quarta-feira, 25 de julho de 2012

AS - 6,5/13 - Galápagos VII - Isla Santa Cruz - Fundação Darwin e Tortuga Bay

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2012/07/03

Chegados de Isabela tínhamos como objectivo para este dia duas visitas a outros tantos destinos turísticos de Santa Cruz, cada um deles não muito longe do centro de Puerto Ayora.

Antes disso fomos procurar novo lugar onde dormir e encontrámos ao mesmo preço mas com muito melhor aspecto e internet wifi, no Hotel Flamingo.

Dirigimo-nos primeiro à Fundação Darwin, sede de muitos dos estudos realizados sobre as Galápagos, onde também existe um centro de criação de tartarugas e iguanas terrestres.

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08:45 Pelicano Castanho - pelecanus occidentalis (esq.), 09:42 Placard indicativo do Percurso de visita à Fundação Darwin (centro esq.), 10:20 Pássaro - Nesomimus parvulus (também endémico das Galápagos) (centro dir.) e 10:43 Iguana terrestre - conolophus subcristatus (dir.)

Vimos tartarugas adultas de diferentes espécies, as iguanas, mas demorámos um bocado a encontrar as crias pois localizam-se nas traseiras de um edifício abandonado.

Junto a um pequeno quiosque (onde se vende comida) é o local ideal para observar as diferentes espécies de tentilhões de Darwin.

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Tentilhões de Darwin: 10:08 (esq.), 10:09 (centro esq.), 10:18 (centro dir.) e 15:29 (dir.)

Embora as espécies de tartarugas se distingam principalmente pelo seu tamanho e forma da carapaça as crias de todas são similares até atingirem a idade adulta. No centro as tartarugas bebés são mantidas em local fechado, separadas por espécie, até a um certo tamanho ou idade (quando já não são atacadas por ratos ou pássaros), sendo depois juntas até atingirem 10 anos ou 30cm de carapaça e posteriormente colocadas em liberdade. Como tal, para fazer a sua distinção, são utilizadas cores diferentes na numeração das tartarugas.

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Crias de Tartarugas Terrestres - chelonoidis nigra: 11:17 (esq.), 11:19 (centro) e 11:38 (dir.)

Neste centro vivia a tartaruga terrestre mais famosa de todas, Lonesome George, último espécime conhecido da espécie natural da ilha de Pinta -  chelonoidis nigra abingdoni - que não tivemos oportunidade de ver pois morreu dia 24 de Junho, extinguindo-se assim mais uma espécie do planeta. Este já vivia há algumas dezenas de anos no centro, tendo sido tentado, sem sucesso, o acasalamento com fêmeas de outras subespécies. Em todo o caso parece haver ainda alguma réstia de esperança pois, por análise de DNA, descobriu-se existirem jovens tartarugas numa população da ilha de Isabela que são descendestes diretos de tartarugas de Pinta...também se descobriram descendentes da tartaruga de Floreana que se crê extinta há mais de um século...

Mais sorte teve outra espécie, natural da ilha de Espanola - chelonoidis nigra hoodensis - de onde foram resgatados e trazidos para o centro os 13 espécimes remanescentes (11 fêmeas e 2 machos jovens). Ao principio a reprodução não foi bem sucedida mas com a descoberta de um terceiro macho (adulto) no Zoo de San Diego, USA, tudo mudou, contando apenas este com mais de 2000 descendentes até ao dia de hoje. Tivemos oportunidade de ver o Super Diego, agora atração principal do centro assim como duas fêmeas e bastantes dos seus minúsculos descendentes. Note-se que os primeiros já foram colocados em liberdade no lugar onde pertencem, Ilha Espanola.

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Tartarugas Terrestres de Espanola - chelonoidis nigra hoodensis: 10:38 Fêmea (esq.) e Super Diego: 10:42 (centro) e 11:47 (dir.)

Acabada a visita pelo centro seguimos até um restaurante perto do nosso novo hotel, onde comemos arroz com menestra (lentilhas guisadas) e filete de peixe, acompanhado de um sumo e sopa.

Com o equipamento de snorkel debaixo do braço iniciámos o percurso até Tortuga Bay (ver traçado do percurso), ida e volta pelo mesmo caminho com um total de 4,6 km, passando por uma zona de arbustos e na parte final num longo areal de duas praias: primeiro a brava e depois a mansa, fazendo o mar em ambas jus aos próprios nomes. Na primeira praia é desaconselhada a prática de qualquer atividade náutica, na segunda, o contrário. A parte mais alta do areal encontra-se vedada pois é o local de nidificação de tartarugas marinhas e iguanas.

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13:55 Placard indicativo do percurso a Tortuga Bay (esq.) e Iguanas marinhas - amblyrhynchus cristatus: 14:39 (centro) e 14:42 (dir.)
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Tortuga Bay: 14:58 Playa Mansa (esq.) e Playa Brava: 16:46 (centro) e 16:47 (dir.)

Aqui a Mónica tentou fazer snorkel avistando areia... mais areia... e ... ainda mais areia... ao mesmo tempo o Nuno (em terra) avistava um grupo de pequenas raias numa das pontas da praia, a meio metro dele.

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Tortuga Bay - Playa Mansa - Raias: 15:07 (esq.) e 15:08 (centro e dir.)

No final do dia voltámos ao hotel para um banho saindo para jantar numa rua totalmente preenchida por pequenos restaurantes de rua, cujas mesas à noite são colocadas em plena estrada (obviamente cortada ao trânsito), onde comemos espetadas de frango.

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