quinta-feira, 27 de setembro de 2012

AS - 10/13 - Chile I - San Pedro de Atacama

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08/09/2012

Com quase 3 horas de atraso lá chegou o autocarro que proporcionaria a nossa primeira incursão no Chile. Não estamos acostumados a viagens longas de autocarro de dia, nem de tirar fotos nas mesmas mas, desta vez a paisagem quase nos obrigava a sacar da máquina. Passámos em zonas mesmo muito bonitas, incluindo perto do vulcão Licancabur, situado na fronteira com a Bolívia, onde tínhamos estado em Junho de 2011, durante o Tour do Salar de Uyuni.

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Viagem Purmamarca - San Pedro Atacama: 12:09 (esq.), 13:03 (centro), 15:46 (dir.)

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Viagem Purmamarca - San Pedro Atacama: 15:48 (esq.), 15:50 (centro esq.), 16:02 (centro dir.) e 16:47 Vulcão Licancabur (dir.)

Na aduana Argentina não tivemos nenhum problema mas ao chegarmos a San Pedro de Atacama, tiraram-nos todas as sementes que havíamos recolhido e temos vindo a carregar desde a Ciudad Perdida, na Colômbia. Não fosse isto suficiente, no meio da confusão perdemos as que estavam trabalhadas.

A primeira hora e meia foi gasta na  busca de lugar para dormir... muitíssima oferta mas a preços bastante elevados para o que estamos acostumados. Nós e o mexicano Erick ficámos num dormitório no hostel Intipara e as brasileiras Sheila e sua mãe, que acedeu ao pedido da filha em experimentar uma viagem como mochileira, seguiram para um lugar mais cómodo.

Instalados, saímos em busca de informação e do que fazer nos dias seguintes. Como todos tínhamos interesses diferentes acabámos por reservar visitas a lugares distintos. Como tínhamos estado na Bolívia o ano passado e feito o tour do Uyuni, passando na fronteira a aproximadamente 10km de San Pedro de Atacama, já tínhamos visitado lugares semelhantes aos que nos eram oferecidos. Tentámos assim jogar com os preços e horários e ainda fazer algo por nós, escolhendo fazer um tour Pelo vale da Lua, incluindo o que seria a nossa estreia na atividade de Sandboard e ainda um Tour pela laguna Cejar e arredores.

Já bastante tarde tentámos procurar lugar económico para jantar... seguimos a sugestão da Sheila no restaurante Delicias del Carmen, mas  prato referido já tinha acabado pelo que acabámos por procurar outro lugar...  no hostel a Sheila aguardava por nós para dar uma volta pela vila e ir até um bar, seguindo alguns músicos que nos prometeram tocar algumas melodias... mas que só o fizeram depois de muita insistência nossa, principalmente da Sheila... viemos posteriormente a saber que o grupo se denominava Amillarai.

09/09/2012

Apenas com tours pela tarde, saímos a pé para visitar as ruínas de Pukara de Quitor. Para o que se pode ver, e comparando com todas as ruínas por nós visitadas no Perú, a entrada foi caríssima, pois não se vê mais do que alguns muros destruídos.

O principal propósito deste complexo Pré-Inca, além de habitacional, era a de uma fortificação de defesa face a eventuais atentados bélicos, localizada num posto estratégico, na encosta de um monte. A maioria das habitações apresenta um só espaço, algumas estão divididas em dois.

Ainda no complexo seguimos até a dois miradouros, o pequeno museu local e ao pequeno jardim designado de Plaza de Quitor.

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Pucara de Quitor: 11:36 (esq.), 11:50 (centro) e 12:09 (dir.)

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Pucara de Quitor: 12:40 (esq.), 12:49 (centro) e 12:17 (dir.)

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Miradouro: 12:27 (esq.), 12:43 (centro) e 12:41 (dir.)

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Atacama: 12:27 (esq.), 12:37 (centro esq.), 12:26 (centro dir.) e 13:31 (dir.)

No regresso viemos a passo de corrida pois tínhamos ainda de almoçar antes de seguir para o nosso tour e ainda não estávamos muito certos de qual o fuso horário de San Pedro: o nosso telemóvel e computador indicavam uma hora mais que na Argentina e Bolívia, pelo menos referindo-se à capital Santiago, o GPS que nos indica a hora recebida por satélite também nos dava uma hora mais mas, aparentemente não há qualquer alteração de hora relativamente aos países vizinhos.

Às 15:00 reuniram-se todos os participantes que tiveram de carregar uma prancha da oficina da agencia até ao nosso transporte. O primeiro destino seria o Valle de la Muerte, cujo nome foi aparentemente mal colocado devido à má pronuncia de quem o denominou assim pela primeira vez. Diz a história que um Frade Belga ao chegar ao vale achou que tinha a aparência da superfície de Marte (não se sabe como sabia ele do aspecto da superfície de Marte), denominando-o de Vale de Marte mas, ao chegar a San Pedro, o seu mau espanhol levou a que todos entendessem que o nome seria Vale da Morte. Neste lugar existe uma grande duna de areia na qual se faz sandboard. Depois de uma muito curta introdução fizemo-nos à duna, primeiro a medo, muito devagar e mesmo assim com quedas, mas depois, já sabendo que a areia era tão fofa como um colchão, cada vez mais depressa. O mais chato é o facto de não haver forfait e como tal temos 25 segundos de descida, e depois uma penosa subida de quase 10 minutos. Ainda assim fizemo-lo pelo menos 10 vezes cada um, tendo adorado.

