segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

AS – 10/13 – Chile XVII – Carretera Austral 6 – Caleta Tortel

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Chegou a vez do nosso último destino na Carretera Austral, Caleta Tortel, terra livre de automóveis e conhecida pelos seus inúmeros passadiços. Trata-se já de um local tão remoto que nos avisaram não ser fácil ai chegarmos à boleia, de facto até ao ano de 2000 não existia qualquer acesso automóvel a este local. Mais a Sul só Villa O`Higgins que ficará para outra viagem...

12/12/2013

Apesar dos avisos seguimos com o plano de viajar a boleia, sabendo em todo o caso a que horas sairia o único autocarro diário (nem todos os dias passa) para Caleta Tortel. Saímos de casa do Camilo, atravessámos todo o posso e à saída deste esperámos boleia. Em menos de uma hora conseguimos reduzir 30km aos 130 necessários numa curta viagem na caixa de uma carrinha, e apenas dez minutos depois um casal Suíço viajando já desde a Califórnia, para para fazer os restantes... Chegámos inclusivamente antes do autocarro.

Fomos consultar a informação turística e seguimos a percorrer o emaranhado de passadiços de madeira.

Avisaram-nos de não existir nenhum lugar onde acampar aberto e que todas as hospedagens seriam muito caras no entanto não o deixámos de procurar e terminámos acampando no parque de campismo municipal onde dormimos a sesta fizemos o jantar e voltámos a dormir.

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Caleta Tortel: 11:50 (esq.), 13:55 (centro) e 13:56 (dir.)

13/12/2013

Pela manhã desmontámos a tenda e saímos seguindo um percurso que tínhamos no GPS e que nos parecia levar a um miradouro sem ter que voltar para trás. Saindo do povoado chegámos a um passadiço que terminava no ar. Não vendo caminho retrocedemos um pouco e seguimos por outro que indicava “via de evacuação em caso de Tsunami”... o resultado foi o mesmo chegando a uma platibanda sem saída com um cartaz “zona de segurança”.

Regressámos ao passadiço anterior e encontrámos um trilho que batia certo com o GPS. Aqui também existiam bastantes passadiços mas de construção muito mais simples e rústica, mas efectiva. Começaram a aparecer umas setas e a partir daqui foi fácil chegar ao miradouro.

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Caleta Tortel: 14:06 (esq.), 14:08 Novos passadiços (centro) e 09:02 Antigos passadiços (dir.)
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Caleta Tortel: 09:40 (esq.) e 10:00 (dir.)
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Caleta Tortel: 10:03 (esq.), 10:03 (centro esq.), 10:04 (centro dir.) e 10:04 (dir.)IMG_4888IMG_4890
Caleta Tortel: 10:04 (esq.) e 10:14 (dir.)

Pelas 11:00 já estávamos de volta à entrada do povo onde esperamos boleia... esperámos... esperámos... depois de 7 horas de espera veio uma senhora oferecer um espaço para dormir caso não conseguíssemos nada e que dentro de uma hora voltaria com água quente para um café... esperámos... vimos chegar um autocarro com os franceses que conhecemos em Cochrane... esperámos... vimos e deixámos partir o único autocarro dos próximos dois dias com destino a Cochrane e ....quando já nos parecia que teríamos de ficar na casa da senhora vimos um senhor colocar uma mochila na sua carrinha mesmo a 50 metros de nós. A Mónica foi perguntar e, Cochrane era o destino e melhor, podia levar-nos. Justamente nesse instante vinha a senhora que nos tinha oferecido casa para saber se ainda aí estávamos, agradecemos e despedimo-nos. Ainda houve que trocar a bateria da carrinha e encher manualmente o tanque de gasolina.


Traçado do percurso que percorremos nos dois dias  em Wikiloc

Já era tarde mas ao conversarmos sobre pesca o senhor não resistiu em parar para uma curta tentativa de pesca e ensinar-nos a fazê-lo com lata chilena (literalmente uma lata com um fio de pesca)... de facto foram 4 paragens mas sempre sem sucesso.

Já perto de Cochrane, e quase sem luz, nova paragem para visitar uma cascata que nos tinham falado quando tínhamos ido de passeio com o Eduardo.

Em Cochrane tentámos comprar algo para comer mas ou estavam fechados ou já não havia nada (já passava das 22:00). Chegámos a  casa do Camilo e mais uma vez recepção perfeita... pareciam estar à nossa espera para jantar...

14/12/2013

Era tempo de seguir para norte. dizendo adeus à Carretera Austral, depois de 1000km à boleia, para cruzar à Argentina, não sem antes de retribuir a hospitalidade do Camilo, Tomas, Mário e Eduardo com a confecção de um bolo de chocolate.

Feitas as despedidas a Mónica ainda quis tentar novamente pescar e apenas por volta das 17:00 começámos a pedir boleia...

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