De regresso ao continente aproveitámos a proximidade para visitar uma amiga que já não víamos desde o Bioconstruyendo e passar alguns dias em sua casa, caminhando pelas proximidades.
Dia 6 de Maio chegámos ao terminal de Puerto Montt ao fim da tarde. Aproveitámos para fazer algumas compras e apanhámos um autocarro rural até à ponte Metri pela carretera Austral. Não tínhamos como contactar a nossa amiga Marcela, apenas algumas indicações de como chegar a sua casa... 800 metros pela rua de cascalho a subir e depois virar na primeira à esquerda e andar 100 metros até à casa. Não ligámos o GPS no início e as nossas lanternas pareciam insuficientes para a noite que tinha chegado.
Começámos a penosa subida com tudo às costas, vimos algumas saídas à esquerda, que pelos nossos cálculos mentais nos pareciam estar a menos de 800, por isso seguimos subindo... numa destas, uns segundos depois de passarmos, saia um carro mas não conseguimos ir a tempo de pedir indicações... agora já nos parecia termos andado demasiado por isso adoptámos o sistema de caminhar só um pouco mais, até onde nos parecia haver uma saída... para nosso azar não havia mas parecia haver uma um pouco mais à frente... seguimos... chegando a um entroncamento seguimos pela esquerda e andámos bem mais que os 100 metros até o que parecia a entrada de uma casa... entrámos e fomos caminhando sem conseguir ver casa nenhuma... ouvimos um cão ao longe, depois muitos cães que se aproximavam ladrando. Juntámo-nos os 3 e esperámos que chegassem, fizemos festas a todos e fomos seguindo-os até uma casa... não era a casa certa... o dono não sabia onde vivia a nossa amiga, mas ao menos disse que mais para cima não era. Começámos a descer tudo e após quase uma hora às voltas chegámos... era justamente onde tínhamos visto sair um carro, por sinal de outros visitantes da Marcela.
Passámos o resto da noite a por a conversa em dia e tentar fazer algum tipo de planeamento para os próximos dias, enquanto comíamos crepes com manjar.
Acordámos cedo, não tão cedo como tínhamos planeado, para ir ao Parque Nacional Alerce Andino e caminhar um pouco, mesmo sob risco de nos molharmos com as fortes chuvadas que se previam para este e dias seguintes.
Descendo da casa da Marcela, chegámos à carretera Austral onde não tivemos de esperar muito por uma boleia até à saída que leva ao parque em Lenca, poupando alguns trocos por não apanharmos autocarro.
Daqui tínhamos 7,3km de caminhada até à entrada do Parque... para nos entretermos pelo caminho fomos pondo em prática os nossos conhecimentos de botânica adquiridos em Tantauco, tentando identificar as várias espécies de plantas que passávamos.
Chegámos ao meio dia onde nos informaram que fizéssemos o que fizéssemos teríamos de estar de volta à portaria às 16:30, hora de saída do último segurança, aconselhando-nos só ir até à cascata, porque o restante caminho até à Laguna Chaiquenes (onde queríamos ir) era de montanha e de dificuldade elevada. Como já só tínhamos 4 horas saímos e o tempo nos diria até onde chegaríamos...
Parque Nacional Alerce Andino: 13:10 (esq.), 13:12 (centro) e 13:27 (dir.)
Parque Nacional Alerce Andino: 13:31 (esq.), 13:46 (centro) e 15:42 (dir.)
Rapidamente chegámos à cascata, tendo mais que tempo para seguir até à Laguna Chaiquenes. A apenas 200m o ponto de interesse seguinte era o imponente Alerce milenar.
13:44 Cogumelos (esq.) e 13:52 Salto Rio Chaicas (dir.)
Aqui começava o caminho difícil de montanha... nada disso... apenas não se notava tanta manutenção, havendo algumas pedras soltas, pontes mais velhas e cruzar um pequeno ribeiro por uma pedras.
Chegámos facilmente à Laguna mas infelizmente não se vê grande coisa. Tivemos tempo para comer algo e regressámos. Foi tão fácil lá chegar e a distancia é tão menor à anunciada nos folhetos e placards, que ainda ponderámos seguir até à Laguna Triangulo mas decidimos não arriscar pois talvez fossem mesmo os 4km anunciados. Ainda com algum tempo fizemos o pequeno percurso Los Canelos (longitude 650m e de forma circular), perto da entrada do parque.
15:34 Alerce Milenar (Fitzroya cupressoides) (esq.) e Árvores na neblina junto à Laguna Chaiquenes: 14:40 (centro) e 14:48 (dir.)
Nota: Nos mapas que a Marcela nos tinha emprestado constavam distancias distintas para os percursos das do placard à entrada do parque, o mesmo passava entre este e os placards intermédios. Com o GPS confirmámos as distancias e verificamos que os valores reais são diferentes e bastante inferiores.
De volta à portaria avisamos da nossa chegada e continuámos a caminhar para novos 7,3km até Lenca, onde conseguimos nova boleia até Metri, terminando o dia quase sem chuva.
Resumindo fizemos um total de 26,3km dos quais apenas 11,7 dentro do parque (seguir link do percurso no wikiloc):
À noite começou a chover torrencialmente, chuva que se prolongou por todo o dia seguinte o que nos inviabilizou nova visita ao parque.
Dia 9 também choveu bastante mas algumas abertas nos deram a oportunidade para fazer uma curta caminhada pelas redondezas da casa da Marcela, passando por uma Lagoa e pela praia.
Dia 10 foi dia de despedidas, seguindo a Mónica para Santiago e Pallimay e o Nuno e o Jorge para Laja e depois... regresso a El Manzano.
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