terça-feira, 18 de agosto de 2009

São Jorge - PR2SJO: Serra do Topo - Fajã dos Vimes

Características do Percurso (adaptado de www.trails-azores.com)

[SJorge.jpg]                                                                      Trilhos_Geral-Model

Ilha: São Jorge; Dificuldade: Médio; Extensão: 5 Km; Tempo: 2h 30m; Tipo: Linear

“Este percurso inicia-se na Serra do Topo, termina na Fajã dos Vimes e tem a duração aproximada de 2h30. Começa por um atalho de terra batida ladeado por hortênsias que segue ao longo do cume da serra do topo. Após caminhar cerca de 800m encontrará uma cancela e logo depois volte à direita para o atalho de pé posto que aí se encontra. Nesta parte do trilho o caminho segue por entre uma mata muito rica em vegetação endémica encontrando-se imponentes Cedros-do-mato (Juniperus brevifolia), Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), Urzes (Erica azorica) e Folhado (Viburnum tinnus), entre outros. O piso pode encontrar-se um pouco enlameado e/ou escorregadio, sendo por isso de salientar a utilização de calçado apropriado. Um pouco à frente encontrará uma escadaria de pedra antiga que desce a falésia. Este troço encontra-se sombreado devido à presença de uma mata de incensos (Pittosporum undulatum). Ao fim de cerca de 3 km chegará a uma estrada alcatroada onde deverá voltar à sua direita e, poucos metros depois, encontrará uma seta que indica uma nascente com água potável, localmente conhecida como “fonte de água azeda” muito aprazível nesta fase do percurso. Continuando o trilho, depois de cerca de 300 metros deverá voltar para a esquerda para um caminho de terra batida que desce até à Fajã dos Vimes. Já na Fajã poderá visitar uma oficina onde ainda fazem colchas artesanais e, na mesma casa, poderá provar um café semeado e confeccionado na própria Fajã. O trilho termina pouco depois no portinho de recreio da Fajã, onde poderá ainda desfrutar de um banho nas águas do Atlântico.” (in www.trails-azores.com)

Mais uma vez em São Jorge e de novo com o intuito de mostrar a Ilha a novo colega. O planeamento previa dois dias com 2 quiçá 3 percursos mais uma volta à ilha de carro passando nos pontos de interesse normalmente visitados por quem vai com guia.

Ligando no dia anterior a fim de averiguar a disponibilidade de veículos para alugar e tendo tido uma resposta favorável, fomos convencidos que não haveria problema de maior nesse aspecto. Chegados a São Jorge fomos à agência, esperámos bastante tempo, até que nos disseram que não havia nada naquele momento e que teríamos de esperar perto de uma hora. Ao fim de uma hora chegou uma lista confusa dos carros disponíveis, escrita à mão a qual confirmava as piores expectativas, quer para esse dia quer para o seguinte. Como teríamos de passar a fazer tudo por táxi descartámos a hipótese de ficar mais um dia pois São Jorge começaria a tornar-se demasiado dispendioso.

Só com um dia reorganizámos ideias e tivemos a escolher que percursos fazer. Nas escolhas estavam o “PR4SJO: Pico da Esperança – Fajã do Ouvidor” ou os “PR2SJO: Serra do Topo – Fajã dos Vimes” e “PR3SJO: Fajã do Vimes – Lourais – Fajã de São João” (o segundo no seguimento do primeiro). Apesar de ser muito bonito e de talvez ser o mais interessante de mostrar excluímos das hipóteses a descida à Caldeira de Santo Cristo e Fajã dos Cubres (PR1SJO) pois já a tínhamos repetido várias vezes. Optámos pela segunda hipótese, não só pela menor extensão conjunta (5km+10km<17km) mas também por maior parte do mesmo ser feito por estradão ou estrada e ainda pelo facto de o Nuno já o ter percorrido.

Aproveita-se para informar que a marcação deste percurso foi alterada passando agora pelo traçado realizado alternativamente aquando do passeio com Os Montanheiros de São Jorge (ver PR4SJO: Pico da Esperança – Fajã do Ouvidor).

Lá fomos negociar o táxi como se ainda estivéssemos no Peru e seguimos para a Serra do Topo que se apresentava com muito nevoeiro onde tem início o trilho (11H09).

No início do percurso é necessário transpor algumas vedações electrificadas e de arame farpado. Escusado será dizer que a cobaia Nuno Gonçalves testou a primeira a vedação a fim de averiguar se esta estaria ligada. Ao fim de dois toques parecia não haver problema em tocar na mesma… ao terceiro … devem adivinhar a dor sentida e dormência que se prolongou por largos minutos (concluímos que a descarga é dada por impulsos aleatórios).

[22]_Início_PR2_Serra_do_Topo [44]_Descida_à_Fajã_dos_Vimes
             Início do percurso 11H09                                           Descida à Fajã dos Vimes 11H47      

Não foi preciso esperar muito até que viesse a chuva, primeiro leves gotas esporádicas depois chuva torrencial. A descida íngreme tornou-se muito escorregadia criando-se dificuldades acrescidas para nós mas principalmente para a Xana.

Foram talvez os 5 km mais complicados que fizemos até hoje mesmo sendo a descer (note-se que a subida ao Pico são 4,7 km em cada um dos sentidos).

No fim (14H09), encharcados, almoçámos num pequeno parque junto ao mar, provavelmente privado, onde uma legião de lagartos atacava freneticamente uma figueira de um terreno adjacente.

[56]_Fajã_dos_Vimes [67]_Lagartos_nas_Figueiras
Chegada à Fajã dos Vimes 14H01                       Lagarto na figueira 14H31                          

Depois do almoço e atendendo às condições físicas e psicológicas de todos e ao avançado da hora, decidimos por encerrar a nossa visita a São Jorge deixando o PR3 para outra altura.

Chamámos o táxi e seguimos para as Velas. Enquanto o Nuno tentava comprar os bilhetes de volta os restantes foram dar uma volta pela vila com o intuito de visitar a zona balnear e o arco de lava. Não foram muito longe… o funcionário da bilheteira negava a venda do bilhete da Xana por não ter a declaração dos pais a dizer que autorizavam a Mónica a viajar com a irmã. O mesmo não nos forneceu nenhum contacto de nenhum superior, nem se mostrou muito preocupado em resolver a situação, informando que poderíamos ter de ficar em São Jorge. Por sorte existe um fax na casa do Nuno e tínhamos tempo para enviar uma cópia dessa declaração para a GNR local (sim porque na bilheteira não há fax nem internet nem estão autorizados a ligar a ninguém – apenas fornecem o numero da sede da transportadora que aquela hora já tinha fechado) antes que chegasse o barco. Parece que o facto de os pais da Mónica e Xana serem os mesmos como comprovavam os dois bilhetes de identidade não era suficiente. Aconselhamos a quem passe pelo mesmo problema e não tenha os mesmos meios que peça a outra pessoa para comprar os bilhetes referindo que são todos adultos (mais uns trocos mas menos chatices)

Por fim agradecemos a todos aqueles que nos proporcionaram dificuldades como o tempo e especialmente aos funcionários da Rent a Car e ao da bilheteira, estes últimos demonstram o atraso que normalmente se associa à insularidade. Garantimos que podem contar com publicidade negativa da nossa parte.

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