sábado, 26 de janeiro de 2008

Valença - Trilho do Castelo da Furna

Características do Percurso (adaptado de pedestrianismo.blogspot.com)
Local: Valença; Dificuldade: Moderado; Extensão: 14 Km; Tempo: 4h 30m; Tipo: Circular

O trilho começa junto à Casa da Cultura que alberga um museu rural serrano onde se guardam objectos ligados à agricultura, pastorícia e exploração mineira do volfrâmio. Nas proximidades é possível observar vários sarcófagos (sepulturas escavadas na rocha). O percurso encaminha-se pela encosta da serra de São Lourenço, com passagem pelos vários núcleos de gravuras rupestres, até alcançar os aglomerados de casas graníticas de Melim e Quebrada, já na freguesia de Sanfins. Daqui o trilho segue até à Furna, pelos vastos montes, onde domina a pastorícia de cavalos garranos, semi selvagens e de cabras. Já na Furna é possível observar o imponente aglomerado rochoso e as marcas do que foi um castelo medieval natural. A magnitude do espaço, as inúmeras saliências das formações rochosas, as grutas, os pontos de interesse arqueológico e as múltiplas lendas associadas fazem deste lugar um espaço de singular beleza. Do castelo restam apenas as marcas das traves nas rochas e as memórias históricas do que foi a sede do Julgado de Froião que abarcava Paredes de Coura e a parte norte de Valença, na época Medieval. De regresso ao trilho, pelas encostas da Serra de São Lourenço, é possível observar grande parte das serranias do Minho e do sul da Galiza, sempre acompanhados por grupos de garranos. O percurso desce a serra e é chegando a Taião de Baixo que nos deparamos com o mais significativo Relógio de Sol de Valença, mesmo junto a vários sarcófagos. Um Relógio de Sol muito ligado à vida desta aldeia serrana e onde se davam as horas por um corno de carneiro dai o nome de Horas do Corno. O percurso termina onde mesmo começou, junto ao Museu Rural de Taião.


Subida de 1ª categoria :) 10:43
Como já nos tinham informado, é costume do nosso grupo associar-se, de vez em quando, ao grupo de pedestrianismo de Viana do Castelo. Parecia um batalhão, mais de 30 pessoas a caminhar pelo monte acima. Apesar das muitas referências a garranos por todo o percurso foram poucos os cavalos que vimos, ficando a fauna mais marcada pela praga de processionárias, que tornava quase impossível andar sem calcar um ou outro carreiro delas. Em termos de paisagem é um percurso muito bonito, principalmente o Castelo da Furna, com algumas formações rochosas de forma singular. Como aspecto negativo apresentamos a marcação do percurso depois do castelo, sendo difícil dar com o trilho. Apesar de gostarmos de caminhar acompanhados, consideramos um grupo de 30 pessoas já um bocado grande demais, não dando para conversar com todos. Quanto às horas, o percurso teve início às 10:12, acabando às 16:17. Depois do percurso visitámos Museu Rural de Taião.
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Processionárias 11:08++++++++++++++++++++++++Castelo da Furna 12:04
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Castelo da Furna 12:10+++++++++++++++++++++++Castelo da Furna 13:19+++++++++

domingo, 20 de janeiro de 2008

Caminha - PR3CMN Trilho do Cabeço do Meio Dia

Características do Percurso (adaptado de panfleto Celtas do Minho)
Local: Caminha; Dificuldade: Fácil; Extensão: 8 Km; Tempo: 3h 00m; Tipo: Circular

