PR12 destacam-se os povoados com as suas habitações e outras estruturas de apoio à actividade agrícola, de arquitectura rural, as calçadas e os caminhos de pé-posto, os cursos de água, o sistema de rega, os Moinhos e as paisagens agrícola e serrana que acompanham o trilho. (…)
O Trilho dos Moinhos de Sta Isabel do Monte percorre as aldeias de Campos Abades, Rebordochão, Seara, Ventozelo e Alecrimes, permitindo a visita aos 29 moinhos de rodízio que se encontram dispersos pelas chãs e pelos ribeiros da Ponte e de Rebordochão. Cada lugar revela um património rural típico das aldeias de montanha, preservado num ambiente acolhedor de onde sobressai uma harmonia natural e perfeita que distingue esta paisagem das demais existentes na região.
O objectivo deste trilho é percorrer as estruturas que são parte integrante do ciclo do pão: os moinhos-de-água, os espigueiros, as sequeiras e eiras, os socalcos de milho e centeio, e o sistema de rega tradicional. Acresce, ainda, as manchas de carvalhos, os ribeiros e as levadas, cravadas numa paisagem serrana e campestre que atribui ao trilho um valor rural de excelência. Para completar o percurso, a novidade está na exposição patente na Escola do Monte, na qual a masseira, o grão de milho e centeio transformados em farinhas e, por fim, as deliciosas broas, preservam vivamente os costumes e as tradições do povo da aldeia.”

Passámos por muitos moinhos em bom estado de conservação, podendo inclusivamente funcionar na sua actividade original. Em todos existe uma tabuleta indicando o seu nome (referência do proprietário ou do local onde se encontra), nomes estes que fomos decorando, como passatempo, ao longo do percurso.

No último moinho que passámos tivemos a sorte do proprietário estar a passar, o qual nos deu acesso ao interior e colocou em funcionamento o engenho, a nosso pedido.

[02]_Serra_de_Santa_Isabel[19]_Serra_de_Santa_Isabel
Serra de Santa Isabel:12:08 Muros (esquerda) e 14:45 Pastagens (direita)
[53]_Moinho_Rio[55]_Serra_de_Santa_Isabel
Serra de Santa Isabel:18:17 Moinho Rio (esquerda) e 18:34 Pastagens (direita)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Montalegre: Pitões das Júnias

Este fim de semana foi o realizar de um sonho, já andávamos a pedir para visitar Pitões das Júnias há bastante tempo, e finalmente se proporcionou. Fim de semana largo, o que nos permitiria aproveitar a larga viagem de carro e fazer vários passeios… isto se o tempo nos permitisse.

2010-10-30 Pitões das Júnias

Já não chegando muito cedo, entre instalarmo-nos e comermos já não dava para fazer nenhum passeio, por isso aproveitámos o que restava do dia para conhecer a vila, as casas de pedra, o forno comunitário.

2010-10-31 Montalegre e Trilho do Mosteiro de Pitões das Júnias e Cascata

O tempo não estava de feição em Pitões por isso aproveitámos para sair do local e fazer uma pequena visita a Montalegre e ao seu castelo.

No regresso e porque as previsões anunciavam que o tempo ia ser ainda pior no dia seguinte, entre chuviscos e abertas fomos visitar o Mosteiro de Pitões e depois a cascata numa pequena caminhada de aproximadamente 5,5km.

[02]_Castelo_de_Montalegre[07]_Mosteiro_de_Pitoes_das_Junias[15]_Mosteiro_de_Pitoes_das_Junias[31]_Cascata_de_Pitoes_das_Junias
Castelo de Montalegre (esq.), Mosteiro de Pitões (centro esq. e centro dir.) e Cascata (dir.)


(não terá sido exatamente este o passeio que fizemos mas deve andar bem lá perto)

2010-11-01 Pitões-Capela São João… ou não

O tempo pela manhã não parecia estar assim tão mau pelo que decidimos arriscar uma ida até à capela de São João. Não parecia mau… mas passou a estar e não seria fácil cruzar os ribeiros, ainda passámos um mas depois desistimos no segundo voltando a Pitões. Aproveitámos assim para disfrutar da casa e preparar o jantar de aniversário do nosso amigo Nunito. Quanto ao passeio ficou agendado para a uma próxima visita a Pitões.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ponte de Lima: Percurso Mesa dos 4 Abades

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Ponte de Lima; Dificuldade: Moderada; Extensão: 10 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Circular

