De volta à Argentina e para novo ponto alto da viagem, agora a visita às cataratas do Rio Iguazu ou Iguaçu, caso se trate de Argentina ou Brasil.
23/02/2014
Chegando ao terminal procurámos os habituais mapas, informação turística, internet e apenas pela segunda vez nos últimos 3 meses, hostel para passar a noite.
Conseguimos tudo, inclusivamente um lugar minimamente barato para dormir. Dada essa possibilidade e facilidade, decidimos começar por visitar no dia seguinte o lado brasileiro das cataratas, volta aparentemente mais curta. Dia 25 seria dia do lado Argentino e, se não fosse possível fazer tudo, voltar dia 26 pagando apenas metade da entrada e viajar pela noite a Florianópolis.
24/02/2014
Acordámos pelas 6:30 a fim de apanhar o primeiro autocarro do dia pelas 8:10, com a ideia de voltar no último pelas 17:00 e estar o maior tempo possível dentro do parque.
Chegámos ao parque pelas 9:00 e a fila para comprar bilhetes era enorme... depois de tanto tempo falando espanhol, intuitivamente perguntávamos coisas e tentávamos esclarecer informações dirigindo-nos às pessoas nesta língua.
Entrando no parque parecíamos estar sendo guiados como robots... fomos de autocarro até ao passadiço de 1,2km que nos mostra várias vistas das cataratas, que recorremos calmamente pelo muito tempo que tínhamos para fazê-lo, apreciando a maravilha da natureza que tínhamos à nossa frente e tentando estar atentos aos sons e movimentos dos animais... por outro lado passavam por nós centenas de pessoas aparentemente bastante stressadas por tirar fotografias delas mesmas, com ou sem cataratas ao fundo, chegando quase a haver conflitos. No fim do percurso chegamos bem perto da garganta do diabo, a principal cascata de todo o grupo.
Primeiro miradouro do percurso com vista para os Saltos San Martin e Salto Bosetti
Salto Bosetti (esq.), Saltos Rivadavia, Tres Mosqueteros e Dos Mosqueteros (centro) e Garganta do Diabo (dir.)
Duche (esq.), Garganta do Diabo e Salto Rivadavia (centro) e Garganta do Diabo (dir.)
Garganta do Diabo
Mesmo no meio de tanta gente o som e a beleza do lugar conseguem fazer esquecer tudo o resto à nossa volta. Do mesmo modo ainda é possível ver bastantes animais como Tucanos, Coatis, Lagartos e muitos insectos diferentes, incluindo uma fascinante demonstração de força por parte de uma legião de formigas que patrulhava árvores acima e abaixo por tudo o que mexesse e, ao mesmo tempo no chão, outra legião atacava tudo o que caísse... parecia uma chuva de artrópodes incluindo, gafanhotos, grilos, escolopendras e escorpiões que mesmo sendo muitas vezes maiores que as formigas, não duravam muitos segundos... um espetáculo fantástico.
Flor (esq.), Planta (centro) e Tucano (dir.)
Aranha (esq.), Aranha (centro) e Borboleta (dir.)
Escaravelho (esq.), Varano (centro esq.), Abelha mais pequena do mundo (centro dir.) e Lagartixa (dir.)
Coatis
Depois de percorrer o passadiço para um lado e para o outro saímos do parque e esperámos pelo autocarro de volta à Argentina.
25/02/2014
Se no dia anterior o autocarro tinha sido às 8:10, neste apanhámos o das 7:20, mas mesmo sendo um caminho mais curto e sem cruzar nenhuma fronteira, havia muitos mais quilómetros para caminhar.
Pelas 8 já estávamos no interior do parque em direção ao comboio que nos levaria até ao passadiço da garganta do diabo. Meia hora depois saíamos com mais de 250 pessoas como sardinhas em lata.
Saindo do comboio começamos a caminhar em passo acelerado pelos passadiços para evitar todos os grupos organizados. Chegámos mesmo à beira da Garganta del Diablo, principal cascata do complexo. A volta já fizemos mais descansados aproveitando para tirar mais fotografias, principalmente de animais.
Garganta del Diablo
Comboio (esq.), Corvo Marinho (centro) e Pássaro (dir.)
Insecto (esq.), Tartaruga (centro) e Tartaruga (dir.)
Só neste pequeno troço já tínhamos andado tanto como no dia anterior mas havia ainda muito mais para ver.
Apanhámos de novo o comboio até à estação Cataratas onde podemos fazer o passeio inferior, com conexão de 15 segundos de barco à ilha de San Martin e o passeio superior. Em todos estes percursos pudemos observar de vários ângulos cada uma das diferentes cascatas de Iguazu. Vimos Tucanos, insectos, um jacaré, um cotia e muitos... muitos coatis.
Ilha e Salto de San Martin (esq.), Garganta del Diablo, Ilha e Salto de San Martin (dir.)
Salto de San Martin
Salto de San Martin
Garganta del Diablo (esq.), Salto Bosetti (centro) e Salto dos Hermanas (dir.)
Urubu (esq.), Tucano (centro) e Borboleta (dir.)
Cana (esq.), Farol (centro) e Coati (dir.)
Jacaré (esq. e centro) e Liana (dir.)
Depois de tanta vida animal em locais bastante concorridos por pessoas, a esperança em ver muitos mais no trilho Macuco, que nos faltava fazer era grande uma vez que quase ninguém o faz. Da estação Cataratas, saímos a pé até ao início do percurso pelo Sendero Verde.
Bem, foi uma desilusão... mesmo caminhando quase em silencio total, vimos apenas umas aranhas, um ou dois gafanhotos, uns lagartitos e nada mais. No fim outra cascata, apenas um fio de água, mas com lugar onde nadar.
Lagarta (esq.), Gafanhoto (centro) e Salto Arrechea (dir.)
Lagartixa (esq.) e Cuy ... porquinho da índia (dir.)
Almoçámos e descansámos um pouco antes voltarmos e sairmos do parque.
26/02/2014
Era dia de viagem pela noite mas de descanso pelo dia. Fizemos as malas almoçamos e fomos para o terminal de Puerto Iguazu em direção ao Brasil... seria a nossa quinta vez dentro dos limites do território Brasileiro mas a primeira vez que iríamos estar mais que 10 horas.
O autocarro esperou na aduana Argentina para que oficializássemos a derradeira e décima quarta saída da Argentina mas já não fez o mesmo do lado Brasileiro. Em todo o caso não havia que pagar novo bilhete até chegar ao Terminal de Foz do Iguaçu.
Comprámos os últimos dois lugares juntos que havia no autocarro para Florianópolis e fizemos horas até sairmos pelas 19:30.
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