Chegou a hora da nossa terceira aventura fora de Portugal, novamente por três semanas, novamente para a América Latina, agora para um país quase desconhecido em Portugal, de onde se conhece pouco mais que o futebolista Erwin Sanchéz … a BOLÍVIA
Foi um destino decidido quase à última hora mas ainda conseguimos que dois dos nossos amigos se juntassem à expedição… Pedro e António.
Na roleta das viagens pela internet calhou-nos uma demorada travessia e com muitas paragens: Porto – Lisboa – Funchal – Caracas (Venezuela) – Lima (Peru) - La Paz (Bolívia) … com 6 voos e 4 capitais num só dia.
Poucos dias antes da viagem juntaram-se todos os participantes para as habituais compras de equipamento, consulta do viajante (para nossa sorte já tínhamos todas as vacinas necessárias, escapando ao aumento exponencial de preço das mesmas. O Pedro e o António não puderam dizem o mesmo), preparação de malas.
Dia 1 _-_04/06/2011 _-_ OPO-LIS
Ao fim da tarde fomos para o aeroporto voando entre as 20:05 e as 20:50 de Porto a Lisboa no avião EMBRAER ERJ145 da Portugália, denominado Brigão.
Antes do Check-in no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (esq.), Embarcando no Brigão (centro) e A caminho de Lisboa, voando sobre Matosinhos, Porto e Gaia (dir.)
Chegados ao aeroporto de Lisboa recolhemos a bagagem uma vez que necessitávamos dos sacos cama para dormir. Não encontrámos nenhum lugar onde fazê-lo em segurança ou minimamente confortável. Como também não havia onde jantar, e embora faltasse muito para abrir o check-in da viagem seguinte, perguntámos se era possível despachar já as malas para podermos passar à zona de embarque, o que nos foi acedido. A nós deram-nos bilhetes até Caracas, mas as mochilas já seguiriam até ao destino final, La Paz.
Informaram-nos que a sala de embarque só abriria depois da meia noite e como tal aproveitámos para jantar algo no único restaurante que encontrámos. Escolhendo todos como última boa refeição portuguesa, um arroz de pato. Houve ainda que beber uns sumos que o Pedro trazia para que não os confiscarem no raio-x.
Chegados à zona de embarque encontrámos uns bancos almofadados onde montámos o estaminé e passámos a noite.
Aposentos no Aeroporto da Portela
Dia 2 _-_05/06/2011 _-_ LIS-MAD-CCS
Pela manhã voámos até ao Funchal no Airbus A330-200 CS-TOK com o nome Padre António Vieira.
Na madeira foi necessário sair do avião para limpeza dando-nos a informação de que quem seguisse para Caracas deveria esperar ao fundo das escadas do avião… assim fizemos mas quando reparámos éramos só 3, faltava o António. O Pedro foi até ao autocarro chamar por ele, ficando todos os ocupantes a olhar para ele mas do António nada… nem tínhamos saído de Portugal e já nos faltava um, logo o mais preocupado com a viagem. Outro autocarro chegou para levar-nos ao aeroporto, onde já estava à nossa espera o fugitivo.
Ás 12:20 saímos no mesmo avião em direção a Caracas onde aterrámos perto das 14:50. Estávamos um pouco preocupados com o pouco tempo de escala, pois ainda teríamos de passar pelas imigrações, onde havia muita gente e fazer novo check-in.
Um senhor da Taca Airlines andava a perguntar por quem seguia para Lima ou La Paz. Quando nos aproximámos levou-nos até ao guiché da Taca onde já tinham os nossos bilhetes, saltando assim toda a fila de emigrações.
Num airbus A321 voamos para Lima, onde a transferência ocorreu sem problema para um A320 onde nos calhou sentar junto da casa de banho de onde saía um cheiro horrível que tivemos de sofrer toda a viagem.
Ao chegar a La Paz tivemos a grande surpresa de encontrar apenas algumas malas na passadeira mas nenhuma das nossas.
Fomos perguntar e saber quando e como veríamos as nossas malas. A nossa ideia era viajar já nessa noite para Santa Cruz mas como nos disseram que a bagagem viria no mesmo voo no dia seguinte decidimos adiar. Ficámos de dar uma morada para entrega uma vez que nem sabíamos onde iriamos passar a noite. Ainda tentámos que nos dessem algo de compensação mas o melhor que conseguimos foram dois (e não 4) estojos de toilete, por sinal bastante completos.
A nossa sorte não melhorava… depois de o Nuno ter descoberto já em Lisboa que tinha deixado o seu multibanco em casa, a Mónica tentou levantar dinheiro em todas as máquinas, sem qualquer sucesso… ao menos o Pedro conseguiu algo.
Apenas pelas duas da manhã saímos do aeroporto, apanhando um táxi até ao centro para conseguir onde dormir. No primeiro hostel ninguém atendeu, o segundo estava cheio, sendo o terceiro o Hotel Morumbi. Demoraram mais de 10 minutos para abrir a porta e o preço estava bem acima do previsto (mas com pequeno almoço incluído), mas devido ao cansaço e à hora aí ficámos.
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