2012/07/02
Sendo o nosso último dia em Isabela tínhamos de aproveitar para visitar o máximo que pudéssemos...
O dia não começou muito bem, pois fomos acordados às 5 da manhã pela recepção do hotel para nos dirigirmos ao porto, não tendo aparentemente sido avisada que iríamos ficar mais um dia na Ilha.
Antes de fazermos algo tínhamos procurar local para dormir pois só tínhamos 2 noites incluídas e o hotel onde estávamos era bastante caro. O Nuno foi levar a bagagem à Posada del Caminante (www.posadadelcaminhante.com, posadadelcaminhante@hotmail.com), bastante mais barato, ambiente familiar, dono mais que prestável, quarto com casa de banho privada, todo o enxoval, fruta e água à descrição e wifi bem melhor que o do hotel (10 dólares por pessoa, 12,5 se fosse com cozinha privada).
O Daniel chegou à hora marcada mas não tinha conseguido falar com o dono de um dos locais que queríamos visitar. Como não tínhamos grande ideia do que se tratava, apenas que desceríamos algo por uma escada de corda, não ficámos muito preocupados.
Saímos em direção à Cueva Sucre (ver localização), um túnel de lava com um pequeno percurso circular até lá e de volta. No seu interior, acumulam-se no tecto muitas gotículas de água que com a luz das nossas lanternas fazem lembrar pequenos cristais de açúcar.
Cueva Sucre: 10:11 Placard indicativo do percurso (esq.) e 10:05 Entrada da gruta: vista de dentro (centro) e vista do exterior (dir.)
No regresso do pequeno trilho o Daniel tentou mais uma vez a chamada e desta vez com sucesso. O nosso destino seguinte seria Trillisos (trigémeos - ver localização) que, à semelhança dos Gemelos na Ilha de Santa Cruz, corresponde a um conjunto de buracos profundos no terreno mas, ao contrário dos mesmos em vez de crateras de colapso são o que nos Açores se chama de algares.
Antes de chegarmos outra boa notícia, tínhamos a oportunidade de ver um ninho de coruja, por sinal endémica das Galápagos.
Trillisos: 10:38 Acampamento do senhor Fasto (esq.), 10:50 Curuja - tyto alba punctatissima (centro) e 11:03 O Jogador de Baseball - Daniel e os dois ciclistas (dir.)
O local corresponde a uma propriedade privada que, depois de comprada à 3 anos começou a ser explorada pelo seu dono. Este descobriu as três chaminés juntas e sozinho explorou apenas uma delas, colocando também só, todas as cordas que nos permitem a descida. Nenhuma das três foi estudada por espeleólogos mas já lá foram encontrados alguns artrópodes, talvez novas espécies...
É algo bastante instável e bastante perigoso (ficámos bem mais preocupados com a descida e subida que quando o Daniel nos tinha dito que talvez não poderíamos lá ir). O próprio Daniel já lá tinha ido mas nunca descido, por isso foram 3 estreias. Segundo o dono o algar tem pelo menos 215 metros de profundidade, e nós tivemos a oportunidade de descer até aos 150. Não se vê grande coisa mas vale mais pela adrenalina e as vistas que do local se tem sobre grande parte da ilha.
Trillisos: Descida: 11:06 (esq.), 11:07 (centro esq.) e 11:10 (centro dir.) e 12:12 Subida (dir.)
Trillisos: No fundo do algar 11:31 (esq.), 11:32 (centro) e 11:55 (dir.)
Daqui fomos a Campo Duro (ver localização) ver um empreendimento turístico muito bonito... onde a par da criação de tartarugas se pode acampar com pequeno almoço e jantar incluídos por 25 dólares por pessoa... na visita paga-se 2 dólares com fruta à descrição.
Campo Duro: 12:58 Tartaruga terrestre - chelonoidis nigra (esq.) e 13:10 Parque de Campismo (dir.)
O Daniel deixou-nos na pousada, onde comemos qualquer coisa e saímos em direção ao centro de criação de tartarugas terrestres por um pequeno trilho (ver traçado do trilho) que passa por algumas lagoas de água salobra.
15:08 Placard indicativo do percurso (esq.) e 15:42 Trilho (dir.)
Iguanas marinhas - amblyrhynchus cristatus: 15:09 (esq.), 15:11 (centro) e 15:12 (dir.)
15:23 Patos de bochechas brancas - anas bahamensis (esq. e centro) e 15:33 Flamingo Americano - phoenicopterus ruber (dir.)
No centro de criação de tartarugas pudemos observar algumas das diferentes espécies, de diferentes tamanhos e idades e aprender algo sobre as mesmas no centro interpretativo, nomeadamente o facto de existirem muitas espécies introduzidas pelos humanos como: cabras, porcos, ratos, gatos e cães que, não são predadores diretos de uma tartaruga adulta mas, ou podem destruir toda a sua área de alimentação ou comer ovos e/ou crias.
Tartaruga terrestre - chelonoidis nigra: 15:47 Poster (esq.), 15:49 (centro) e 15:50 (dir.)
Tartaruga terrestre - chelonoidis nigra: 15:51 (esq.), 15:51 (centro) e 15:52 (dir.)
Tartaruga terrestre - chelonoidis nigra: 16:01 (esq.), 16:02 (centro) e 16:06 (dir.)
Tartaruga terrestre - chelonoidis nigra: 16:11 (esq.) e 16:12 (dir.)
Ainda havia algo na nossa lista por ver mas já não tínhamos muito tempo pois todos os trilhos fecham pelas 18:00. Saímos então do centro de criação de tartarugas em passo de corrida para ver se conseguíamos chegar à Concha Perla (ver traçado do trilho) e, fazer um pouco de snorkel ( o Nuno não, claro!).
Concha Perla: 17:17 Placard do Percurso (esq.), 17:18 Passadiço (centro) e 17:23 Concha Perla (dir.)
A corrida compensou, e ainda tivemos mais de meia hora no local onde a Mónica se deliciou com os leões marinhos que nadavam à sua volta.
Concha Perla: Leões Marinhos - arctocephalus galapagoensis: 17:24 (esq.), 17:36 (centro esq.) e 17:48 (centro dir.) e 17:45 Mónica (dir.)
Concha Perla: Mónica a nadar com leões marinhos - arctocephalus galapagoensis: 17:47 (esq. e centro esq.) e 17:48 (centro dir. e dir.) 
Comprámos algo para comer, navegámos um pouco na internet e confirmámos os bilhetes para o dia seguinte (graças a um telefonema grátis do dono do hostel).
2012/07/03
Acordámos às 4:30 pois tínhamos de arrumar tudo e caminhar até ao porto com tudo às costas onde teríamos de estas pelas 5:45.
À saída do fomos surpreendidos pelo dono da pousada dizendo, um pouco ensonado, que tínhamos uma chamada no seu telemóvel... era o Daniel, com uma proposta interessante e consequente prolongamento de estadia na ilha...
Dada a viagem reservada, acabámos por deixar a ilha numa nova penosa viagem de barco... principalmente para a Mónica.
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