terça-feira, 30 de agosto de 2005

Pico - Furna de Frei Matias e Gruta das Torres

No dia 30-08-2005 saimos das Lajes com o intuito de visitar 2 das 112 cavidades vulcânicas da ilha do Pico: a Gruta das Torres e a Furna de Frei Matias.

Furna de Frei Matias

A Furna de Frei Matias é um túnel de lava com cerca de 650 metros de compr
imento, situado na vertente Oeste da Reserva Natural da Montanha do Pico. O túnel apresenta várias entradas e bifurcações (túneis secundários).
Esta furna é um espaço mítico, envolto em mistério, estando ligado à lenda de um eremita que lá se terá refugiado e vivido em absoluta solidão. É muito procurado pelos turistas, não só pela lenda que envolve mas, também pela sua proximidade à freguesia da Madalena e o acesso ser relativamente fácil.
No passado dia 20 de Outubro de 2003 a estrutura sofreu um desabamento junto à entrada principal, abrindo nova entrada e tornando o acesso e visita interior algo perigoso.

Gruta das Torres (adaptado de www.speleoazores.com)

A Gruta das Torres é o maior tubo lávico conhecido em Portugal. Terá sido originada num intervalo de tempo entre há 500 ou 1500 anos. Teve origem com as lavas de uma Erupção vulcânica com inicio no lugar conhecido por Cabeço Bravo e localiza-se na freguesia da Criação Velha no concelho da Madalena do Pico.
A Gruta das Torres só foi descoberta em 1990 sendo nos dois anos seguintes explorada pelos Montanheiros e por Albino Garcia, e por C. Thomas em 1994. Devido à sua importância foi classificada como Monumento Natural Regional pelo DLR N.º 6/2004/A, de 18 de Março de 2004, do Governo Regional dos Açores.
A gruta tem uma extensão de 5 150 metros sendo que o túnel principal da gruta se desenvolve ao longo de 4 480 metros e é na sua maior parte de grandes dimensões, chegando a atingir alturas da ordem dos 15 metros. Existe todo um emaranhado de túneis secundários laterais e superiores, cujas dimensões são mais reduzidas e apresentam estruturas geológicas muito variadas e distintas entre si.
Apesar de ter mais de um ponto de entrada, a abertura principal é feita
pelo “Algar da Ponte”, por onde é possível entrar num ambiente cavernícola. Depois de penetrar no escuro é apenas possível contar com a existência de bolores, bactérias e de entmofauna cavernícola própria destes locais. Foram encontradas e identificadas as espécies endémicas, Trechus picoensis Machado e Cixius azopicavuz Hoch. No entanto as grandes dimensões desta cavidade fazem prever a existência de mais espécies que poderão ser encontradas em futuros estudos.

Há excepção dos sócios dos Montanheiros a visita à Gruta das Torres é paga, estando apenas visitável um troço de 450m. É fantástica a quantidade e variedade de formações geológicas no interior da gruta, sendo muito importantes as explicações do guia e do pequeno fillme mostrado antes da entrada, para a percepção de como e onde surgiram. Na altura as fontes de iluminação fornecidas não pareciam adequadas nem eram em número suficiente para a quandidade de visitantes.

Curiosa formação vulcânica

Gruta das Torres

Curiosa formação vulcânica - "Ovo Estrelado"

Saída da Gruta das Torres

Depois da Gruta das Torres Fomos à Furna de Frei Matias na qual explorámos apenas uns 50 metros mas, suficientes para encontrar variações na tonalidade das rochas, bifurcações e passagens secundárias.

Furna de Frei Matias

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