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Sandboard - Valle de La Muerte: 17:02 (esq.), 17:03 (centro), 17:47 (dir.)

Video do Sandboard, gravado pela agência ATACAMA INCA TOUR

Video do Sandboard, gravado por nós + Actuação dos grupo Amillarai


Com areia em todos os recantos do nosso corpo e roupa, seguimos para a visita a umas grutas de sal e finalmente ao Valle de La Luna, para ver o pôr do Sol, acompanhado de um Pisco Sour, bebida alcoólica local, cuja invenção é disputada por Chile e Peru.

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Grutas de Sal: 18:41 (esq.), 18:43 (centro) e 18:46 (dir.)

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Pôr-do-Sol Valle de La Luna: 19:02 (esq.), 19:03 (centro) e 19:03 (dir.)

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Pôr-do-Sol Valle de La Luna: 19:07 (esq.), 19:07 (centro) e 19:25 (dir.)

Regressados ao hostel fizemos frango estufado com pimento e arroz e uma sopa ficando a conversar até tarde com o Erick que tinha ficado a repousar durante a tarde.

10/09/2012

Foi a nossa vez de ficar a repousar no hostel enquanto o Erick saiu pelas 4 da manhã para o seu tour aos geisers.

Ficámos a organizar coisas até à 15:30, hora em que saímos para a agência onde reservámos o tour à Laguna Cejar.

Enquanto esperávamos o guia ficámos a falar com a senhora que nos tinha vendido os lugares e que tinha ficado entusiasmada quando dissemos ser portugueses dizendo que a viagem dos seus sonhos seria ir aos Açores...passámos-lhe o link do nosso blog para sonhar um pouco mais.

Chegado o guia Augusto seguimos. O primeiro ponto foi a laguna Cejar onde as pessoas se podem banhar, flutuando facilmente devido à elevada concentração de sal. Em quase toda a sua extensão não tem mais de 50cm de profundidade mas em alguns pontos o fundo parece de desaparece, vendo-se um redondo buraco negro. Neste meio aparentemente difícil para viver encontrámos uns bichitos parecidos com crustáceos que aqui abundam, servindo inclusivamente de alimento para os flamingos e que lhes dão a cor rosadas (destes apenas vimos alguns ao longe).

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16:23 Último Algarrobo (árvore) do Salar de Atacama (esq.) e Laguna Cejar: 16:38 (centro esq.),16:39 (centro dir.) e 16:40 (dir.)

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Laguna Cejar: 16:46 (esq.), 16:53 (centro) e 17:04 (dir.)

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Laguna Cejar: 17:03 Crustáceos (esq.), 17:04 Crustáceos (centro esq.), 17:18 (centro), 17:22 (centro dir.) e 17:23 (dir.)

Seguimos para dois poços cuja origem não se tem a certeza ser natural ou humana devido à sua simetria verticalidade e profundidade. A estes chamam os Olhos do Salar de Atacama. À semelhança da laguna de Cejar a Mónica também mergulhou.

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Ojos del Salar: 18:07 (esq.) e 18:18 (dir.)

Por fim dirigimo-nos ao último ponto, mais uma lagoa mas com localização estratégica, onde o reflexo das montanhas envolventes é perfeito nomeadamente ao pôr do sol. Tivemos novamente direito a Pisco Sour, agora acompanhado de alguns snacks. Enquanto disfrutávamos da paisagem fomos conversando com o guia, o qual descobrimos estar apenas de passagem por San Pedro de Atacama, estando a realizar uma longa viagem de bicicleta com destino final no Alaska, tendo feito uma paragem para juntar mais algum dinheiro. Acabámos por falar dos nossos dotes culinários e este ficou muito entusiasmado propondo fazermos algo juntos, coisa pouco provável pois aparentemente este não tinha disponibilidade nesta noite e já seguiríamos viagem pela manhã do dia seguinte.

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Espelho de Água: 18:57 (esq.) e 18:59 Licancabur (dir.)

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Espelho de Água - Pôr-do-Sol: 19:21 (esq.), 19:21 (centro esq.), 19:27 (centro dir.) e 19:29 (dir.)

Chegados ao hostel começámos a cozinhar massa com legumes e queijo tendo sido surpreendidos pela namorada do Augusto que nos vinha convidar para jantar. Acabámos de cozinhar, deixando uma doze para o nosso amigo mexicano e seguimos com o tacho até sua casa. Passámos uma agradável noite com este e seus amigos. Pediram-nos para fazer leite creme, e fizemo-lo mas, pela primeira vez o resultado não foi o melhor: o gosto ficou mas em vez de creme podíamos beber o pudim... aparentemente nem nós nem o Augusto sabemos fazer leite com leite em pó.

11/09/2012

Acordámos cedo para fazer as malas à pressa antes de apanhar o autocarro até Salta na Argentina, dando pela falta das sementes trabalhadas e nossa navalha.

Mais uma vez com atraso considerável chegou o autocarro e seguimos de volta à Argentina.