domingo, 14 de outubro de 2007

Vouzela - PR4 Trilho da Penoita

Características do Percurso (adaptado de pedestrianismo.blogspot.com)
Local: Vouzela; Dificuldade: Moderado; Extensão: 14 Km; Tempo: 5h 00m; Tipo: Circular

O percurso inicia-se na aldeia de Covas, construída com a matéria-prima mais à mão, assim foram-se erguendo as casas, os currais, os muros, os canastros, as fontes, que no seu conjunto formam esta maravilhosa serra. Prossegue-se para norte em direcção a Adsamo, que lhe dista a cerca de 1 km. Aldsamo é uma aldeia onde as construções de pedra e madeira continuam a predominar.
Adiante ingressa-se na frondosa Mata da Penoita, que abrange a maior mancha de Carvalhos plantados da região, com uma área de cerca de 2,5 km². Nesta mata, podemos apreciar um belo exemplo da conjugação entre a vegetação e o relevo, resultando num dos locais mais deslumbrantes e aprazíveis do concelho de Vouzela. Em breve chega-se ao parque de Merendas da Penoita, onde se almoça.
Retomada a marcha, segue-se o caminho florestal para sul que atravessa toda a mata da Penoita. Não muito longe encontra-se um fenómeno da Natureza muito interessante: uma pedra em forma de barca, forma essa que lhe dá o nome de “Pia de Barca”. Prossegue-se até encontrar o Dólmen da Malhada de Cambarinho (anta), também conhecido pelos pastores como a “casa da orca". É um monumento megalítico com câmara e corredor, que se situa não muito longe do rio Alfusqueiro, a 875 metros de altitude.
Continua-se em direcção à aldeia de Covas, com o percurso a apresentar uma subida gradual, por um trilho que nos leva a atravessar algumas linhas de água. Perto de Covas situa-se o Bicão dos Conqueiros, classificado pelo renomeado geógrafo Amorim Girão como Menir.


Como prometido anteriormente e quase 2 meses após a descida à caldeira de Santo Cristo em São Jorge, chegou o convite:
"(...) conforme combinado de vez em quando vamos enviar-vos um convite para se juntarem a nós e ao nosso pequeno grupo de caminheiros dos 7 aos 77 ( com 7 não há mas com 77 sim).
Não se sintam obrigados a responder a não ser que queiram mais informação ou qualquer outra coisa.
Se algum dia estiverem interessados apitam e combinamos. (...)"- Jorge Mota
Claro que não nos sentimos obrigados e respondemos prontamente. Seria a nossa estreia nos Pernas-Longas, a primeira de muitas caminhadas e o início de várias amizades.

À hora marcada estávamos no local estipulado. Compareceram 9 pessoas ao convite. Feitas as apresentações, não foi preciso muito tempo para nos apercebermos que o grupo é primeiro de amigos e só depois de caminheiros. Durante toda a viagem e primeiros quilómetros do percurso não dissemos muito, limitando-nos a satizfazer a curiosidade dos restantes, respondendo às suas questões sobre nós. Mas, apesar da diferença de idades, não foi preciso esperar muito para nos sentirmos à vontade e intrusados no grupo.
Seguimos em direcção a Campia-Vouzela para juntar mais dois elementos ao grupo, uma pessoa e um canídeo deveras irrequieto, de seu nome snoopy.
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Placar indicativo no início do percurso 11:07+++++++++++++++++++++++++Indiçações 11:58++++++++++
Começámos a caminhada no ponto mais a Norte do percurso, junto ao parque de merendas, às 11:10, seguindo em direcção ao Dólmen da Malhada do Cambarinho. Continuámos no sentido do Bico dos Conqueiros e, depois de algumas paragens para merenda chegámos ao fim por volta das 19:00.
O percurso valeu mais pela companhia que pela beleza em si, tinha troços longos de estradão e estrada e em muitas das zonas de trilho, os muros e vedações eram tão altos que não nos deixavam ver a paisagem. Pontos a salientar são o Dólmen da Malhada do Cambarinho, o Bico dos Conqueiros (Menir) e zona envolvente e a Pia de Barca.
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Dólmen da Malhada do Cambarinho (Anta) 12:04+++++++++++++++++++++Natureza=Ruína 14:13+++++++

Bico dos Conqueiros (Menir) 15:36
Como tenho um fascínio por animais, especialmente artrópodes, répteis e anfíbios (gosto de ver e fotografar mas não sei identificar os indivíduos), não posso deixar de referir que vimos um pequeno Louva-a-deus castanho e muitos gafanhotos castanhos, que quando voavam fungindo de nós, mostravam o belo azul garrido das suas asas.
Por último, o percurso situa-se numa zona de caça pelo que não foram poucos os tiros que ouvimos nas redondesas, o que causou algum receio ao longo da caminhada.
Antes de voltarmos ao Porto fomos jantar ao Restaurante "O Sacristão" em Campia onde trocámos impressões sobre o percurso e garantimos continuar a participar nos eventos seguintes, para espanto dos restantes, por acharem que, como jovens, teriamos de certeza algo mais interessante para fazer ao fim de semana que andar a pé na sua companhia.

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