segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Caminhar por Mogadouro

Desta vez aceitámos o desafio e a proposta de honorários para nos juntarmos ao Clube de Actividades Ar Livre (CAAL) de visita ao Norte, num fim-de-semana prolongado por Mogadouro, com 3 dias e três caminhadas. A actividade denominava-se “COM SABOR A DOURO – DO ABUTRE DO EGIPTO À CEGONHA PRETA” e estavam à espera da nossa passagem os seguintes percursos:

Sábado 3 de Outubro – Os Miradouros

Domingo 4 de Outubro – O Sabor

Segunda 5 de Outubro – A Ribeira da Bemposta

Dada a extensão e dificuldade de alguns dos percursos previstos a Mónica e a Xana no Domingo  e Segunda foram explorar outros locais enquanto o Nuno seguiu com o CAAL.

Desta exploração resultaram mais dois percursos:

Domingo 4 de Outubro – Penas Róias

Segunda 5 de Outubro – Bruçó – Trilho da Castanha

(para aceder aos posts relativos a cada percurso basta carregar sobre o descritivo respectivo)

Partimos os 3 (Nuno, Mónica e Xana) do Porto para uma penosa e morosa viagem até Mogadouro. Após algumas paragens e desvios chegámos no limite da hora do início do passeio nem tendo tido, como planeado, tempo para montar a tenda no parque de campismo de Mogadouro, onde já se erguiam as tendas dos nossos habituais companheiros de caminhada, com quem seguiríamos para o ponto de encontro. À hora marcada, estávamos só nós o que até foi favorável pois já passava das 15H00 e ainda não tínhamos almoçado.

Entretanto chegou o autocarro e juntámo-nos aos restantes seguindo até ao ponto de partida do percurso denominado “OS MIRADOUROS”. Os desfiladeiros observados prometiam bons percursos para os dias seguintes, principalmente por este ser o mais curto e apelidado pelos organizadores de “o menos interessante”.

No fim do percurso dirigimo-nos ao parque de campismo para montar as tendas. Depois jantámos e, enquanto as meninas foram dormir para a tenda, o Nuno ficou no carro a ouvir rádio adormecendo e tendo acabado por passar lá o resto da noite.

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“Os abrigos”                                                                                                    Pôr-do-sol

No Domingo acordámos e separámo-nos rumando a percursos diferentes. No final, enquanto a Mónica falava de coisas fantásticas que tinha visto o Nuno queixava-se de ter andado 21km quase sem pontos de interesse a registar.

À hora do jantar reuniu-se todo o grupo no restaurante para confraternizar e apreciar os afamados cogumelos e a posta, que supostamente daria para duas pessoas (por isso acabámos por pedir posta para dois), mas que se resumia a um naco carne de dimensão média/baixa, como foi comprovado pelo miúdo de 10 anos que ficou ao nosso lado que não teve dificuldades em comer sozinho uma dose. No fim de contas acabámos por pagar um valor bastante acima do esperado comparativamente ao que comemos. Apesar de tudo há que salientar os excelentes acompanhamentos do restaurante e o que salvou a noite foi mais uma vitória do F.C.Porto desta vez por 3-0 frente ao Olhanense.

No último dia seguimos novamente por caminhos separados e mais uma vez o resultado foi o mesmo. Apesar do percurso “A RIBEIRA DA BEMPOSTA” prometer inicialmente, o trilho traçado levavanos na direcção oposta a todos os pontos de interesse que pareciam existir no local, nomeadamente toda a zona em volta da cascata FAIA DA ÁGUA ALTA. Há falta de pontos de interesse acabei por terminar o percurso mais cedo (ou como se apelida no CAAL: “neutralizar”).

Como a Mónica não tinha máquina fotográfica para eternizar os locais por onde passou, antes de regressarmos ao Porto, passámos pelo Castelo de Mogadouro a fim de fechar com um ponto positivo o nosso fim-de-semana e tirar umas fotos.

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O Castelo de Mogadouro e a paisagem envolvente 

“Erguido no século XII, o castelo de Mogadouro foi concedido em 1297 pelo rei D. Dinis à Ordem dos Templários e, alguns anos mais tarde, em 1319, passou para a Ordem de Cristo, sucessora daquela. Hoje conservam-se apenas dois panos de muralha, ligando um deles a torre a um cubelo. A torre, quadrangular e de aparelho "incertum", é acompanhada, não de muito longe, por uma outra de feição mais recente, conhecida como Torre do Relógio. Esta é feita de cantaria nos cantos e aparelho "incertum" a meio. Está dividida em três registos, o último dos quais preparado para receber sinos. Tem um remate piramidal e ostenta nos quatro cantos pináculos de granito. Apresenta-se hoje com graves fendas. Um pouco mais abaixo vêm-se restos de uma outra cintura de muralhas, em mau estado.

Monumento Nacional, Dec. nº 35 443, DG 1 de 02 Janeiro 1946, ZEP, DG 29 de 04 Fevereiro 1966.” (in http://www.bragancanet.pt/patrimonio/castmog.htm)

No fim de contas, acabámos por não ver nem cegonhas pretas nem abutres do Egipto, principais fontes de interesse para o Nuno se ter inscrito na actividade. Quanto aos percursos do Nuno, o primeiro foi curto mas interessante, o segundo dispensava e o terceiro teve uns 15 a 20 minutos de beleza. Para os lados da Mónica e da Xaninha, o segundo percurso foi marcado pela bela imagem do Castelo de Penas Roias e o terceiro interessante mas um pouco repetitivo. Dada a distância ao Porto, o preço do jantar e o exagerado preço da inscrição (39€ por pessoa), a actividade acabou por não ficar muito barata.

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