27/12/2013
Para a hora que saímos de Chaltén chegámos bem cedo a Calafate. Fomos em busca de La Cueva, refúgio de escaladores onde o Sr. Jorge nos recebeu de braços abertos. Este é um local cultural e de passagem de viajantes que, recentemente sofreu um grave prejuízo por um grande incendio que destruiu o edifício principal e casa do mesmo. Como retribuição pelo alojamento ajudámos um pouco peneirando material e rebocando com barro um pouco de um domo, nova casa do Sr. Jorge.
17:52 La Cueva... que bom poder voltar a por as mãos no barro
Procurámos alguma informação sobre como chegar ao Glaciar Perito Moreno e passámos o resto do dia à conversa dentro do domo.
28/12/2013
Apesar de nos dizerem ser muito difícil chegar à boleia ao Glaciar, distanciado 80km da cidade, decidimos tentá-lo pois, além dos 15 euros pedidos pela entrada do miradouro ainda teríamos de pagar 20 pelo transporte... aqui vê-se uma abordagem totalmente oposta à de Chalten, mesmo se tratando do mesmo parque nacional.
Tivemos em todo o caso que atravessar toda a cidade a pé pela manhã e esperar quase 2 horas por uma das melhores experiencias à boleia que tivemos até hoje.
Levou-nos um casal de Buenos Aires, Martin e Romina, construtor e arquiteta, em viagem pelo Sul, muito simpático e divertido. Como estávamos num carro argentino acabámos por pagar a entrada a preço de nacional.
Percorremos os vários quilómetros de passadiços na sua companhia passando bastantes horas olhando a impressionante parede de 60 metros de gelo rangendo e rompendo-se constantemente. O que torna este glaciar mais famoso que todos os outros é o facto de conter muito menos detritos de rocha e como tal é muito mais claro, apresenta um avanço diário de 2m e como tal se rompe muito mais vezes e também por ser muito acessível chegar a um miradouro mesmo ao seu lado.
GLACIAR PERITO MORENO
11:13 (esq.), 11:21 (centro) e 11:37 (dir.)
11:58 (esq.) e 12:03 (dir.)
12:39 (esq.), 12:46 (centro) e 12:48 (dir.)
12:48 (esq.), 13:08 (centro) e 16:38 (dir.)
17:06 (esq.), 17:10 (centro) e 17:10 (dir.)
Enquanto comíamos e esperávamos que se desprendesse um grande pedaço de gelo chegaram dois espanhóis com quem metemos conversa por pensarmos que algum deles era português. Acabámos todos por comer bolachas de água e sal com doce de leite. Estes tinham um plano seguinte de viagem muito similar ao nosso pelo que combinamos encontrar-nos em Puerto Natales, nosso próximo destino, e ver se caminhávamos juntos nas Torres del Paine.
Com o dinheiro que poupamos da entrada decidimos oferecer o jantar aos argentinos, que tanto não nos deixaram fazê-lo como nos convidaram a comer um assado no parque de campismo onde estavam. Não fosse isso suficiente ofereceram-se para nos levar no dia seguinte até Puerto Natales no Chile assim como para nos receberem quando passarmos na capital Argentina.
17:13 Martin, Romina e nós (esq.) e 20:09 El asado (dir.)
29/12/2013
Saímos bem cedo para nova entrada no Chile a fim de fazer o que esperávamos ser um dos pontos mais altos da viagem: um circuito de 8 a 10 dias por todo o Parque Nacional Torres del Paine, com Reveillon a meio da caminhada.
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