Descrição do percurso retirada do panfleto oficial do mesmo:
Local: Tourém; Dificuldade: Baixa; Extensão: 11 Km; Tempo: 3h 30m; Tipo: Circular
“Este percurso pedestre (PR) circular, com cerca de 11km, permite fazer a ligação entre duas aldeias raianas Tourém e Randim, que desde sempre tiveram vivências em comum e nas quais, o contrabando viverá sempre na memória das gentes.
O percurso, para além de recuperar uma das antigas rotas do contrabando, permite também atravessar caminhos murados, campos de cultivo e carvalhais centenários, bem como entrar em contacto com a cultura destes povos vizinhos e conhecer um património cultural de elevada importância. Parte do percurso è feita à beira da Albufeira de Sallas, o que lhe proporciona imagens inigualáveis reflectidas no espelho de água.
Por estes trilhos passou um pouco de tudo, bacalhau, azeite, tecidos e mesmo bananas, bens essenciais, que em tempos de miséria era possível encontrar mais baratos em Espanha. Para o lado de lá ia sobretudo tabaco e café. Um tempo de coragem e pobreza.”
Nós já éramos apaixonados por Pitões das Júnias mas, Tourém não fica nada atrás. Certo que é menos rude mas mantém o traço arquitectónico típico. Aqui observámos uma forma interessante, algo artística e muito bonita, de pendurar o milho nas varandas.
11:21 Milho (esquerda) e 16:22 Marco de Fronteira Portugal-Espanha e albufeira de Sallas (direita)
Um dos momentos altos do percurso foi já no troço final, de volta a Tourém, que coincidiu com o regresso dos pastores a casa com as suas ovelhas e vacas. Embora se visse apenas 3 ou 4 pastores, ao chegar a Tourém os vários grupos de gado foram-se automaticamente dispersando em grupos menores, cada um para o seu estábulo. Todos para o estábulo excepto um jovem carneiro, criado em casa, que não segue nem tenta conviver com os da sua espécie, pelo contrário faz tudo por seguir as pessoas.
17:12 Capela de São Lourenço (esquerda) e 17:41 O Jovem Cordeiro em pose artística (direita)
Dada a proximidade a Pitões das Júnias e como esta ficava quase no caminho de regresso, fomos lá comprar umas alheiras, a casa do produtor (por coincidência de nome Nuno Gonçalves mas conhecido como Russo), cuja mulher é muitíssimo simpática. No dia anterior já lá tínhamos passado e comprado uma para provar ao jantar… das melhores, senão a melhor que já comemos.
17:47 Albufeira de Sallas (esquerda) e 19:10 Fumeiro em Pitões (direita)
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