“O Trilho da Mesa dos Quatro Abades é um percurso pedestre denominado de Pequena Rota (PR) - as respectivas marcação e sinalização obedecem às normas internacionais.
Este percurso decorre entre o lugar da Vacariça, da freguesia limiana de Refóios do Lima, e a aldeia de montanha de Vilar do Monte, também pertencente ao concelho de Ponte de Lima.
Este percurso tem início no pitoresco lugar da Vacariça, a cerca de 10 km da rotunda do IC 28.
O ponto de partida localiza-se, precisamente, quando a estrada de alcatrão dá lugar a um caminho empedrado. Seguimos por este caminho, contornando o lugar à medida que subimos e deixando para trás os campos de cultivo - que vão sendo substituídos por áreas de matos e de florestas.
Seguindo, agora, a estrada florestal, vamo-nos apercebendo da majestosa paisagem que nos rodeia – o contraste entre as vastas chãs, férteis e sempre cultivadas, e o abrupto maciço granítico da imponente Serra d’Arga.
Após algum tempo de caminhada surge à nossa direita um cercado de madeira. Trata-se de um parque de maneio para os cavalos de raça Garrana, os Garranos. Estes cercados facilitam o controle destes animais habituados a viver em estado semi-selvagem, permitindo proceder à sua marcação, tratamentos veterinários e capturas. Passo-a-passo vamos ganhando altitude. Abandonando a floresta mista de coníferas e folhosas, embrenhamo-nos numa outra mancha florestal onde predominam as faias e cuja densa folhagem esconde a Lagoa dos Salgueiros Gordos. Trata- -se de um espaço de singular beleza, tanto pela vegetação que envolve a lagoa como pelo efeito decorativo e enriquecedor que o elemento água confere à paisagem.
Deixando para trás a lagoa, retomamos o caminho para começarmos a descer gradualmente até à aldeia de montanha de Vilar do Monte. Nesta, predominam os campos cercados por muros de pedra solta. A estrada florestal vai desembocar num caminho empedrado que, por sua vez, nos levará até à estrada alcatroada que atravessa o centro da aldeia.
Continuamos pela estrada para, passados poucos metros, seguirmos pelo caminho que nos conduzirá à afamada Mesa dos Quatro Abades – uma mesa de granito ladeada por quatro bancos também em pedra, cada um assente no território de cada freguesia confinante: Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. Outrora os representantes de cada paróquia sentavam-se para debater e resolver os mais diversos assuntos, consultando os fiéis que se encontravam ao seu redor. Esta tradição, hoje fruto da iniciativa das Juntas de Freguesia, foi recuperada em 1988, sendo celebrada no terceiro domingo de Junho de cada ano.
Voltamos novamente à estrada para descermos uns metros. Seguidamente, subimos por um caminho algo íngreme que nos conduzirá até à estrada florestal que, por sua vez, nos levará ao Miradouro da Vacariça. O Miradouro da Vacariça - de onde é possível admirar uma deslumbrante paisagem sobre o rio Lima e sobre a mais antiga vila de Portugal - ostenta o marco geodésico do Penedo Branco, com 725 m de altitude. Regressando novamente à estrada florestal, começamos a descer até ao lugar da Vacariça, onde teve início este nosso percurso por terras limianas.”

[03]_Charco[24]_Cavalo[32]_Ourico
11:06 Charco (esquerda), 11:39 Garrano (centro) e 12:08 Ouriço (direita)
[33]_Crocodilo[34]_Grilo
12:16 Crocodilo (esquerda) e 12:20 Grilo (direita)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Guimarães: Paço dos Duques de Bragança

Já quase no rescaldo do nosso fim de semana prolongado como guias e companhia a um grupo de Tunisinos, no regresso ao Porto, decidiu-se fazer um pequeno desvio por Guimarães.

Por coincidência era feriado, 5 de Outubro, e fazia 100 anos da implantação da República. A cidade estava repleta de visitantes, havendo nas ruas duas comemorações distintas e aparentemente rivais: De um lado os republicanos comemorando o centenário e de outro os monárquicos comemorando a mesma data como a da independência e Portugal.

Por pouco não estragávamos a festa quando o Sr. Dom Duarte, Duque de Bragança, se atravessou à frente de um dos nossos carros, e por sorte não foi atropelado… não saíamos de lá vivos.

Como já não era muito cedo só tivemos hipótese de visitar o Paço dos Duques de Bragança.

[05]_Paco_Duques_Braganca  [22]_Paco_Duques_Braganca
Paço dos Duques de Bragança: 17:48 Claustro Interior (esquerda) e18:15 Fachada Exterior (direita)
[24]_Estatua_D._Afonso_Henriques  [25]_Persistencia
18:09 Estátua de Dom Afonso Henriques (esquerda) e18:23 A persistência dos Pombos (direita)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Montalegre: PR1 Trilho do Leiranco

Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:

Local: Montalegre; Dificuldade: Moderada; Extensão: 11,7 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Linear

“Este percurso engloba 4 aldeias, com exemplos bem conservados de construção tradicional como as igrejas, os fornos comunitários, as fontes e lavadouros e as casas de lavradores abastados. O Santuário da Senhora dos Galegos incluí um conjunto de interesse arquitectónico e arqueológico com uma capela datada de 1867, um belo cruzeiro e sepulturas antropomórficas (medievais) junto à fonte. Inclui também uma ponte romana sobre o Rio Beça, o moinho de água e outras estruturas ligadas à secular actividade actividade agro-pastoril, como os espigueiros e portais de lameiros.

