05/09/2012
Chegámos à Fronteira (lado Boliviano) mais cedo que o previsto. Apesar do motorista o tentar evitar, o nosso autocarro foi invadido por muitos vendedores de bilhetes para todos os lados da Argentina, muitos mas nenhum para onde queríamos... Tilcará.
Pela informação aqui obtida seria mais económico atravessarmos a fronteira por nossa conta e depois apanhar um autocarro local para o nosso destino de onde tentaríamos averiguar a ida direta para San Pedro de Atacama, no Chile.
6:27 Saída da Bolívia (esq.) e 6:27 Entrada Argentina (dir.)
Fomos ao terminal e encontrámos transporte. Seguimos então para Tilcará em 4 horas de viagem. Chegados a Tilcará, demo-nos conta que os autocarros para o Chile não passavam diretamente por aqui mas era possível comprar os bilhetes até São Pedro de Atacama, com passagem na vila próxima de Pumamarca, pelo que decidimos ficar uns tempos pois havia ainda bastante que visitar. Só o caminho de chegada pela quebrada Humahuaca e a própria localização da vila tem interesse, principalmente pelas formações rochosas respectivas variedade de cores e pelos cactos (Cardones), que dão madeira para a construção local.
Fomos ao posto de turismo e depois procurar lugar para dormirmos. Já alojados no hostel El Cardón, seguimos até ao restaurante mais barato que encontrámos, comendo um enorme menu de bife de alpaca grelhado, com pizza e empanada de entrada, sopa pão e sobremesa... simplesmente delicioso.
Reservámos os bilhetes para San Pedro de Atacama e para aproveitarmos o tempo, fomos ao museu de arqueologia local cuja entrada é comum às ruínas de Pukara, a visitar no dia seguinte. Por sorte, neste caso, na Argentina nunca há troco em lugar nenhum e só pelo facto de pagarmos o valor certo fizeram-nos o preço de Argentino, metade. Aqui as lojas preferem inclusivamente não vender algo que tentar procurar troco ou quem lhes troque uma nota nas raras moedas locais.
Fomos às compras e ao jantar voltámos a fazer, dois meses depois, um leite creme, que partilhámos com o dono do hostel, músico de profissão e que nos prometeu avisar se tivesse concerto nos dias seguintes.
06/09/2012
Saímos a pé do hostel seguindo as indicações do nosso GPS que nos levaram à Garganta do Diabo. Aqui pagámos a entrada e ofereceram-nos um prospecto do local. Visitámos o desfiladeiro e seguimos até à cascata.
Mapa Percurso: 20120906 AS-ARG Tilcará GargantaDelDiablo-Cascada-Pukara
Distância Total: 10,8 km (começo no centro de Tilcará e término à saída de Pukara)
Dia 05/09/2012 16:24 Igreja Tilcará (esq.) e Dia 06/09/2012 10:29 Garganta del Diablo (centro) e 11:07 Cascata (dir.)
Retorno percurso à Garganta del Diablo: 11:57 (esq.), 11:58 (centro) e 11:59 (dir.)
Não nos apetecia voltar pelo mesmo caminho e no GPS tínhamos uma alternativa que inclusivamente tínhamos visto enquanto fazíamos o caminho mas, faltáva-nos o acesso. Sabíamos que o trilho estava a menos de 50 metros em planta mas só víamos as paredes do desfiladeiro à frente. A solução seria escalar... assim fizemos.
Quase a chegar a Tilcará desviámos às ruínas de Pukará onde nos deram mais um prospecto. Começámos a visita, mas cedo nos desanimámos: primeiro pois muito do que existe foi reconstruído, não se sabendo a fidelidade ao traço original dessa reconstrução; mas principalmente porque no topo foi construído um monumento em memória dos arqueólogos pioneiros no local, destruindo-se para o efeito alguns dos edifícios originais, para utilização da pedra e uma praça Inca. Não fosse suficiente destruir-se vestígios arqueológicos para a construção de algo em memória de alguém que lutou contra isso mesmo, o monumento representa uma pirâmide truncada, que nada tem a ver com as antigas culturas do local.
13:23 Habitação Pré-Inca (esq.) e 13:31 Monumento em homenagem aos Arqueólogos que trabalharam no local (dir.)
13:39 Corrais para Lamas (esq.), 14:07 Interior de casa Inca e interior de teto (centro) e 14:23 Fóssil de planta (dir.)
14:25 Centro cerimonial (esq.) e 14:40 Cemitério (dir.)
Talvez ainda com mazelas dos 9 dias de caminhada em Cusco os nossos pés não aguentavam muito mais, por isso fomos para o hostel onde passámos o resto do dia.
Ao fim do dia o dono Rene, não tendo concerto marcado acabou por tocar um pouco para nós, umas belas melodias andinas, na sua quena (flauta).
07/09/2012
Saímos em direção ao terminal mas por 15 minutos perdemos o autocarro a Purmamarca e tivemos de esperar 2 horas pelo seguinte.
Chegados a Purmamarca foi a sequência do costume: posto de turismo, busca de lugar onde dormir, pequeno passeio pela vila e caminhada pelo cerro colorado no sopé do qual foi erigida a vila. É uma caminhada curta mas as cores das montanhas são simplesmente fantásticas.
Mapa Percurso: 20120907 AS-ARG Purmamarca CerroColorado
Distância Total: 2,8km
15:11 Iglesia de Pumamarca (esq.), 15:17 Vila e Cerro (centro) e 15:36 Cerro Colorado (dir.)
Cerro Colorado: 16:00 (esq.), 16:01 (centro) e 16:05 (dir.)
Aqui encontrámos um mexicano, Eric, que tínhamos conhecido no hostel El Cardón de Tilcará e com quem seguiríamos viagem no dia seguinte a San Pedro de Atacama.
08/09/2012
Acordámos cedo para fazer todo o caminho a pé até à paragem do autocarro. A luz do nascer do sol nas montanhas do cerro colorado realçava ainda mais o contraste das suas cores.
Cerro Colorado: Dia 07/09/2012 16:15 (esq.) e Dia 08/09/2012 8:16 (centro) e 8:28 (dir.)
Esperámos quase duas horas pelo bus quase sempre na companhia do Eric, ao fim de 3 dias ainda nos conhecíamos apenas pelas nacionalidades.
2 comentários:
Ola viajantes!
Ja vao longe ;)
Uma pergunta, aonde estarao no final de Outubro, inicio de Novembro??
Será que ja estao por Patagonia?
Bjs e abracos!
Boa sorte.
Daniel
Olá,
Sim, é nossa ideia andar por aí, para já não sabemos exactamente onde mas havemos de saber.
Queres juntar-te?? Seria um prazer :)
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