terça-feira, 2 de setembro de 2014

A caminhar pelas Lajes do Pico

Terminada a semana dos baleeiros, finalmente algum tempo para fazer o que mais gostamos… caminhar e desta vez bastou sair de casa para iniciar o percurso.

Decidimos fazer algo similar ao que está referido num livro como Trilho das Terras (http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115161010600/contacto/1011/sustentabilidade.html) mas também tentando seguir umas marcas existentes pela vila e arredores de um percurso em vias de aprovação para homologação como pequena rota. De facto o traçado que seguimos corresponde exatamente ao que aparece em alguns guias de percursos na internet como PRC12PIC: Vila Baleeira (http://www.artazores.com/downloads/pedestres_pt.pdf pag.63). O resultado foi um passeio bastante agradável, curto mas que pode ser prologado em tempo para quase um dia inteiro de visita, pelos diversos pontos de interesse da vila das Lajes, apresentando alguns tramos alcatroados. Nesta época os muros são também fonte de nutrição e hidratação com os muitos frutos disponíveis: Tomate Capucho (Physalis), Tomate Cherry, Amoras e Figos.


Percurso já existente no wikiloc e que corresponde ao que fizemos, onde se assinalam muitos dos pontos de interesse por onde passamos.

Partimos da “Lagoa”, em frente à loja de Artesanato Casa de Exposições Capitão Alves, conhecida pelos artefactos em osso e dente de baleia e similares, seguindo na direção da “Casa dos botes” onde ainda se guardam os esbeltos barcos utilizados na caça à baleia, agora transformados barcos de competição. Subimos pela famosa escadaria de pedra que utilizavam os baleeiros, seguindo para a esquerda e passando pelo Convento de São Francisco, atual sede do Município, GNR e Jornal “O Dever”.

Apanhando o primeiro desvio à esquerda passamos pelo Forte de Santa Catarina, atualmente restaurado e convertido em posto de informação turística. Seguimos pelo jardim do mesmo e 100metros depois chegamos a um dos locais mais importante no que toca à história da baleação, a antiga fábrica SIBIL com a sua imponente chaminé, onde se processavam os cachalotes caçados, hoje reconvertida em museu com o nome de Centro de Artes e Ciências do Mar.

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Fábrica SIBIL (esq.) e Poço de Maré (dir.)

Seguimos até encontrar um posso de maré e local comunitário para lavar roupa, onde viramos à direita subindo até à estrada regional que cruzamos seguindo subindo por uma canada íngreme até chegar a um estradão onde nos cruzamos com uma ribeira. Daí continuamos pela direita em direção às Terras, passando por pastagens e campos de cultivo, “a outra vida dos baleeiros”.

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Milho (esq.), Escada de Pedra (centro) e Pico (dir.)IMG_4166
Trabalhando só…
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Almagreira (esq.) e Canada (dir.)

Podem encontrar-se outras marcas a azul e branco correspondentes a um trilho marcado por estudantes da escola, que nos leva mais cedo de volta às Lajes por uma estreita canada…

…não o fizemos, seguimos as marcas vermelhas e amarelas.

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Cabra (esq.), Peru (centro esq.) e Aranha de Jardim - Argiope bruennichi (centro dir. e dir.)

Numa bifurcação encontramos dois sinais de caminho errado, um mais antigo que nos demove de seguir pela esquerda subindo na direção do Topo e um mais recente que aparentemente nos indica que não devemos seguir na direção das Terras. Desrespeitámos este ultimo e de facto as marcas seguiam. Virámos à direita numa apertada vereda que nos leva de volta à estrada regional (deixando e encurtando o denominado Trilho das Terras) e cruzando esta, continua até à vigia da Queimada. Deste pequeno cubículo se avistavam os cachalotes e fazia-se ribombar o foguete lançando o mote para nova caçada… deste mesmo lugar se avistam atualmente todos os cetáceos cujos turistas anseiam por ver quando chegam ao Pico.

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Vigia da Queimada

Continuamos a descer de volta às Lajes passando pelo Castelete, pela Ermida de São Pedro, primeiro templo da ilha e zona balnear da maré por onde chegaram os primeiros povoadores. Seguimos pelo muro costeiro até à marina das Lajes junto às empresas de whale whatching  e terminamos no Museu dos Baleeiros.

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Zona Balnear da Maré e Castelete (esq.) e Ruínas (dir.)

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