Embora não esteja marcado, aquando da sua realização, a organização (Grupo de Montanhismo Viana Trilhos) forneceu um panfleto descritivo do percurso, do qual retirámos o seguinte texto:
Local: Esposende; Dificuldade: Moderada; Extensão: 13,6 Km; Tempo: 5h 00m; Tipo: Circular
“Em suave declive nascente/poente, emoldurada pelos Montes da Senhora da Guia, Monte D’Antas e Cividade, tem como vizinha, a nascente, a vila de Forjães, e as freguesias de Vila Chã e Belinho a Sul, tendo a poente o Oceano Atlântico a a Norte o Rio Neiva.
De beleza ímpar tem, ao longo das suas margens, pequenos moinhos, engenhos e azenhas centenárias que convém convencer e preservar, mas, já lá vamos…
O percurso tem início da Capela de Tecla, local de rara beleza. Aí junto, houve um engenho, hoje convertido em habitação.
Continuamos a descer junto junto ao rio até ao Paúle da Tapada e voltamos a nascente, atravessando campos de cultivo entre as freguesias de Antas e Belinho. Vemos já o promontório da Senhora da Guia e da Cividade. No alto deste último, existem vestígios de uma povoação castreja.
Passando através do casario, paredes meias com a freguesia de Belinho, poderemos ver entre outras, a casa “Barão de Maracana”, e um pouco mais à frente tomar café no “Kabul” (assim designado por o seu proprietário ter andado por lá ao serviço do exército português).
Mais acima vamos abandonar o trilho sinalizado, não passando assim pelo meio da Portela (passagem entre dois montes) local em que se encontra a pequena ermida evocativa de S. Cristóvão, optando por fazer um pequeno desvio e visitarmos a casa onde viveu e morreu o poeta António Correia de Oliveira, e junto a pequena capela dedicada e N. Srª do Rosário.
Para chegarmos à Portela atravessaremos uma frondosa mata, contornando o monte da Cividade com a A-28 um pouco mais abaixo.
Do alto da Portela, olhe para o mar!!!
Vamos descer e encontrar do nosso lado esquerdo a Azenha do Arroio (Hiberneira).
Logo depois estamos no Parque de Azevedo.
Aproveite o espaço e as mesas… merende!!! (…)
Após breve trajecto chegamos à parte mais alta da freguesia. Subimos em direcção à Igreja e ao seu magnífico Adro, onde podemos encontrar um dos mais bonitos Cruzeiros Paroquiais do Minho.
Junto à estrada municipal e integrado no complexo paroquial, encontramos a “memória” de uma anta ou dólmen que deu origem ao nome desta terra, mandado erigir pela Junta de Freguesia. Continuamos a nossa caminhada e subimos até ao Monte de Antas, para ver o Menir. Temos então uma magnífica vista sobre a freguesia, com o monte, o vale, a planície, o rio, o céu azul com o mar ao fundo.
Vamos continuar percorrendo parte do interior da aldeia, subimos um pequeno carreiro que ladeia o local onde foi em 1939, foram encontradas várias necrópoles neolíticas e que se podem ver o Instituto de Antropologia do Porto.
Deixamos para trás o casario e entramos na zona de floresta conhecida por Peneirada. Logo no início vamos encontrar uma ruína de dois antigos Moinhos de Vento e que pela sua localização mostram as alterações que sofreu a vegetação.
Continuamos a nossa caminhada por entre pinheiros, sobreiros, carvalhos e eucaliptos. Vamos encontrar destes últimos, junto ao trilho, dois exemplares de porte invulgar pelo seu tamanho e volume.
E, chegamos, finalmente ao Rio Neiva.
Na margem esquerda as ruínas de um engenho, o de Esprade, na margem direita, a Azenha do Grilo, que embora situada na freguesia de S. Romão do Neiva, Viana do Castelo, é propriedade de naturais de Antas e foi explorada por pessoas da nossa terra.
Continuemos, agora a nossa caminhada na margem do Rio Neiva e é ver frondosos carvalhos, freixos, salgueiros, amieiros e toda uma panóplia de árvores, assim como melros d’água, guarda-rios, garças cinzentas, que aqui nidificam. Vá com atenção, as lontras andam por aqui…
Percorrido cerca de 1km, chegamos ao Minante.
Na margem direita, as ruínas de um engenho, na margem esquerda um dos ex-libris da nossa terra: “As Azenhas do Minante”. Verdadeira indústria de outros tempos, concentrava num só pólo, azenha de milho, trigo, serração de madeiras, engenho de linho e alambique.
Vamos passar a A-28 e atravessar o núcleo industrial de Antas. Chegamos à EN13 (Porto/Viana) e voltamos às margens do Neiva. Aí encontramos mais um engenho, o do Liazar. Alguns metros mais e estamos na passagem da antiga Estrada Romana. Num penedo, um antiquíssimo Nicho.
Vamos agora chegar à Carvalha. Encontramos as ruínas de uma antiga ponte e o engenho e azenhas da Carvalha. Subimos, agora, para o denominado Monte da Guilheta, e, sempre, junto ao Rio Neiva, vamos encontrar um magnífico trecho, entre fragas do Monte do Castelo e do Monte da Guilheta.
Lá bem junto ao rio, num local de beleza sem par, vemos na margem direita (Castelo do Neiva), a Azenha do Palhurdo, e, logo depois, na margem esquerda, a Azenha do Sebastião ou Azenha Branca, hoje convertida em turismo de habitação. Na margem direita, junto à levada ou açude, um exemplar único na região: uma pesqueira (armadilha para peixes).
Vamos voltar ao povoado e atravessar o Lugar de Guilheta.
Pouco andamos e chegamos novamente à Capela de Santa Tecla, infelizmente o final deste percurso.”
Apesar de alguns longos troços por estrada ou estradão e da proximidade à autoestrada, as muitas azenhas e todo o percurso junto do Rio Neiva justificam o passeio.
Infelizmente não vimos lontras mas, o seu rasto (pegadas) foi detectado, tendo também sido visto um pequeno musaranho.
10:37 Sobreiro (esquerda) 14:11 Rio Neiva (centro) 14:17 Azenha do Minante (direita)
Embora não esteja marcado julgamos que com a ajuda da descrição detalhada aqui disponibilizada, conjuntamente com o mapa, não tem qualquer dificuldade em reproduzir-se o passeio… aconselhamos.
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