01/08/2012
Chegámos a Cajamarca mais uma vez de noite, esperámos no terminal que amanhecesse e saímos em busca de lugar para passar as noites seguintes que acabámos por encontrar no Hostal Plaza, no centro da cidade, referencia mais económica do Lonely Planet.
Aproveitámos o primeiro dia para conhecer a cidade, começámos pelo Conjunto Monumental de Belém, correspondente ao antigo hospital de homens de Nuestra Senora de la Piedade, onde se encontra actualmente um museu de arte e tem acoplada uma igreja. Neste complexo podemos também encontrar o posto de turismo, onde aproveitámos para pedir algumas informações.
Do outro lado da Rua Jr. Junín, encontra-se o conjunto de espaços correspondente ao antigo hospital das mulheres onde atualmente se visita um pequeno museu arqueológico e etnográfico, bem como uma colecção de marionetas.
Conjunto Monumental de Belém 10:07 Museu de arte (esq.), 10:16 Igreja (centro esq.), 10:24 Fachada (centro dir.) e 10:39 Múmia de criança (dir.)
Peruanos: 10:26 (esq. e centro esq.), 10:32 (centro dir.) e 13:14 (dir.)
Subindo a Rua Jr. de Belén chegámos Mirador de Santa Apolónia e respectiva capela, com uma extensa vista sobre a cidade.
Mirador de Santa Apolonia: 11:46 (esq.), 11:47 (centro) e 12:17 (dir.)
Descemos até à Rua Amália Puga onde se encontram várias igrejas e o famoso Cuarto del Rescate correspondente ao único vestígio inca remanescente da cidade onde, segundo reza a história, terá sido aprisionado o último governador Inca de nome Atahualpa, apanhado em Banos del Inca quando por lá se encontrava a curar de feridas de anteriores batalhas. Este terá oferecido pelo seu resgate uma quantia imensa de tesouros tal que enchessem o compartimento (duas vezes de ouro e uma de prata) até onde a sua mão chegasse e onde agora se pode ver uma linha vermelha. De referir que a troca não foi aceite e este foi ali assassinado.
13:12 Iglesia de la Recoleta (esq.), 13:22 Iglesia Inmaculada Concepción (centro) e 14:20 Iglesia de San Francisco (dir.)
Cuarto del Resgate: 15:48 (esq.) e 15:54 (centro esq.) e Catedral: 15:59 (centro dir.) e 17:05 (dir.)
Depois de visitado o Cuarto fomos procurar outras igrejas marcadas no mapa, bem como a Catedral na Plaza de Armas e reservámos um tour a Cumbe Mayo, para dois dias depois, até onde não existem transportes públicos.
02/08/2012
Levantámo-nos bem cedo para fazer o correspondente ao tour das ventanillas de Otuzco por nossa conta...
Começámos por apanhar um combi numa rua paralela à plaza de Armas em direção a Banos Del Inca, onde visitamos o complexo com o mesmo nome e onde se encontram águas termais cujas temperaturas atingem os 70ºC. É um lugar de descanso e cura já utilizado pelos importantes Incas. Atualmente é um espaço muito frequentado pelos peruanos tendo diversas actividades relacionadas com banhos e relaxamento. Ainda tivemos de esperar pelas 11:00, altura em abre o museu do complexo repleto de réplicas de cerâmica das diversas culturas pré-Colombianas.
10:11 Bano del Inca (esq.),10:16 Termas (centro) e 10:20 Ruinas Arqueológicas (dir.)
Fundo das Piscinas Termais: 10:28 (esq.), 10:36 (centro) e 10:38 (dir.)
Fundo das Piscinas Termais: 10:56 (esq.) e 10:57 (centro) e 10:39 A Natureza
Cerâmicas Pré-Incas de distintas culturas: 11:15 (esq.), 11:18 (centro) e 11:20 (dir.)
Cerâmicas Pré-Incas de distintas culturas: 11:21 (esq.), 11:24 (centro) e 11:25 (dir.)
Depois de visitados os Banos del Inca seguimos as indicações de locais até Otuzco. Pelo caminho diversas habitações de construção tradicional, principalmente tapiales, cujo processo construtivo questionámos a um local que acabava de edificar a sua própria casa.
Construções tradicionais em tapiales: 11:57 (esq.) e 12:21 (dir.)
Ao fim de cerca de 5km chegámos às Ventanillas de Otuzco (ver traçado do percurso) onde podemos encontrar, como o nome sugere, diversas pequenas janelas escavadas nas montanhas e utilizadas como câmaras funerárias. Nestes locais à quem não se contente em tirar fotos a 3m de distância, decidindo entrar e subir às ruinas... como foi o exemplo dado por um casal jovem que acabou por sair ao fim do segundo raspanete da Mónica. Ainda avisámos o guarda local, que depois de tomar conta da ocorrência nos aconselhou a visitar a ponte suspensa local.
Ventanillas de Otuzco: 13:06 (esq.), 13:10 (centro) e 13:22 (dir.)
14:22 Puente colgante (esq.), 14:25 Pesado estendal (centro) e 14:27 Lavando roupa (dir.)