Ao longo deste percurso, sobranceiro à encosta ocidental da Serra do Leiranco, é possível entrar em contacto com vários tipos de paisagem, cada uma com fauna e flora características. Destacam-se, pela sua diversidade, os lameiros e os campos de centeio ladeados de castanheiros e carvalhos de grande porte, onde subsistem várias espécies de mamíferos carnívoros, como a fuinha e o texugo além de espécies de aves, como o papa-figos e a pega. Nesta região ocorrem também alguns eucaliptais caracterizados por possuírem uma reduzida diversidade de espécies selvagens. As zonas mais altas encontram-se cobertas por matos, utilizados para o pastoreio do gado caprino e ovino e onde ocorrem aves de rapina, como o tartaranhão-caçador e peneireiro. O Rio Beça situado numa zona de montanha com densos bosques ribeirinhos de amieiro e vidoeiro, é também o habitat de uma diversificada fauna, como a lontra, o melro-de-água e o lagarto-de-água.”

O Percurso tem início em Zebral e passa pelas aldeias de Cortiço, Arcos até chegar a Cervos. Em todas estas aldeias fomos recebidos pelos locais, muito simpáticos, que nos foram contando o seu quotidiano e nos ofereceram “visitas guiadas” aos seus, celeiros, garagens, estábulos e armazéns.

[013]_Aboboras[076]_Arcos[120]_Cervos
09:36 Zebral: Abóboras (esquerda),16:16 Arcos: Fonte (centro) e 16:55 Cervos: Fechadura (direita)

[086]_Arcos_-_Cordeiro[097]_Carneiro[098]_Bode
15:15 Arcos: Cordeiro (esquerda) e 15:43 Carneiro (centro) e Bode (direita) entre Arcos e Cervos

Destacamos o facto de quase não se encontrarem “aberrações arquitectónicas” a destoar as construções típicas do local. O centro de Arcos, junto à fonte, é singular assim como todos os fornos comunitários com os seus arcos estruturais de suporte em pedra.

[025]_Percevejo  [035]_Aranha-Lobo_(hogna_radiata)
10:37 Percevejo (esquerda) e 11:31 Aranha-Lobo-Radiada – hogna radiata, com a sua prole às costas (direita)

sábado, 25 de setembro de 2010

Aveiro: Paramotor

Uma experiência nova e a repetir, desde que nos ofereçam novamente preços tão baixos, bem abaixo dos normais.

[003]_Paramotor

[014]_Paramotor[019]_Paramotor

[024]_Paramotor[068]_Paramotor(1)

sábado, 21 de agosto de 2010

Pico – PR11PIC – Calheta do Nesquim

Características do Percurso (adaptado de www.trails-azores.com)

Ilha: Pico; Dificuldade: Moderado; Extensão: 12 Km; Tempo: 4h 00m; Tipo: Circular

“Esta pequena rota circular começa e termina em frente à Igreja da Calheta do Nesquim, freguesia com uma rica tradição na história da baleação Açoriana. Aqui, poderão visitar a casa dos botes baleeiros, transformado em museu local de elevado interesse. O percurso faz-se no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e apresenta dois pequenos desvios, um para o porto da Feiteira e outro para a Pedra Aguda, um miradouro natural por excelência.
Iniciamos a nossa caminhada junto à costa, rumo ao Portinho da Feiteira, uma pequena zona balnear muito aprazível. Após desfrutar deste magnífico local, siga a sinalética e iniciará uma subida ao longo de uma canada estreita até chegar à estrada regional. Aí, siga à sua direita e logo depois vire à esquerda continuando a subir, ora através de pastagens ora através de matas onde prevalecem os incensos e acácias.
Depois de atingir o ponto mais a Norte do percurso, siga em direcção oeste até à Pedra Aguda, local de maior altitude do percurso que oferece uma vista deslumbrante para a freguesia da Calheta e toda a zona leste da ilha. Descendo de volta à Calheta do Nesquim, irá percorrer caminhos idênticos aos já percorridos previamente. Já perto da localidade, entrará num caminho entre vinhas e passará por uma vigia de observação de Baleias em direcção ao mar. Na zona costeira, encontrará outra zona balnear chamada Baía da Poça. Finalmente, seguimos junto do Moinho do Mourricão até à Igreja, ponto final deste percurso.” (in www.trails-azores.com)

A abertura de novos percursos é sempre boa para conhecermos mais um pouco das Ilhas. Embora inicialmente bem marcado existe um local onde é necessário entrar em propriedade privada passando por uma cancela onde não existe qualquer marca. Felizmente um calhetense avisou-nos com antecedência deste facto, quando passámos por sua casa e, depois, não confiando que tínhamos entendido as indicações, apareceu na sua carrinha no dito local para que não nos perdêssemos.

[02]_Calheta2 [03]_Campainha2 [22]_Calheta2
Calheta 11:05 (esquerda), 11:22 (centro) e 14:41 (direita)
[26]_Vigia_da_Baleia2 [29]_Calheta2
15:09 Vigia da Baleia (esquerda) 18:37 Zona Balnear (direita)