domingo, 8 de novembro de 2009

Apanha de Cogumelos

Este ano fomos apanhar cogumelos umas semanas mais cedo que em 2008. Como fomos mais cedo e para um lugar diferente encontrámos outros cogumelos. Infelizmente chovia e tinha chovido no dia anterior pelo que quase não se encontraram cogumelos em bom estado e dos que se viu poucos eram comestíveis. Apanhámos apenas alguns Frades ou Xouteiros (foto da esquerda).

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Quando chegámos ao carro já não chovia e como ainda era bastante cedo acabámos por fazer uma pequena caminhada antes de voltar ao Porto.

domingo, 1 de novembro de 2009

Almeida – Forte de Almeida

“Iniciadas em 1641 pelo Governador das Armas da Província da Beira, Álvaro Abranches, as suas obras monumentais só estariam concluídas no final do século XVIII com o Conde de Lippe. (…)

No século XIX, durante o período das Guerras Liberais (1832-1834), mais uma vez a Praça-forte de Almeida foi palco de confrontos pela sua posse, que se alternou entre Absolutistas e Liberais, tendo as suas casamatas servido como prisão para mil e quinhentos prisioneiros políticos.

No século XX, apenas em 1927 é que a fortaleza deixou, definitivamente, de exercer funções militares. O conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional pelos Decretos 14.985, publicado em 3 de Fevereiro de 1928, e 28.536, publicado em 22 de Março de 1938.” (in http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a-forte_de_Almeida)

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Exterior do Forte 31-10-2009

Após um fim de semana fantástico e de muitas emoções não nos esquecemos na volta de fazer uma pequena paragem para entrar nas muralhas labirínticas do Forte de Almeida.

Aproveitando ainda os poucos minutos de bom tempo e de luz solar que nos restavam, pudemos apreciar a imponente muralha de diferentes níveis em forma de estrela com 12 pontas.

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Interior do Forte 01-11-2009

Finalmente após termos feito e visitado tudo como planeado com condições atmosféricas favoráveis, entrámos no carro de volta ao Porto. Poucos minutos depois começou a chover copiosamente, tendo-se prolongado por toda a noite.

La Fregeneda - Barca D’Alva (Caminho de Ferro)


Local: La Fregeneda (Espanha); Dificuldade: Média; Extensão: 17 Km; Tempo: 6h 00m; Tipo: Linear

Depois de mais de um ano após termos percorrido Barca D’Alva – Pocinho lá decidimos cumprir o prometido e seguir pelo caminho-de-ferro entre La Fregeneda e Barca D'Alva. Apenas à enésima tentativa e após vários adiamentos, conseguimos quórum suficiente entre os amigos e seguimos 4 bravos e inconscientes em direcção a Figueira de Castelo Rodrigo para um fim-de-semana de aventura. Com a chegada do Inverno e a mudança de horas tornou-se necessário começar bem cedo para aproveitar as poucas horas de luz.

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Estação La Fregeneda 8H45

Embora a ideia inicial fosse de apenas fazer o percurso pelo caminho-de-ferro, para aproveitar a proximidade de Freixo de Espada-à-Cinta, gozar o fim-de-semana ao máximo e arranjar forma de convencer mais gente a aceitar o convite, decidimos incluir no pacote a bela Calçada de Alpajares.

Depois de testadas as condições físicas dos nossos companheiros e de um merecido descanso na pensão Bago D'Ouro, Domingo seguimos num carro da mesma em direcção à vila espanhola, conduzido pelo motorista de nome tipicamente português “Andrés”.

8H45 marcava o relógio quando chegamos à estação de comboio de La Fregeneda. Nesta um sinal avisava do perigo relativo ao estado das pontes o que aumentou exponencialmente a nossa confiança… antes que o estado destas piorasse mais um bocadinho decidimos avançar.

