domingo, 16 de fevereiro de 2014

AS – 11/13 – Uruguai II – Montevideu e Piriapolis

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Foi a vez de visitar a capital uruguaia e muitas alterações de planos...

02/02/2014

Chegando ao terminal conectámo-nos à internet para saber a morada do nosso anfitrião e pedimos um mapa e indicações de como lá chegar. O Manuel abriu-nos a porta pousamos as coisas e pouco tempo depois saímos de passeio. Primeiro passámos pelo parque prado onde vimos algumas casas com bonitos, resistentes, impermeáveis e baratos tectos de palha.

Logo de início deu para ver que mesmo sendo uma capital não havia o stress normal... bastava aproximar-nos de uma passadeira para que os carros parassem, pode-se pedir indicações a qualquer pessoa na rua que esta responde amavelmente e ainda há bastante gente que cumprimenta. Note-se que o Uruguai embora com o dobro  da área de Portugal, apresenta apenas uma população de pouco mais de 3 milhões de pessoas.

Depois seguimos para a rambla (costaneira ou marginal) onde muita gente vai pescar, passear os animais, nadar, fazer exercício ou apenas descansar na margem no Rio del Plata.

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18:48 Igreja de los Carmelitas (esq.), e La Rambla: 20:22 (centro) e 20:41 (dir.)

O Manuel informou-nos da possível existência de um ensaio de uma trupe de bombos para as futuras festas... aí fomos... primeiro vimos a banda passar afinando os passos e, depois de aquecerem os tambores ao fogo foi a vez de dar a volta ao quarteirão sempre seguindo a música... com som e atmosfera incríveis. O Candombe, assim se chama a música, tem um grande trajeto histórico e nasce por ser a única manifestação permitida aos escravos.

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Candombe: 21:01 (esq. e centro esq.), 21:29 (centro dir.) e 21:30 (dir.)

O Manuel disse-nos também que Quinta e Sexta feira seguintes, seriam dias de desfile e de competição, não de uma mas de 50 trupes. Não estava nos nossos planos ficar tanto tempo em Montevideu mas se adorámos o ensaio de uma trupe, e sem os trajes festivos, o que vinha prometia... alterámos os nossos planos... em vez de seguir pela margem até à foz do Rio del Plata e subir pela costa atlântica, decidimos visitar o centro e sair da capital por uns dias, chegando onde chegássemos, e voltando Quinta para as Llamadas.

03/02/2014

Saímos pela manhã em direção à cidade velha e ao centro que visitámos até meio da tarde, passando pela catedral, mercado del puerto, agora convertido em restaurantes e marisqueiras, aduana, palácio salvo e palácio legislativo.

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13:17 Fonte (esq.), 13:24 Mercado del Puerto (centro) e 13:41 Aduana (dir.)
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14:05 Matriz (esq.), 14:40 Palácio Salvo (centro) e 16:06 Fuente de los Candados (dir.)
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Palácio Legislativo: 17:16 (esq.) e 17:18 (dir.)

No caminho de casa fomos de compras e para o jantar crepes...

 04/02/2014

Depois de todos nos dizerem e de já termos comprovado, que o Uruguai é um país muito calmo decidimos andar um pouco mais à boleia. Seguindo as indicações do Manuel, apanhámos um autocarro citadino que nos levou até à saída da cidade caminhamos um pouco na direção que queríamos e aí começámos a fazer dedo! Não foi nada fácil... os carros passavam rápido o sol queimava e tinhamo-nos esquecido do protetor solar...

Mas lá conseguimos... parou uma camioneta dizendo que avançava apenas 10km, até Atlântida... nem que fosse para sair um pouco mais da capital e para conhecer Atlântida aceitámos. Não foi apenas uma boleia, primeiro um passeio pelo povoado, pela costa para ver-mos as praias e por fim, antes de nos deixar de volta na estrada para seguirmos viagem, fomos todos ao mirador El Águila construída inicialmente como casa de praia de um milionário.

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Atlantida: 14:13 Praia (esq.), 14:15 Mirador el Aguila (centro) e 14:16 Mirador el Aguila (dir.)

Para entrarmos no carro seguinte nem levámos 5 minutos... um casal de Argentinos que se dirigia para Punta del Este, foz do Rio del Plata, cidade VIP e muito cara, e como tal não o local ideal para passar a noite... pelo que decidimos ficar por Piriapolis, Balneário do Mundo, assim sonhava o seu fundador Piria (alquimista, rico e talvez louco), enquanto desenhava e promocionava a venda de terrenos.

Fomos ao posto de informação pedir mapa e localizar parques de campismo e preços.

No caminho do parque encontrámo-nos com um senhor a cuidar de uma horta bem verde no meio do passeio... dois dedos de conversa sobre horta e construção natural e estava a mostrar-nos a sua casa/restaurante La Huerta de Martino. Á saída ofereceu-nos 4 tomates e basílico que ocupámos na confecção do jantar.

Montada a tenda descemos ao centro para passear pela Rambla até Punta Fria, passando pelas várias praias, conversando e pedindo dicas a alguns dos muitos pescadores que por aí tentavam a sua sorte, apreciando as várias construções, incluindo recentes, com teto de palha e ainda tentando pescar algo por uns meros 15 minutos e sem isco... o resultado era esperado... nada.