Não satisfeitos decidimos conhecer também as Ventanillas de Cumbayo a 16 km deste povoado, sendo o principal problema o facto de os transportes serem quase inexistentes (de acordo com alguns locais só haveria aos domingos) e serem já 15:00. Aproveitámos o tempo de espera para comprar um pedaço de queijo fresco numa fábrica local e atualizar os posts, enquanto íamos perguntando aos diversos carros que passavam (incluindo uma transportadora de gás) se seguiam para o nosso destino. Obtivemos resposta afirmativa já quase pelas 15:30 de uma carrinha leiteira com a zona de carga já repleta de pessoas por cima das bilhas. Subimos e quase às 16:20, totalmente cobertos de pó, chegámos às Ventanillas procuradas. Existem em bem maior número face às de Otuzco e, como os tours não chegam lá, quase não são visitadas e estão em muito melhor estado de conservação. É inclusivé possivel perceber em algumas como era o sistema de encerramento das mesmas, após a colocação dos restos humanos.
16:21 Carrinha leiteira (esq.) e Ventanullas de Cumbayo: 16:29 (centro) e 16:35 (dir.)
Ventanullas de Cumbayo: 16:37 (esq.), 16:55 (centro) e 17:35 (dir.)
Cerca de 1h15 depois iniciámos o retorno de 16km sem certeza de encontrar transporte e apenas com mais 1 hora de luz, em todo o caso sempre pela estrada... Dadas as curvas e contracurvas tipicas de estradas de montanha, foi-nos fácil ir cortando alguns quilómetros. Depois tivemos a grande sorte de apanhar boleia de dois italianos, voluntários por estes locais, que nos pouparam os piores 4km que eram sempre a subir. Seguimos descendo a pé até uma exploração de pedra onde passou ao mesmo tempo que nós um táxi já repleto. Pedimos na mesma que parasse e que nos levasse nem que fosse na mala, ao que o motorista acedeu levando-nos até Otuzco, até onde fomos segurando a porta da mala por uma corda. Na entrada do complexo arqueológico as comerciantes fechavam já os seus locais de vendas mas ainda conseguimos encontrar e comprar uma nova fruta de nome chalarina... deliciosa! Depois um combi levou-nos ao centro de Cajamarca.
No hostel descobrimos que os autocarros até Chachapoyas enchiam rápido e a viagem seria duradoura (12 horas) feita maioritariamente de dia, com início pelas 4h30, sendo provavelmente mais fácil voltar a Chiclayo pela noite e sair na noite seguinte para Chachapoyas, poupando duas noites de hospedagem. Saímos assim a correr em direção Av. Atahualpa entre a 2a e a 4a quadra onde se encontram as agências de autocarros. Depois de alguma indecisão decidimos fazer a viagem directamente a Chachapoyas por uma estrada que diziam pouco segura mas com maravilhosas paisagens. Quanto à noite da viagem os motoristas da Agência Virgem del Carmen, na qual decidimos viajar, disseram podermos aguardar dentro da loja ou no próprio autocarro o que já nos pouparia uma noite.
Com as viagens reservadas fomos jantar e depois descansar.
03/08/2012
Às 8h30 já nos encontrávamos á porta da agência com a qual tínhamos reservado o tour a Cumbe Mayo. No entanto, só saímos depois de muito entra e sai da carrinha e 3 voltas à praça. No caminho passámos no miradouro BellaVista do qual o Miradouro de Santa Apolónia parecia um pequeno parque plano. Avistámos a ruína de Layzón e chegámos ao Cumbe Mayo onde visitámos um pequeno museu, restos arqueológicos pré-incas (Santuário, Canal de água, petroglifos, etc...) e lindas formações geológicas, que desconhecemos a razão mas, às quais as pessoas sentem a necessidade de assemelhar a qualquer coisa... dinossauros, rinocerontes, Nossa Senhora de costas, Monges, Mendigos... enfim, bastava que o guia dissesse qualquer coisa para pelo menos uma das pessoas do grupo concordasse com o mesmo... (ver traçado do percurso por Cumbe Mayo)
10:11 Miradouro Bela Vista (esq.) e Peruanos: 11:40 (centro esq.), 11:41 (cetro dir.) e 12:28 (dir.)
Cumbe Mayo: 11:41 (esq.), 11:44 Petroglifos (centro) e 11:48 (dir.)
Cumbe Mayo: 12:00 (esq.), 12:31 Altar (centro esq.), 12:39 Canal (centro), 12:52 (centro dir.) e 13:02 Canal (dir.)
Terminado o tour voltámos ao centro da cidade onde fomos almoçar num restaurante local um delicioso cuy (porquinho da Índia) frito que tínhamos reservado no dia anterior. Depois fomos levantar dinheiro para pagar a viagem de autocarro e fazer algumas compras. Estivemos a fazer horas no nosso hostal saindo pelas 19h00 para jantar e chegar à agência à hora marcada com os motoristas. Para nosso espanto, ou azar, não se encontravam no local, tendo saído para Chachapoyas no dia anterior, sem avisar ninguém do que tinha ficado combinado. Expusemos a situação à secretária que nos levou até ao autocarro que acabava de chegar conduzido pelo dono da agência e que nos levaria no dia seguinte. Voltámos a expor a situação: ao principio a resposta foi negativa mas depois de muito pensarem acabaram por nos deixar ficar no autocarro onde o dono também descansaria...
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