Para começar um “pequeno túnel”… já se via a luz ao fundo mesmo antes de entrar pelo que pensámos em nem utilizar as nossas lanternas … 10 minutos depois (já de lanternas ligadas) ainda se via a luz ao fundo do túnel sem ter aumentado de dimensão (parecia que estávamos nos desenhos animados do Tsubasa nos quais os jogadores de futebol corriam corriam e nunca mais chegavam à linha meio campo que ia aparecendo vagarosamente no horizonte). A expectativa era grande tanto de chegar ao fim como de ver morcegos que com pena nossa não havia neste túnel. Á saída (ao fim de 2 km), depois das pupilas se ajustarem à luz ofuscante, os vales e as montanhas típicas do Douro recebiam-nos com a sua grandiosidade…

Túnel 1, pequena ponte 1, túnel 2 e túnel 3…. um cheiro nauseabundo, primeiro de cão molhado, depois de animal em decomposição, nos indicava a presença dos tão esperados morcegos. A avaliar pelas montanhas de guano (caca) que ocultavam a linha, deveriam existir enormes colónias de morcegos … finalmente encontrámos apenas dois grupinhos todos encavalitados, que saiam do seu nicho sem rumo, alguns direitinhos a nós…lá seguimos entre morcegos, guano, baratas, linha de caminho-de-ferro, lajes de pedra, paredes construídas pelo homem e paredes naturais. No fim do mais emocionante túnel do percurso encontrámos o rio Águeda…

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morcegos …                                                            e mais morcegos

…seguindo o rio chegamos à primeira ponte de vão considerável… a adrenalina subiu exponencialmente… ora portanto uma ponte muito alta sendo que no lado esquerdo temos um perfil metálico com 20cm de largura e uma guarda a meio metro de distancia e no lado direito umas tábuas com meio metro de largura e estado duvidoso (tirando as que estavam podres ou queimadas… tudo bem)… lá fomos dois de um lado e dois do outro seguindo pé ante pé até esta se encontrar novamente com a terra!!! Nos céus sobrevoava em círculo um bando de grifos parecendo contar até 4 na expectativa de um pequeno-almoço gratuito… Após este primeiro choque parámos para acalmar um pouco e conversar um pouco sobre como estariam as seguintes pontes e se conseguiríamos chegar ao fim.

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Ponte 1 - 10H20

Túnel 4… à saída e ainda com o ritmo cardíaco acelerado… a ponte 2… e os grifos cada vez em maior número a seguirem cada passo…
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Túnel 4 – 10H43 ...                           ponte 2 - 10H50

Túnel 5, túnel 6 e … ponte 3, esta em curva… mais uma vez dividiu-se o grupo e dois seguiram pelo lado interior e dois pelo exterior… que bela surpresa tiveram os últimos quando se aperceberam que a curva era constituída por 3 troços completamente desligados no passadiço e guardas metálicas, chegando a separação a ultrapassar meio metro. Nada que não se conseguisse passar mas com duas grandes passadas e um dose de elasticidade (homem 3; grifos 0) …

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Ponte 3 - 11H04

Até este ponto já tínhamos visto de tudo sendo a confiança tal que as pontes passavam rápido sob os nossos pés (os mais pequenos é que tinham de andar um pouco tortos para conseguirem tocar nas guardas) … Túnel 7, 8, 9 , 10, pequena ponte 2, túnel 11 e 12, ponte 4 (mais longa e alta de todas constituída por metade em pedra e outra metade em estrutura metálica), túnel 13, 14 (lugar para o desejado pic-nic) e 15, ponte 5, pequena ponte 3, mini ponte 1 (zona com 30cm de linha sem terreno por baixo) , túnel 16, grande ponte 6, túnel 17 e 18, ponte 7, túnel 19 e 20 (último) ….

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                 Ponte 6 – 12H17 …                                              nem ponte nem túnel – 14H12 …                      e ponte 9 - 14H43

PONTE 8 a qual já havia sido testada no dia anterior com passada vagarosa e insegura substituída agora por um passo de trote quase galope sem qualquer recurso aos membros superiores (pudera pois parecia nova comparando o seu estado com o das outras pontes) …

por fim após 20 Túneis e 11 Pontes chegámos à primeira estação de Portugal – Barca D’Alva.

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Ponte 11 – 15H01 …                     e Estação de Barca D'Alva – 15H21       

Importa aqui lembrar aos leitores que embora nos refiramos a pontes por simplificação da escrita, apenas uma das estruturas (a última) servia para transpor uma linha de água (neste caso o rio Águeda) e portanto apenas essa deveria ser chamada de ponte. Este comentário serve também para demonstrar alguma credibilidade junto da nossa classe profissional.