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16:51 Escaravelho (esq.) e 17:01 Cogumelos (dir.)
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17:02 Abelha (esq.), 18:26 Garça (centro) e 18:29 Pássaro (dir.)
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Piriapolis: 18:40 (esq.) e 18:41 (dir.)
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19:05 Corvo Marinho (esq.), 19:05 Pescadores (centro) e 19:06 Corvo Marinho (dir.)
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Casas com tectos de palha: 19:20 (esq.) e 19:35 (dir.)
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19:41 Costa (esq.), 19:48 Praia (centro) e 19:49 Praia (dir.)
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Pôr-do-sol: 20:11 (esq.), 20:32 (centro esq.),  20:58 (centro dir.) e 21:00 (dir.)

 05/02/2014

Desmontámos a tenda e saímos do campismo (deixando as mochilas) baixo sol ardente a caminho do Castelo (casa) de Piria, a 4km de distância, passando primeiro pelas ruínas da Igreja de Piria (nunca consagrada pela igreja e como tal nunca utilizada).

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12:03 Insecto (esq.), 12:33 Quincho (centro esq.) e Igreja de Piria 12:51 (centro dir.) e 12:53 (dir.)
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Castelo de Piria: 13:30 (esq.) e 13:45 (centro) e 14:32 Hotel Argentino (dir.)

Na volta ainda conseguimos boleia para o centro com um senhor que nos informava dever muito a Portugal pois o seu filho com leucemia curou-se com medula doada por um português anónimo, dizendo que somos todos feitos do mesmo pois a compatibilidade era de quase 100%, muito mais que qualquer membro da família.

Pelo calor era difícil fazer mais que nada... a Mónica ainda deu um mergulho mas passámos quase toda a tarde sentados debaixo de uma árvore, decidindo no entanto ficar mais uma noite.

Baixando a temperatura um pouco fomos comprar isco (camarão) e tentar a nossa sorte para o molhe. Fomos para um lugar aparentemente bom mas... nada, apenas estivemos a alimentar os peixes. Ao longe vimos um grande leão marinho a nadar... este foi-se aproximando e pôs-se ao nosso lado. Depois de alguns minutos fora de água na rampa que estava ao lado, olhando-nos como quem quer pedir algo, um senhor nos informou que nos encontrávamos no seu local de descanso. Daí saímos e ele subiu um muro de mais de 1 metro deitando-se exatamente onde estávamos.

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Leão Marinho: 18:36 Tentando comunicar (esq.), 18:40 Subindo o Muro (centro) e 18:49 Reclamando o seu posto (dir.)

Mudámos de posto e finalmente a Mónica sacou um peixe, indo perguntar se se comia... sim mas era muito pequeno por isso foi devolvido. Enquanto o Nuno seguia a dar de comer aos peixes a Mónica sacava outro, outra espécie mas mais pequeno... também devolvido. Por fim o Nuno pescou um, ganhando o prémio... de mais pequeno. Era a estreia para o nosso equipamento de pesca que tínhamos comprado em Chile Chico mas infelizmente foi também a última vez que o utilizámos porque ao final do dia, aparentemente um peixe maior levou tudo à Mónica. Deixámos os camarões que restavam a uma família que começava e pescar e fomos embora, já sob ameaça de chuva, com grandes relâmpagos no horizonte.

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Pescaria: 19:18 (esq.), 19:41 (centro) e 20:10 (dir.)

Decidimos ir jantar à Huerta de Martino, comendo um delicioso Calzone caseiro gigante, recheado com produtos da horta. Enquanto esperávamos a comida começou o dilúvio e não parou até acabarmos de comer, tornando a estrada num rio.

Aproveitámos uma aberta para ir até ao campismo, sem saber o que nos esperava... parecia um pântano... e voltava a chover copiosamente. Provavelmente por ver a nossa cara e já estarmos todos molhados a recepcionista do parque disse que havia uma cabana livre e que nos podia fazer o preço de acampar... impecável.

 06/02/2014

Havia que voltar a Montevideu mas não foi nada fácil.

Tinha chovido toda a noite e manhã mas acalmando um pouco seguimos com a tentativa de ir a boleia. Conseguimos ir na caixa de uma carrinha até à estrada mas como não havia onde nos abrigarmos começámos a andar em busca da paragem de autocarro mais próxima... ainda fizemos uns quilómetros mas depois conseguimos boleia de outra carrinha e ainda bem pois o dilúvio voltava.

Esta última boleia deixava-nos numa paragem de autocarro já na estrada principal de caminho a Montevideo, enquanto esperávamos um senhor informava-nos que pela chuva as Llamadas de Quinta tinham sido adiadas para Sábado. Depois de algumas horas sem muito sucesso e baixo grandes chuvas terminámos apanhando o autocarro.

Não havendo chamadas o Manuel convidou-nos para um concerto acústico de milongas... que acabou também por ser cancelado.

 07/02/2014

Tinha começado a chover de noite e seguiu por todo o dia... nem saímos de casa... pela internet vimos que as Llamadas tinham sido adiadas uma semana... havia então que seguir viagem rumo a Tacuarembó.

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