segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

AS – 10/13 – Chile XIII – Carretera Austral 2 – RN Coyhaique

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01/12/13

Tendo acampado na noite anterior a meio do trilho “Os Pescadores” no parque Nacional Rio Simpson pela manhã seguimos o trilho até ao fim mas, ao fim de 500 metros este nos levava de volta a estrada sem nunca mais encontrarmos nova entrada. Decidimos pedir boleia até à cidade de Coyhaique mas antes de sequer fazermos qualquer sinal um carro parou perguntando se íamos para sul. Era um taxista que tinha trabalhado a noite toda e como estava cheio de sono viu em nós a oportunidade de falar um pouco e despertar, seguindo conduzindo até casa.

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30/11/2013 18:14 Carretera Austral (esq.), 18:14 Boleia até Rio Simpson (centro) e 19:07 Cascada de la Virgen (dir.)

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01/12/2013 08:09 Acampamento (esq.), 08:36 Carroça (centro) e 08:48 Rio (dir.)

No meio da conversa mudámos os planos e seguir a sugestão do taxista, fazendo uma paragem adicional pela reserva natural de Coyhaique antes de chegar à cidade com o mesmo nome.

Para chegar à reserva havia ainda que subir 1,5km com tudo às costas, assim o fizemos, sofrendo bastante.

Na entrada fomos surpreendidos pela quantidade de trilhos existentes decidindo ficar dois dias para fazê-los todos. Surgiu o problema de como chegar ao campismo situado mesmo no centro da reserva, junto à Laguna Verde, a mais de 3km de onde nos encontrávamos... resolveu-se com uma boleia que surgiu bem rápido. Aqui por pouco tivemos direito a lugar para por a tenda, cabana com bancos e mesa e lugar de fogo para cozinhar.

Chegando ao campismo montámos a tenda, almoçámos, e dadas as muitas horas de luz que há por esta zona nesta altura do ano, decidimos fazer alguns trilhos.

Primeiro o Sendero Las Piedras (n.7) onde fomos até ao cume do Cerro Cinchao, depois conectámos com o Sendero Laguna Venus, passando por uma Lagoa com o mesmo nome, o Sendero Los Carboneros (n. 4), passando pela Laguna Mallines e o Sendero Los Troperos (n. 3) que nos trouxe de volta ao campismo 3. Por fim demos a volta à Laguna Verde (n. 8).

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12:58 Início do Percurso (esq.), 13:15 Vista para a cidade de Coyhaique (centro) e 14:16 Bosque de liquenes (dir.)
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14:25 Quase no cume do Cerro Cinchao (esq.), 14:36 Marcas (centro) e 15:18 Laguna Los Mallines (dir.)
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15:39 Cerro Cinchao
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15:47 Cerro Cinchao
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15:52 Flor
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16:04 Bosque Queimado (esq.), 17:21 Ponte (centro esq.), 17:36 Escarevelho (centro dir.) e 17:42 Pica-pau da Patagónia Macho – camphephilus magellanicus (dir.)
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18:03 Lugar de Camping com tudo incluído (esq.), 18:06 Laguna Verde (centro) e 18:24 Laguna Verde (dir.)

Os percursos são muito bonitos passando por bosques cheios de liquenes e tendo oportunidade de ver mais uma vez alguns exemplares de pica pau da patagónia.

02/12/13

O dia estava destinado a fazer novo circulo composto por vários trilhos, começando por repetir os senderos  3 e 4 agora no sentido sentido inverso, conectando com o Sendero Los Tejueleros (n. 5) que nos leva à Laguna Los Sapos, Sendero El Chucao (n. 6), que nos leva à entrada do parque, Sendero Los Leneros (n.1) e finalmente Sendero Los Carreros (n. 2) que nos trás de volta à Laguna Verde.

Justamente quando terminávamos o último trilho cruzámo-nos com um guarda parques em ronda que procurava israelitas transgressores que aparentemente costumam entrar sem pagar, acampar onde não devem e caçar peixes nas lagoas com lanças feitas com cana (esta já não era a primeira vez que nos contavam histórias de israelitas que têm tão má reputação por todos os lados que, muita gente deixou inclusivamente de dar boleia para não se cruzar com nenhum. Na verdade muitos, antes de nos levarem e sequer perguntarem para onde íamos, perguntavam de onde éramos e, só depois da resposta decidiam).

O guarda parques disse que voltaria à entrada do parque e que nos poderia levar, desde que não demorássemos muito a buscar as nossas coisas... fomos a correr para desarmar a tenda e atirar tudo para as mochilas.

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10:57 Laguna Mallines (esq.), 11:15 Laguna Venus (centro) e 11:16 Nevando... (dir.)
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12:10 Ciruelillo (esq.), 12:17 Cogumelos comestíveis Dihueñe - Cytharia espinosae (centro) e 13:12 Azenha (dir.)

Já passava das 15:00 e ainda não tínhamos almoçado por isso decidimos fazê-lo enquanto esperávamos uma boleia até à ruta 7 ou mesmo à cidade de Coyhaique... nem conseguimos comer quase nada pois veio novo guarda parques que baixava até à cidade que nos levou.

Saímos em direção ao posto de turismo onde queríamos esclarecer bastantes dúvidas sobre o nosso resto de percurso em direção a sul, não sem antes ficarmos mais de uma hora a conversar com um alemão, professor de música em licença sabática que fazia o mesmo que nós mas em bicicleta e sozinho.

Esclarecidas as dúvidas e com um quilo mais de papéis e mapas nas mãos, havia que esperar pelo Couchsurfer que nos ía receber para saber onde era a sua casa. Esperámos, enviámos mensagem, esperámos, tentámos ligar, esperámos, e repetimos o processo várias vezes quase até às 21:00 quando finalmente a Mónica conseguiu que o Marcelo nos atendesse e nos viesse buscar à praça.

Como estava cheio de trabalho e entre reuniões voltou a sair enquanto nós preparámos uns crepes para quando voltasse.

03/12/13 Nada :)

Sendo Coyhaique a maior cidade pela qual passaríamos em muitos dias, aproveitámos o dia para comprar algumas coisas que nos faltavam e aproveitar os preços mais baixos para prover-nos de alguns alimentos. Foi algo que nos ocupou todo o dia.

Fizemos o jantar para o nosso anfitrião, voltando a comer carne desde à muito tempo, e para sobremesa o habitual leite creme.

04/12/13

Tendo-nos falado várias pessoas deste projeto de Permacultura, pela manhã fomos visitar Minga Alegre, o que nos fez cruzar toda a cidade de um lado ao outro à procura da mesma pois nos tínhamos equivocado na leitura do mapa.

Voltámos a casa para almoçar e seguimos em direção à saída sul da cidade para pedir boleia, passando primeiro pela praça onde dois dias antes devemos ter deixado o bastão de madeira que nos acompanha desde o Suriname... parece que depois de muitas aventuras noutros países para reaver o mesmo foi desta que o perdemos de vez.

Nem tínhamos chegado ao local onde seria suposto pedir oleia e já um camião nos fazia sinal que ia parar mais à frente esperando-nos que chegássemos para nos levar. Fomos de Coyhaique até à bifurcação da Ruta 7 para Balmaceda não sem antes parar para o motorista comprar uns queijos caseiros com orégãos e merken (malagueta fumada) que nos deu a provar.

Aqui ainda esperámos mais de uma hora mas levaram-nos até Villa Cerro Castillo... nosso próximos destino.

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