Este percurso tem início junto à pequena capela de culto a St.º Antão, na povoação mais alta da Serra d’Arga – Arga de Cima. O respectivo ponto de partida localiza-se, no entroncamento da estrada de alcatrão e do caminho florestal. Seguindo por este caminho e virando, pouco depois, à esquerda, percorremos um trilho de pastores que nos conduzirá a um abrigo de caçadores de lobo. Daqui seguimos o trilho que desembocará na estrada florestal. Passado algum tempo, deixamos esta estrada florestal para atravessarmos o ribeiro de Pombas e aproveitamos para visitar o Moinho das Pombas de Baixo. Alguns metros à frente viramos à direita para seguirmos um caminho lajeado que nos levará ao Moinho Velho. Continuando a descer, desembocamos num caminho florestal, o qual nos conduzirá ao Moinho Novo. Daqui, rumamos em direcção ao lugar de Varziela que faz parte do território da povoação de Arga de Baixo. Visitado o pequeno lugar, iniciamos uma curta ascensão por uma estrada florestal que nos levará ao Cabeço do Meio-Dia, que ostenta 550 metros de altitude e de onde podemos apreciar uma fantástica vista panorâmica da Serra d’Arga. Retomando o mesmo caminho, agora em sentido descendente e chegados ao lugar de Varziela, seguimos o caminho que nos conduzirá à Ponte de Porto Carro e ao Moinho de Baixo. Regressamos ao caminho para, seguindo para montante o ribeiro da Arga, visitar, desta forma, a bela Ponte e Moinho das Traves. Deste local, seguimos pela estrada florestal, em direcção a Arga de Cima, visitando, pelo caminho, o Moinho da Fíchua e o lugar da Gândara. Pouco depois, no regato da Fraga, encontramos, à nossa direita, os Moinhos da Gândara e, escassos metros à frente e cruzando o regato, um interessante elemento de inestimável valor do património arquitectónico e etnográfico da Serra d’Arga – o Pontão do Lobo. Aqui, no Pontão do Lobo, termina este belo percurso, por terras de Caminha.

Haviam já passado quase dois meses desde a última caminhada quando chegou novo convite para passear, nada melhor para desgastar o peso ganho em todas as festas de Dezembro. Ainda com o Gerês na memória, estávamos com as expectativas muito elevadas para o passeio seguinte. O programa definido foi o seguinte: "dar um salto à Serra d'Arga e fazer um percurso entre as Aldeias de Arga de Cima e Arga de Baixo". Compareceram 7 pessoas à chamada.
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Mosteiro de São João d'Arga 10:16+++++++++++++++++++++++++++++Ponte de Pedra 14:25++++++++
Antes de começarmos a caminhar passámos pela aldeia de Arga de São João, pelo Mosteiro de São João d'Arga, onde têm início outros dois trilhos pedestres: Pela serra d'Arga e PR12 Trilho da Pedra Alçada. Dirigimo-nos então à capela de culto a St.º Antão, em Arga de Cima afim de começar o percurso (10:40). Logo no início se começou a ouvir água, não sendo preciso andar muito para ver a primeira cascata de muitas. Junto a estas normalmente encontrava-se um moinho. Ao longo da margem do rio, numa das zonas mais íngremes, encontrava-se uma construção muito curiosa, toda em pedra, em forma de canal, que transporta a água utilizada num moinho, a cota superior, para outro mais abaixo. A juntar a esta estavam as fantásticas pontes de pedra que tivemos de atravessar e, no fim do percurso, o Pontão do Lobo (16:59).
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Cascata 15:15++++++++++++++++++++++++++++++++O encontro de dois solitários 16:07++
Quanto aos bichinhos, o facto de passarmos por tanta água fez com que conseguíssemos ver uma minúscula e frágil rã, que apresentava a curiosidade de ter um membro amputado. Além desta viam-se por todo o lado as peludas irritantes e destruidoras processionárias que, tirando estes factos, são engraçadas quando se movimentam em fila indiana.
Concluindo, as grandes expectativas iniciais foram até superadas por este belo percurso. Não apresenta as majestosas paisagens do Gerês mas compensa com os muitos cursos de água e construções humanas adjacentes a estes.
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Curiosa construção em pedra 16:16+++++++++++++++++++++++++++++++Pontão do Lobo 16:51++++